- SAMANUN ANUNTRAKUL.
O sol da manhã inunda o quarto com uma luz suave e acolhedora, me fazendo despertar aos poucos.
De olhos abertos, a primeira coisa que procuro enxergar é a presença de Mon em minha cama, que dorme serenamente ao meu lado. Minha mão esquerda se move lentamente até seu rosto, removendo atenciosamente de seu rosto alguns fios de cabelo que me impedem de enxergar os traços divinos e únicos que ela possui. Um sorriso se delineia em meus lábios de forma espontânea, notando o quão adorável ela fica quando está dormindo.
Sem fazer muito barulho, retiro meu corpo do meio dos lençóis e me ergo da cama, indo em direção do banheiro para tomar um banho e me arrumar.
Após alguns minutos me arrumando para o dia, decido ir até a cozinha para preparar um café da manhã especial. Porém, chegando lá, dou de cara com Senhora Williams, que já parece ter preparado tudo.
Ao notar minha presença, ela rapidamente para o que estava fazendo e se dirige até mim, com um sorriso no rosto.
- Bom dia, Samanun ! Pode se instalar, já preparei o café da manhã para você e sua.. convidada. - ela dita, finalizando sua frase com uma piscadinha em minha direção.
- Mas eu.. eu queria preparar o café da manhã..
Senhora Williams nada fala, todavia, uma risada escapa de sua boca.
- Olha Samanun, eu sei que está querendo impressionar sua "convidada" com habilidades culinárias. Porém, me desculpe pelo o que vou dizer, mas cada vez que você se aproxima do fogão para preparar algo eu começo a rezar para a casa não queimar.
Eu sorrio timidamente, reconhecendo a verdade nas palavras da Senhora Williams.
- Tudo bem, Senhora Williams, você venceu desta vez. - digo em tom de brincadeira, levantando as mãos em rendição. - Mas vou querer ajudar de alguma forma.
Ela dá um passo para trás, gesticulando para que eu me sente à mesa.
- Você pode colocar a mesa, que tal? - ela sugere com um brilho nos olhos. - E depois, aproveite o café da manhã com sua convidada.
Assinto, pegando os pratos e talheres, começando a dispor tudo na mesa de maneira organizada. A cada movimento, sinto uma mistura de ansiedade e alegria por compartilhar esse momento com Mon.
Enquanto termino de colocar a mesa, ouço passos leves atrás de mim. Viro-me e vejo Mon entrando na cozinha, ainda com um ar de sono. No entanto, sua feição não me parece transmitir algo bom.
- Bom dia, Mon ! - eu a cumprimento, porém não recebo resposta nenhuma de volta. A única coisa que ela faz é me fuzilar com um olhar assustador.
Desvio minha atenção até Senhora Williams, que parece se conter para não soltar a maior gargalhada de sua vida. Lanço uma mirada para ela, como se fosse um sinal de ajuda, mas a única resposta que tenho é um sinal de mão dela, parecendo um " se vira ".
- Porra.. - murmuro, virando-me para Mon. Tento manter a calma, mas sua expressão irritada está longe de ser tranquilizadora. - Mon, eu... - começo a dizer, mas sou interrompido por seu olhar fulminante.
- Não adianta tentar se explicar, Samanun - ela diz com uma voz baixa e cortante. - Sabe o que fez.
- Mas eu não fiz na.. - sinto meu rosto esquentar, a memória da noite anterior voltando com clareza. - Não.. Você não está brava por causa disso, né ?
Ela não responde. Engulo seco, pegando-a pelo braço e puxando-a até um canto afastado da cozinha.
- Mon, não me diga que está brava por causa de ontem a noite. - sususro, fazendo com que apenas Mon consiga me ouvir.
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Meu Amor • Monsam
RomansaSamanun Anuntrakul, uma mulher de 29 anos e futura herdeira da empresa de seu pai, enfrenta a pressão de se casar para cumprir as exigências dele. Por outro lado Kornkamon Phetpailin, uma mulher de 26 anos e amante do dinheiro, possuía como passate...