𝑂 𝑙𝑜𝑏𝑜 𝑠𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒 𝑠𝑒𝑟á 𝑚𝑎𝑢 𝑠𝑒 𝑣𝑜𝑐ê 𝑜𝑢𝑣𝑖𝑟 𝑎𝑝𝑒𝑛𝑎𝑠 𝑎 𝑣𝑒𝑟𝑠ã𝑜 𝑑𝑎 𝐶ℎ𝑎𝑝𝑒𝑢𝑧𝑖𝑛ℎ𝑜.
Aquela frase resumia bem a vida de Brianna.
Diferente do que sua mãe tinha sido para toda Prythian, Amarantha havia sido boa para...
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-Precisamos soltar as suas asas - Brianna comentou, assim que se separaram do abraço.
-As cordas estavam enfeitiçadas - Azriel respondeu - E me davam um choque toda vez que eu tentava,
-Vou tentar - ela avisou, e o olhou, pedindo permissão para tocar em suas asas.
-Só o fato de você não estar me prendendo para medir a envergadura já é um avanço - Azriel comentou, e Brianna sorriu - O que aconteceu no quarto?
-Como assim? - Brianna perguntou.
-O fato de eu não ter conseguido abrir a porta - ele explicou e Brianna suspirou.
-Apareceu um espectro dizendo que eu era a culpada por você não conseguir entrar - Brianna explicou - Depois que você matou Aldric, teoricamente o feitiço que mantinha a porta fechada deveria ter se extinguido, mas isso não aconteceu - pausou - Esse espectro me disse que eu não estava permitindo que a porta fosse aberta.
-E por que? - ele questionou.
-Porque eu não estava deixando você entrar - Brianna suspirou - Na verdade, eu não estava deixando ninguém entrar. Eu sempre achei que não era justo entrar e participar da vida de vocês por causa de tudo o que minha mãe fez. Mas, como tudo nada sai como eu espero, meus irmãos acabaram me encontrando no acampamento e agora estamos aqui - ela desamarrou a primeira asa - Para sair do quarto, eu usei o laço que me ligava a você, e então, consegui te encontrar - soltou a outra asa, e Azriel as esticou, com um gemido de dor - Eu só... Acho que me fechei demais em relação a vocês - ponderou - Eu nunca tive ninguém por mim, ninguém nunca esteve ao meu lado.
Azriel puxou a sua mão, a fazendo se sentar ao seu lado na cama, e tocou delicadamente o rosto dela, a fazendo encará-lo nos olhos.
-Brie - ele começou - Eu vou estar do seu lado mesmo quando ninguém mais estiver - prometeu.
Com uma leve inclinação, Azriel aproximou-se lentamente de Brianna, seus lábios quase roçando os dela em um gesto de ternura e desejo. Ele podia sentir seu coração batendo forte em seu peito, o sangue zumbindo em seus ouvidos enquanto ele se aproximava mais e mais.
E então, finalmente, seus lábios se encontraram em um beijo suave. Foi como se o tempo parasse ao redor deles, o mundo desaparecendo enquanto eles se entregavam ao momento.
Conforme o beijo se aprofundava, as mãos de Azriel envolviam a cintura de Brianna, puxando-a para mais perto. Ela respondeu ao seu toque envolvendo seu pescoço com os braços.
Quando finalmente se separaram, seus olhos se encontraram em um sorriso radiante, suas respirações pesadas e desordenadas.
【...】
-Você sabe como a gente sai daqui? - Azriel perguntou, quando já estavam fora do castelo.
-Não faço a menor ideia - Brianna respondeu - A única coisa que sei é que não vamos conseguir atravessar até estarmos fora de Hybern. Suas sombras não tem nenhuma idéia de qual direção seguir? - o encarou.
-Não - Azriel respondeu - Elas estão extremamente silenciosas - Brianna suspirou.
-Okay. Por onde quer ir? - Brianna perguntou e Azriel olhou em volta, antes de apontar na direção que achava mais seguro que seguissem.
Brianna e Azriel caminhavam juntos pela floresta densa, seus passos ecoando suavemente entre as árvores antigas e retorcidas. A luz do sol filtrava-se através das folhas, lançando padrões de sombra dançantes sobre o chão coberto de musgo.
À medida que o sol começava a se pôr no horizonte, eles emergiram da floresta para encontrar-se diante de uma vasta extensão de pedras pontiagudas e escarpadas. As rochas se estendiam à frente deles como um labirinto de granito cinzento, suas formas estranhas e enigmáticas erguendo-se contra o céu tingido de laranja.
-Esse lugar parece que cada vez fica pior - Brianna resmungou, saltando por cima de uma rocha.
-Nunca achei que Hybern fosse assim - Azriel comentou - Eu achava que era ruim, mas, não nesse ponto.
-Nada é tão ruim que não possa piorar - Brianna respondeu e simultaneamente ouviram um estrondo, e Azriel a encarou.
-Sério? - ele perguntou e ela encolheu os ombros, olhando em volta e tentando descobrir a origem do som.
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Tivemos o primeiro beijo!
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