Chapter • IX

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- POV: NARRADORA.

Após a conversa no banheiro que Samanun teve com Kornkamon no banheiro, ela entendeu a situação e ficou desacreditada. Os sentimentos que surgiam interiormente em seu corpo quando Kornkamon praticamente se colava no Michael, não faziam mais efeito. Samanun não é do tipo de gostar de brincadeiras envolvendo provocações para irritar a pessoa ou coisas do tipo, muito menos fazer alguém ter ciúmes de propósito para encher seu próprio ego. Ela não esperava isso de Kornkamon.

"Qual é graça?" Samanun não para de se questionar isso mentalmente, observando os movimentos de Korkamon, agora ditos como uma "tentativa de fazê-la ter ciúmes". Mas muito pelo contrário, isso apenas deixou-a puta e decepcionada com a garota alheia.

Korkamon está se divertindo fazendo isso. Mas cadê a graça ?

- Aí, Samanun. Você sempre está com essa cara de bunda ? - uma voz masculina surge de súbito. Quando Samanun se vira para ver quem é, apenas dá de cara com Karl. Novamente.

- Sim, especialmente quando vejo você. - ela o responde de forma seca. Ele ri envergonhado pela sua resposta, mas faz de conta que é apenas uma piada. - Karl, por que você anda a festa toda atrás de mim ?

- Você sentada nesse bar sem ninguém enquanto bebe, apenas lhe faz parecer uma mulher de quarenta anos cheia de tristeza e exaustão de tanto cuidar de seus cinco filhos sozinha após ter divorciado com o marido, e não quer contato com ninguém.

- Estou pouco me fodendo para a impressão que estou dando para as pessoas, Karl.

- E daí ? Eu não quero que os outros fiquem pensando isso da minha futura mulher. - ele dita tentando passar a mão sobre a destra de Samanun que está em cima da bancada de mármore, porém recua imediatamente sua mão ao vê-la fixá-lo de forma assustador.

- Eu não sou a sua futura mulher, Karl. Nunca vou ser. Tire isso da sua cabeça, porra.

- Mas acontece que uma hora ou outra você vai ter que aceitar que nós vamos nos casar sim. Você não tem outra escolha, Samanun. Nossos pais já estão planejando o começo dos preparativos para a cerimônia, você não tem o direito de estragar isso.

- E quem é você para me falar o que devo ou não devo fazer, hein ? Está se achando superior à mim ? Lembre-se que o dinheiro na minha conta bancária fácilmente poderia ser usado para comprar a empresa do seu pai, e eu ainda iria ter dinheiro de sobra para me comprar outra. A família rica aqui não é a Townley, é a Anuntrakul. Se o seu pai aceitou esse casamento é porque vocês precisam da gente para manterem uma boa imagem, tendo parceria com a nossa. Eu posso te garantir que com apenas uma assinatura do meu pai, esse casamento acaba e a vossa empresa vai pra sete palmos abaixo da terra. Então não tente me irritar, caso queira ficar com sua empresa ridícula. - as falas saíram de sua boca como uma metralhadora, assustando Karl ao ponto de fazê-lo ter os olhos arregalados. A paciência de Samanun já não era das melhores, e quando Karl veio pertubar ela, apenas piorou. - Agora me dá licença, porque eu estou indo embora.

Samanun esbarra no ombro de Karl quando saí do lugar em passos rápidos. Sua ação deixou todo mundo perplexo, fazendo com que todos a observassem ir embora, tornando a situação vergonhosa. Ela caminha tão rápido que os sons de seus saltos altos não têm tempo de ressoar pelos corredores do prédio. Seu coração palpita rápido, e a única coisa que ela quer agora é chorar. Mas não de tristeza, e sim de raiva. Pura raiva.

Meu Amor • MonsamOnde histórias criam vida. Descubra agora