03-Escorpião da sorte?

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07.03.1600

Minha cabeça doía, meus olhos pesados demais para abrir e minha perna não conseguia se mover.

Abro os olhos lentamente, sentindo uma sensação de terra em minha visão.

Vejo que estou em um lugar aonde não conheço, e tento me lembrar de algo.

Estava em um cabana velha, a cama era desconfortável, até se estivesse dormindo no chão seria mais confortável do que aqui.

Olho ao redor e vejo diversas coisas aleatórias, plantas em tudo o que é lugar, um balcão na cor marrom que avia potes com líquidos suspeitos, e um gato preto dormindo ao lado de antiguidades.

Tento levantar mas solto um gemido de dor, minha perna direita estava inchada.

Olho para o meu pulso e estava enfaixado.

Começo me lembrar com dificuldade das coisas, da parte da bruxa, até a picada do escorpião.

Olho ao redor novamente, e vejo que estava nu na parte de cima, e havia ervas espalhadas pela maioria da minha extensão corporal.

Ouço a porta velha de madeira abrir, e me desespero.

Meus olhos passam pela pessoa com uma enorme capa preta entrando naquele cubículo.

Logo a pessoa tira a capa e vejo ser uma mulher, vi apenas de costas, então não consegui ver muitos detalhes, apenas percebi os cachos grossos e amarronzados.

Mas todo o suspense se encerra quando ela se vira, e meu corpo todo se arrepia, pois nossos olhos automaticamente se encontraram.

- hum, você acordou, que ótimo, vá embora antes do sol se pôr- a voz feminina ecooa pelo lugar.

Era uma mulher mediana, sua pele era negra, não tão escura, mas era bem bronzeada.

Seus cabelos cacheados batiam na metade das costas, na parte da frente era mais curto do que a parte de trás.

Sua boca era rosada e carnuda, os lábios inferiores eram maiores do que os superiores.

Já seu nariz era fino e pequeno, dando um toque delicado para sua face.

Seus olhos eram grandes e seus cílios enormes.

- Ei! Você me ouviu?! Quero que saia da minha casa!- a mulher grita me tirando da minha Analice

- Ah, espere um pouco, para que tanta irritação?- digo me deitando novamente na cama, minha voz era carregada de sarcasmo e ironia.

- Se você não sair agora, juro que se arrependerá amargamente. - a mesma começa a andar em direção ao armário, o abrindo guardando sua capa.

Ela estava vestida com um vestido preto, que mostrava os ombros mas tinha uma mangas longas.

Ele valorizava sua cintura, pois ao mesmo tempo que era apertado na parte de cima, era largo em seu quadril.

- O que uma mulher poderia fazer contra mim? - digo dando uma sorriso convencido, fechando os olhos.

- Uhm, Te deixar doente...ou amaldiçoar todos os seus descendentes?- ela diz com um tom irônico, mas ameaçador.

𝐀 𝐁𝐫𝐮𝐱𝐚 𝐃𝐨 𝐎𝐞𝐬𝐭𝐞 - ᒍᒍKOnde histórias criam vida. Descubra agora