— KORNKAMON PHETPAILIN.A porta de casa se fecha com um estalo. Sinto um nó se formar no meu estômago, a angústia crescendo dentro de mim.
Corro para pegar meu celular, as mãos trêmulas enquanto disco o número de Samanun. O telefone toca uma, duas, três vezes, mas ela não atende. Tento novamente, e novamente, mas sempre com o mesmo resultado.
A frustração cresce, e sinto lágrimas de desespero começarem a surgir.
— Mon, você pode me explicar o que está acontecendo ? Por quê a Samanun veio até aqui ? E por que ela foi embora desse jeito ? — pergunta Michael, mas não tenho paciência para responder.
— Apenas saia daqui, Michael. Vá embora daqui. — digo, apontando para a porta.
Ele hesita, mas vê a determinação nos meus olhos e começa a se mover devagar, caminhando até a saída.
— Posso voltar aqui outra hora ? Eu realmente quero conversar um pouco contigo. — ele dita com sua voz extremamente irritante, enquanto abre a porta.
— Eu falei para você ir embora, Michael. — repito, a voz cortante. — Para sempre.
Fecho a porta atrás dele, meu coração disparado. Corro de volta para a sala, a mão ainda apertando o celular como se minha vida dependesse disso.
Tento ligar para Samanun novamente, mas o resultado é o mesmo. Cada toque não atendido é um golpe na minha alma. Um sentimento de culpabilidade começa a me sufocar.
Lágrimas rolam pelo meu rosto, e eu me sento no sofá, impotente. A imagem de Samanun de pé na porta, com a decepção nos olhos, não sai da minha cabeça. Tento imaginar o que ela está pensando agora, como ela deve estar se sentindo. Ela deve estar tão magoada, e eu não posso suportar a ideia de ser a causa dessa dor.
Pego o celular novamente e mando uma mensagem para ela, tentando encontrar as palavras certas.
Kornkamon : Sam, por favor, me deixe explicar. Michael apareceu sem avisar na minha casa, eu juro.
Envio a mensagem e espero, mas não há resposta. Fico olhando para a tela, rezando para que ela responda. O silêncio é ensurdecedor.
O tempo passa devagar. Cada minuto parece uma eternidade. Minha mente está cheia de cenários de como Samanun deve estar se sentindo, e todos eles são terríveis. Tento ligar mais uma vez, mas novamente, sem resposta.
Me levanto do sofá e começo a andar pela sala, minha mente girando em círculos. O que posso fazer para consertar isso ? Não posso simplesmente esperar aqui, mas também não sei onde ela está.
A noite se arrasta. Tento me distrair com tarefas domésticas, mas cada pequena coisa me lembra de Samanun. O cheiro das rosas que ela me deu ainda paira no ar, fazendo meu coração doer ainda mais. Pego o celular novamente, hesitando antes de discar seu número mais uma vez. O telefone toca, mas vai direto para o correio de voz.
— Samanun, por favor, me deixe explicar. Eu não sabia que Michael viria aqui, ele apareceu do nada.. Não fique chateada, por favor.. — minha voz falha no final, e eu desligo, sentindo-me ainda mais desesperada.
Porra, Michael.
À medida que a noite se aproxima, a sensação de vazio cresce. A casa parece mais fria e.. solitária, sem Samanun.
Sento-me no sofá novamente, segurando o celular com força, como se isso pudesse fazer Samanun ligar de volta. Meus olhos ardem de tanto chorar, e minha mente está exausta de tantas tentativas de encontrar uma solução. Penso em mandar mais uma mensagem, mas não quero parecer desesperada. No entanto, a ideia de ficar sem fazer nada é insuportável.
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Meu Amor • Monsam
RomansaSamanun Anuntrakul, uma mulher de 29 anos e futura herdeira da empresa de seu pai, enfrenta a pressão de se casar para cumprir as exigências dele. Por outro lado Kornkamon Phetpailin, uma mulher de 26 anos e amante do dinheiro, possuía como passate...