Chapter • VII

476 78 3
                                    


- POV SAMANUN ANUNTRAKUL.

Alguns dias depois..

Meu despertador começa a ressoar alto pelo quarto, me acordando de um péssimo jeito. Tento apagá-lo, porém esticar meu braço no momento pede bastante esforço : coisa que eu não tenho agora. Felizmente, ele para de tocar após cinco longos minutos, deixando o silêncio retomar conta do quarto. Tenho a escolha de ficar mais um pouco na cama, mas me conhecendo, provavelmente eu iria me adormecer novamente e acordar tarde. Opto então por me erguer da cama, com o sono que ainda domina meu corpo. Como todas as manhãs, sigo em direção do banheiro para debutar minha rotina matinal com um banho que poderia me acordar mais fácilmente.

Após ter completado o que eu tinha para fazer, sigo até a cozinha e logo, dou de cara com a mesa já pronta com café da manhã que provavelmente foi preparado pela senhora Williams. Isso se confirma quando a vejo chegar com um prato repleto de ovos fritos.

- A senhora vai comer também ? - pergunto, observando ela pôr o prato sobre a mesa com delicadeza. Ela me olha confusa, sem compreender direito o que eu disse.

- Por que está me perguntando isso, senhora ?

- Bom.. É que tem comida para quinze pessoas aqui. - respondo com o olhar mudando entre os diferentes pratos.

- Até parece que a senhora não come tudo isso. - senhora Williams fala, colocando as mãos na cintura. - É pra comer tudo, ser rica não significa ter que jogar comida fora a cada refeição.

- Mas senho.. - tento me defender, porém seu olhar assustador me faz calar a boca rapidamente e abaixar a cabeça. - Certo.. Obrigada..

Céus, se eu comer tudo isso é capaz de eu explodir.

(...)

As horas na empresa parecem não passar, pelo contrário. Tenho a impressão que elas estão é recuando. Após quatro horas seguidas trabalhando, meus olhos reclamam por descanso já que eles estavam vidrados entre os papéis e meu computador.

Afrouxo a gravata preta que de tão apertada, fazia-me ter a impressão de que um ser humano estava me estrangulando. Posteriormente, retiro meu celular do bolso espaçoso da minha calça para verificar se eu tenho alguma mensagem. Mais precisamente, de uma pessoa específica. Mas infelizmente, a última conversa que tivemos, foi há quatro dias atrás. Desde então, Kornkamon e eu não conversamos mais. Seu sumiço me despertou um sentimento de curiosidade e de preocupação. Kornkamon apenas desapareceu como uma sombra, sem pelo menos me dar um motivo plausível para seu sumiço repentino. Pensei várias vezes que eu era a culpada disso, me questionando se eu não falei ou fiz algo que poderia potencialmente, tê-la machucado ou algo do tipo.

Mas eu não fiz nada, certo ? Então a culpa não poderia ser minha.

No entanto, uma parte de mim também despertou um sentimento de raiva quando me veio na cabeça que ela potencialmente, poderia estar aproveitando seus dias com um homem. Ou até vários, já que para mim, ela deixou bem claro que em uma semana ela seria capaz de se encontrar com um homem por dia.

O que me impede de pensar que ela pode estar sendo fodida agora mesmo por um cara riquíssimo, e que depois ela irá roubar o dinheiro dele ? E que ela irá recomeçar isso várias e várias vezes ?

E por outro lado, também há uma parte de mim que sente falta de conversar com ela. Ou de estar com ela. Todas as vezes que fecho meus olhos para descansar, vejo uma silhueta meticulosamente desenhada do seu corpo que por sinal, ainda não consegui esquecê-lo. Parece que no momento em que meu olhar se focalizou em seu corpo, uma fotografia foi tirada e colada em minha mente. Esquecê-lo se tornou impossível.

Meu Amor • MonsamOnde histórias criam vida. Descubra agora