Meu Amor • Monsam

Chapter • XXIII

— NARRADORA.

O sol da manhã atravessa as cortinas de seda que cobrem as enormes janelas do quarto, criando um brilho suave no ambiente. Mon desperta lentamente, seus olhos se ajustando à luz dourada que inunda o luxuoso quarto. Os lençóis macios parecem abraçá-la, e o toque da seda contra sua pele lhe traz uma sensação de conforto que ela raramente experimenta.

Ela olha ao redor, admirando o quarto elegante. A cama king size com travesseiros fofos, a decoração sofisticada em tons neutros e os detalhes em mármore que davam um toque de opulência ao espaço. Esse é o tipo de lugar em que ela necessita estar , envolta em luxo.

Ao seu lado, Sam ainda dorme, o rosto relaxado e tranquilo. Mon se permite um momento para observa-lá, seu peito subindo e descendo calmamente, uma expressão de serenidade que a faz sorrir.

Como elas haviam chegado ali, juntas, em um lugar tão distante da realidade habitual delas ?

Isso é o que ela se pergunta.

Mon sai da cama com cuidado para não acordar Sam e vai até a janela. Ela puxa levemente a cortina, revelando uma vista deslumbrante da cidade alpina abaixo, com as montanhas que cercam St.Moritz, sua natureza exorbitante, e as ruas já movimentadas. Seu coração se enche de uma mistura de admiração e gratidão. Ela sabe que aquele momento é especial, algo que ela guardará para sempre. É como se tudo tivesse finalmente se encaixado, e ela está exatamente onde deveria estar.

Sam se mexe na cama, murmurando algo em meio ao sono. Mon sorri e volta para a cama, deitando-se ao lado dela e deixando que a calma daquele momento as envolvesse.

Poucos minutos depois, com cuidado, Mon sai da cama novamente e se dirige ao banheiro, onde as torneiras cromadas reluzem sob a luz suave do espelho retroiluminado. Ao se olhar no espelho, ela solta um suspiro leve, ainda se acostumando com a ideia de estar em um lugar tão distante de sua casa e com a pessoa que mistura seus sentimentos. Ela lava o rosto com a água fresca e se prepara para o dia, tentando não fazer muito barulho. Enquanto Mon termina, ouve um movimento suave atrás dela. Ela observa pelo espelho Sam levantada, os olhos ainda um pouco fechados, mas com um sorriso preguiçoso nos lábios.

— Bom dia. — ela murmura, a voz ainda rouca de sono.

— Bom dia! — Mon responde, voltando-se para ela. — Como você dormiu ?

— Como uma pedra. — Sam responde, esticando os braços acima da cabeça, um leve sorriso brincando em seus lábios. — Essa cama... Eu podia me perder nela para sempre.

Mon ri, mas há algo nos olhos de Sam, uma ternura que a faz sentir-se protegida e cuidada. A mais velha sempre parece estar no controle, sempre com uma aura de poder ao seu redor, mas aqui, longe das pressões do mundo exterior, ela parece mais descontraída, quase vulnerável.

— Vamos nos arrumar ? — Sam sugere, levantando-se completamente e estendendo a mão para Mon. — Temos um dia cheio pela frente.

Mon aceita a mão de Sam e juntas vão se vestir. Sam escolhe um conjunto esportivo, elegante, mas confortável, enquanto Mon opta por algo mais simples, mas que ainda assim se adequa ao ambiente luxuoso em que estão. Quando estão prontas, descem para o café da manhã. O restaurante do hotel é deslumbrante, com janelas do chão ao teto que oferecem uma vista panorâmica das montanhas cobertas de neve. O buffet é opulento – uma variedade de frutas frescas, pães artesanais, queijos e pratos quentes feitos sob demanda. Sam, como sempre, parece estar em seu elemento, movendo-se pelo espaço com confiança. Mon, no entanto, ainda se sente um pouco intimidada, mas a presença de Sam ao seu lado lhe dá uma sensação de segurança.