Com Azriel, no sonho, ele estava em um campo exuberante, onde flores silvestres de todas as cores balançavam ao ritmo de uma brisa suave. Ao seu lado, Brianna estava radiante, sua presença iluminando o cenário ao redor. Eles caminhavam de mãos dadas, compartilhando sorrisos e palavras doces. O tempo parecia não ter significado, cada momento era uma eternidade.
À medida que os dias e noites passavam no sonho, Azriel e Brianna viviam uma vida plena e tranquila. Eles construíram uma casa juntos em meio à natureza, repleta de detalhes que refletiam suas personalidades. No entanto, uma peculiaridade começou a se destacar: Brianna não mudava.
Azriel observava com curiosidade e uma crescente inquietação. Ele via os outros ao redor envelhecendo, crianças crescendo, os amigos adquirindo linhas de expressão. Contudo, Brianna permanecia a mesma, com sua beleza imutável e sua energia juvenil.
Mas com o passar dos dias, a estranheza dessa realidade começou a perturbá-lo. Ele notou que, enquanto o mundo ao redor continuava seu curso natural, Brianna começava a parecer cada vez mais distante, quase como se estivesse se tornando parte do próprio sonho.
Uma noite, sob o céu estrelado, Azriel sentiu uma angústia que não conseguia ignorar. Ele se virou para Brianna, segurando sua mão com firmeza, e perguntou:
-Brianna, você percebeu que não está envelhecendo?"
Brianna sorriu, mas seu sorriso parecia distante, como se algo estivesse a separando dele.
-Sim, Azriel. Eu notei. Mas deve ter algo a ver com a minha espécie. Acredito que não tenhamos que nos preocupar
Apesar das palavras reconfortantes, a inquietação de Azriel crescia. Ele começou a notar que Brianna estava se tornando cada vez mais etérea. Sua figura, antes sólida e vibrante, agora parecia translúcida, quase como um espectro. Azriel tentou segurar sua mão, mas sentia uma leve resistência, como se estivesse tentando agarrar um raio de luz.
Dia após dia, Brianna tornava-se mais insubstancial. Azriel observava com o coração pesado enquanto ela flutuava como uma bruma, sua presença física lentamente desaparecendo. O desespero tomou conta de seu coração. Ele gritava por ela, tentando trazê-la de volta, mas Brianna apenas sorria, um sorriso triste e distante.
E então, em uma noite particularmente clara, Brianna desapareceu completamente. Azriel se viu sozinho no campo, o silêncio esmagador ao seu redor. Ele caiu de joelhos, a dor da perda queimando em seu peito.
De repente, Azriel acordou, ofegante e suado, seu coração batendo descompassadamente. Ele olhou ao redor, tentando distinguir sonho da realidade. Mor, que já estava acordada, saltou de susto quando ele sentou-se de supetão, mas ele só conseguia enxergar Brianna a sua frente, ainda adormecida.
-Az, o que houve? - Mor perguntou assustada, mas ele a ignorou.
Sem hesitar, ele se inclinou e tocou o ombro dela, sacudindo-a com urgência. As mãos de Azriel tremiam enquanto ele tentava acordá-la, sua respiração rápida e entrecortada. O pânico que sentia era quase palpável, um nó apertando seu peito enquanto ele continuava a sacudi-la, cada movimento carregado de desespero.
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Savage Daugther - Hiatus
Fantasy𝑂 𝑙𝑜𝑏𝑜 𝑠𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒 𝑠𝑒𝑟á 𝑚𝑎𝑢 𝑠𝑒 𝑣𝑜𝑐ê 𝑜𝑢𝑣𝑖𝑟 𝑎𝑝𝑒𝑛𝑎𝑠 𝑎 𝑣𝑒𝑟𝑠ã𝑜 𝑑𝑎 𝐶ℎ𝑎𝑝𝑒𝑢𝑧𝑖𝑛ℎ𝑜. Aquela frase resumia bem a vida de Brianna. Diferente do que sua mãe tinha sido para toda Prythian, Amarantha havia sido boa para...