Capítulo 1
Alice se sentou em um dos bancos do pátio da faculdade, sentindo a leve brisa da tarde enquanto as pessoas ao redor conversavam e riam. Estava quase no fim do dia, e, com o último semestre quase acabando, todos pareciam mais animados, falando sobre planos para o futuro. Exceto ela.
Observando ao redor, Alice sentiu um aperto familiar no peito. Um medo silencioso, quase paralisante, tomava conta dela sempre que pensava no que viria depois da faculdade. Era como se cada rosto ali tivesse uma certeza que ela não tinha. Ela puxou o celular do bolso, tentando distrair-se, mas logo desistiu. Em momentos como aquele, as redes sociais só reforçavam a sensação de que todos seguiam em frente enquanto ela permanecia estagnada.
Foi então que ouviu a voz de Luísa, sua melhor amiga, que se aproximava com um sorriso caloroso, carregando duas xícaras de café. Luísa sempre parecia tão cheia de vida e certezas, e, mesmo que Alice não dissesse, sabia que isso era uma das coisas que mais admirava na amiga.
Luísa entregou a xícara para Alice e se sentou ao lado dela.
– Sabe, Luísa, eu... eu sinto que estou totalmente perdida. Todo mundo parece tão certo do que quer, e eu estou aqui, me escondendo em livros, como se as respostas fossem aparecer magicamente nas entrelinhas, – Alice murmurou, olhando para o café como se ele pudesse lhe dar alguma coragem.
Luísa sorriu com carinho.
– Ei, calma. Ninguém tem tudo resolvido, por mais que pareça. A gente só finge melhor do que os outros. É normal não ter certeza do que quer agora. Você está quase terminando a faculdade, Alice, é normal se sentir pressionada.
Alice suspirou e balançou a cabeça, soltando um riso sem humor.
– Mas é como se todos estivessem me esperando lá na frente. Minha família, meus professores... até eu mesma, sabe? Eu sinto que deveria ter uma resposta pronta, e cada vez que penso no futuro, só sinto medo.
– Acho que esse medo é um bom sinal, sabia? Significa que você se importa, – disse Luísa, com um tom reconfortante. – Olha, você sempre foi apaixonada por livros, por histórias... Por que não começa a olhar para isso como algo que pode te ajudar a decidir?
Alice olhou para a amiga, meio desconfiada.
– Às vezes, eu queria ter metade da tua confiança. Você sempre sabe o que dizer.
– Não é confiança, é prática, – Luísa respondeu com um sorriso, dando de ombros. – Já passei por tanta coisa que aprendi a confiar um pouquinho no caminho, sabe? E confia em mim, Alice. Você vai encontrar seu lugar. Pode demorar, pode vir de uma forma totalmente inesperada, mas vai acontecer.
Alice sorriu, embora ainda não se sentisse totalmente convencida.
– Queria acreditar nisso com a mesma certeza que você fala... Mas é difícil, – confessou, segurando o café entre as mãos como se o calor pudesse acalmá-la.
– Então faz o seguinte: para cada vez que esse medo aparecer, lembra de todas as vezes que achou que não ia dar conta e deu. E até lá, vou estar aqui para te lembrar. A gente enfrenta juntas, tá?
Aquelas palavras aqueceram o coração de Alice mais do que o próprio café. Era bom ter Luísa ao lado, alguém que parecia entender suas inseguranças e as acolhia sem julgamentos. Em meio a todas as incertezas, a amizade delas era a única coisa que lhe trazia alguma segurança.
Enquanto o sol começava a se pôr, tingindo o céu com tons suaves de laranja e rosa, Alice e Luísa ficaram ali, conversando sobre a vida, sobre sonhos e sobre os medos que ambas carregavam. Por mais que as incertezas ainda existissem, naquele momento Alice sentiu que talvez pudesse encarar o que viesse – afinal, ela não estava sozinha.
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me ensina a amar
RomancePLÁGIO É CRIME? SIM. A violação dos direitos aurorais é CRIME previsto no artigo 184 do Código Penal3, com punição que vai desde o pagamento de multa até a reclusão de quatro anos, dependendo da extensão e da forma como o direito do autor foi violad...