【C】【A】【P】【Í】【T】【U】【L】【O】 【28】

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Após 12 dias, Brianna recebeu uma nova carta, novamente assinada como "aqueles que nunca esquecem"

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Após 12 dias, Brianna recebeu uma nova carta, novamente assinada como "aqueles que nunca esquecem". Nessa carta, Alden, Seraphina e Aldric informaram que queriam encontrá-la no Meio, sozinha.

Ela saiu furtivamente da Casa da Cidade, de madrugada, torcendo ao máximo para não trombar com ninguém como havia acontecido da última vez.

Ela sabia que era perigoso, e que talvez ela estivesse caminhando para a sua própria morte, mas aquilo era algo que ela deveria resolver, e apenas a ideia de falar sobre aquilo para alguém parecia errada pois desde o ataque a Adriata todos os machos do Círculo Íntimo pareciam galinhas raivosas ciscando em volta dela.

Uma vez fora da casa, ela olhou rapidamente ao redor, mas não encontrou ninguém. Arrumou sua jaqueta e atravessou, pousando no Meio.

Ela estava no pântano de Oorid, e cheiro de água lenta, mofo e terra argilosa encheu suas narinas. Ninguém nunca teve autorização para mapear o Meio, e haviam apenas algumas referências dos lugares principais, então, a opção que ela tinha era confiar no seu senso de direção.

Brianna começou a caminhar, passando o mais longe possível da água, temendo que algo saísse dali e a atacasse.

Uma parte da sua mente gritava que era errado estar ali, que ela deveria voltar para a casa e contar para o Círculo Íntimo sobre a carta.

Casa...

Velaris agora era sua casa.

E se ela tivesse que morrer para que aquele lugar permanecesse seguro, ela faria.

Ela continuou andando, sua mente sempre atenta aos sussurros que ouvia na névoa, mas nada parecia interessado em atacá-la... Até que algo trombou em suas pernas.

Com o susto, ela cambaleou para trás, olhando para o chão, preparando-se para atacar o que quer que fosse.

Mas um olhar amoroso e cheio de esperança a encarou de volta.

-Um filhote de quimera? - ela perguntou para si mesma.

Ao perceber que ela o havia percebido, o filhote de focinho achatado e olhos brilhantes emitiu um pequeno som, um misto de murmúrio e suspiro, enquanto inclinava a cabeça para o lado, como se estivesse tentando decifrar os pensamentos dela. Suas orelhas, adornadas por pequenos tufos de pelos macios, vibravam ligeiramente, captando cada som ao seu redor.

Ele sentou-se no chão, estendendo uma das patinhas dianteiras na direção dela, enquanto seu olhar parecia suplicar por carinho e atenção.

Brianna aproximou-se lentamente, estendendo as mãos na direção do filhote com cuidado. Ela tocou o pelo do corpo do filhote com a ponta dos dedos, antes de sentir-se mais confiante e pegá-lo no colo, trazendo-o para seu peito, onde o mesmo se aconchegou soltando um suspiro de contentamento.

-Onde está sua mãe, ein? - ela sussurrou e ouviu um choramingo vindo do filhote. Ao erguer os olhos, conseguiu ver o corpo majestoso de uma quimera adulta, mas, a mesma já estava sem vida - Está sozinho - ela constatou, e suspirou - Olha, eu não sei se sou a melhor pessoa pra você vir buscar conforto. Estou em uma missão suicida - comentou, mas a quimera pareceu não ligar, aconchegando o rosto em seu pescoço - Eu vou supor que você não entendeu o que eu falei - ela resmungou enquanto tocava suavemente o pescoço da quimera adulta, e lentamente, a mesma começou a se dissolver em pontos coloridos, até desaparecer.

Brianna então, voltou a caminhar, com o filhote de quimera aconchegado em seu colo e sem parecer tem a intenção de sair dali tão cedo.

-Acho que preciso de dar um nome - comentou e o filhote a encarou - Você tem cara de Ranzinza - comentou e viu o filhote inclinar a cabeça para o lado - Esse seu focinho achatado te dá uma cara de chato - encolheu os ombros, mas o filhote pareceu gostar do nome, pois voltou a se aconchegar novamente no peito dela.

Brianna sabia andar ali, e sabia sobre várias coisas que poderia encontrar, graças ao treinamento dado pela sua mãe.

Ela só não esperava que Azriel pousasse bem na sua frente.

-Filho da mãe! - ela xingou, com o susto - O que inferno você está fazendo aqui?

-Eu que deveria perguntar isso - Azriel respondeu - O que está fazendo no Meio e com um... - encarou Ranzinza - Um filhote de quimera? Cadê a mãe dele?

-Morta - ela respondeu simplesmente - Como me achou? - perguntou desconfiada e viu Azriel engolir em seco.

Tinha algo que ele não estava contando.

-Isso não vem ao caso agora - ele tentou desconversar, e a viu arquear a sobrancelha, desconfiada - O que está fazendo aqui? - vendo que teria que arrancar aquela resposta dele de outra forma, Brianna suspirou e pegou a carta no bolso, estendendo pra ele.

Azriel pegou o papel e começou a ler, e Brianna pode ver a expressão dele mudar lentamente conforme chegava ao final da carta.

-E você achou certo simplesmente vir sozinha? - Azriel rosnou, e Brianna bufou.

-Não rosne pra mim - ela reclamou - E você queria que eu fizesse o que?

-Pedir ajuda seria uma boa ideia - ele retrucou, mas ouviram passos se aproximando.

Azriel puxou Brianna pra perto quando viram uma silhueta os rondando. Uma silhueta humana.

-Quem está aí? - ele perguntou, sacando a Reveladora da Verdade, e Ranzinza começou a rosnar.

-Princesa da noite... - uma voz antiga soou pela clareira, e Brianna sentiu seu corpo se arrepiar - Estávamos à sua espera.

-Por que? - Brianna perguntou, vendo a silhueta aumentar cada vez mais, sinalizando que estava se aproximando, e Azriel puxou a ruiva para mais próximo de si.

-O espírito da morte poupará a vida - a voz começou a dizer - O destino traçado esconde segredos. Seu sangue emana poder, ao longe sua voz soará e os alcançarão onde estiverem - a mesma profecia começou a se repetir, várias vozes diferentes, entre femininas e masculinas, repetiam as palavras.

-Az... - Brianna começou, mais sombras avançaram contra os dois, os jogando para o chão.

Brianna, ao cair, bateu a cabeça em uma pedra e ficou desorientada por um curto período de tempo. Ouvia Ranzinza rosnando e lâminas cortarem o ar, mas sua visão girava e ela não conseguia se levantar do chão. Quando Brianna se levantou, viu Azriel de joelhos no chão, com sobre ele, tentando prender suas asas, que estavam com várias flechas atravessadas.

-Soltem ele! - a ruiva rosnou e suas mãos brilharam. Ela lançou uma rajada de energia, atingindo uma das criaturas em cheio no peito, e as outras avançaram contra ela.

Vendo mais criaturas se aproximando, ela pegou novamente Ranzinza no colo e correu até Azriel, os atravessando para longe dali.

Vendo mais criaturas se aproximando, ela pegou novamente Ranzinza no colo e correu até Azriel, os atravessando para longe dali

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Eu tenho muita vontade de pegar o Ranzinza e colocá-lo em um potinho 🥰🥰

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Volto em breve!

Savage Daugther - HiatusOnde histórias criam vida. Descubra agora