Chapter • XII

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Um ótimo capítulo para vocês..👀

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— POV : SAMANUN ANUNTRAKUL.

Com um gesto suave, levo o copo até meus lábios, permitindo que o aroma doce e suave envolvesse meus sentidos. Cada gole é saboreado com calma, e sentir a suavidade do uísque que desliza pela minha garganta, talvez seja a melhor coisa dessa noite chuvosa de Bangkok.

Meus olhos vão de encontro aos de Kornkamon, que mantém o canto esquerdo de seus lábios elevado em um sorriso encantador e seu olhar vidrado em mim.

O tempo entre nós corre tão lentamente, e de costume, eu odeio isso. Mas diferente das minhas experiências precedentes, dessa vez, eu torço para que os segundos se tornem horas, e as horas se tornem dias. Conversar com ela fácilmente poderia se tornar meu passatempo favorito.

Perceber o quão bem nós nos entendemos, me faz questionar na forma em que nós nos conhecemos — que, por sinal, foi bem particular — e como nossa relação foi se desenvolvendo. Ao ponto que, até mesmo eu não me considerando crente, me faz questionar se esse encontro abrupto entre nós, não foi algo planejado por Deus e não uma mera coincidência.

— A noite está tão ótima que eu não quero ir embora.. — digo passando a mão no cabelo e o jogando para trás.

— Então não vá, pode ficar aqui se quiser.

Não consigo distinguir se é pelo álcool ou não, mas sua voz calma soa tão atraente ao ponto de arrepiar meu corpo inteiro. Um contato visual se instala entre a gente, como se estivéssemos batalhando para ver qual de nós duas aguentaria mais tempo. Nesse tipo de jogo, costumo sempre ser a ganhadora e deixar os outros envergonhados por tanto me olharem.

Mas dessa vez, é diferente. Eu estou lutando com todas as minhas forças para não desviar o olhar de Kornkamon, que insiste em me fixar intensamente.

O mundo em volta de mim parece parar e uma atmosfera mais íntima e carregada de algo que eu diria como.. desejo, começa a se criar.

Em 29 anos de existência, essa parece ser a primeira vez que me sinto desconectada de tudo em volta de mim para apenas me focalizar em alguém.

Há uma sensação elétrica entre nós duas, como se faíscas de atração se transmitissem pelos nossos olhares. Meu peito sobe e cai conforme minha respiração acelera, meus batimentos cardíacos parecem aumentar à cada minuto que passa.

E céus, como está quente aqui dentro.

— Você está bem, Sam ? Parece meio.. nervosa. — Korkamon questiona saboreando o resto de uísque que contém seu copo. Pelo sorriso de canto em seu rosto, é notável que ela parece satisfeita por me deixar desse jeito.

Canalha ? Sempre.

— É impressão sua mesmo, Mon.. — respondo engolindo seco, com um sorriso no rosto que tenta disfarçar que eu estava nervosa para um caralho. — Mas está quente aqui dentro, não ? Estou queimando..

— Quente ? Samanun, eu desliguei os radiadores de casa. Se estiver 24°C aqui dentro é muito.

— Impossível, tá um calor dos infernos aqui dentro ! Estou prestes a tirar minha blusa ! — abano uma das minhas mão para criar um fluxo de ar, enquanto a outra pega no copo de uísque.

— Se quiser eu tiro ela por você. — ela dá uma piscadinha em minha direção. Minha única reação é quase engasgar com a bebida por causa de sua fala, fazendo ela rir. — Tô brincando, relaxa. — ela faz uma pausa. —  Apenas se você quis...

Meu Amor • MonsamOnde histórias criam vida. Descubra agora