Alice acordou com o peso de um sono mal dormido. A noite de ontem havia sido um turbilhão de emoções e, ao acordar, as mesmas inseguranças ainda a perseguiam. O silêncio da manhã não ajudava. Ela pegou o celular na esperança de encontrar algo que a fizesse se sentir melhor, mas uma mensagem inesperada apareceu na tela e com uma foto anexada.
"Vi você e o Gabriel na biblioteca ontem, mas ele estava com a Luísa pela manhã. O que aconteceu entre vocês?"
Ela sentiu uma dor repentina, como uma lâmina cortando fundo. Luísa? A amiga dela? Mas Luísa não era próxima de Gabriel. Eles nem conversavam direito, e, por que ele não havia falado nada sobre isso? O que ela estava perdendo no meio dessa confusão toda?
Alice tentou ignorar a ansiedade crescente dentro de si e seguiu sua rotina, mas não conseguia parar de pensar naquilo. Como ela se sentia depois de tudo o que aconteceu entre eles na noite anterior? Ela estava confusa, vulnerável, com medo de ter se entregado a alguém que, talvez, não quisesse o mesmo que ela.
Foi então que, na hora do almoço, Gabriel apareceu. Ele parecia tranquilo, mas havia algo de diferente no olhar dele. Como se ele sentisse a tensão no ar, mas não soubesse exatamente o que tinha causado.
“Alice? O que aconteceu? Você está estranha desde mais cedo”, ele perguntou, a preocupação clara em sua voz.
Ela não podia mais esconder. Segurou o celular e mostrou a mensagem para ele.
“Eu vi você na biblioteca, mas não estava sozinho. Você estava com a Luísa. O que está acontecendo, Gabriel? Por que você não me contou nada sobre isso?”, menti sendo que não vi ele, só um número desconhecido me mandou mensagem
Gabriel franziu a testa, confuso, como se não entendesse o peso da pergunta dela.
“Eu... Eu estava com ela pela manhã, mas foi apenas uma coincidência, Alice. Eu não estava com ela como você está pensando. Luísa não é uma amiga próxima, você sabe disso. Ela me pediu ajuda para um trabalho, então eu a encontrei na biblioteca. Nada mais aconteceu”, ele tentou explicar, mas parecia que isso não ia ser suficiente.
Alice o encarou, buscando alguma explicação, mas ela sentia algo que não conseguia explicar. A dúvida. E, mais forte que a razão, o medo. O medo de ser enganada, de ser só mais uma. Ela sentia que estava perdendo o controle de tudo, e aquilo estava tornando impossível continuar.
“Eu não sei, Gabriel... Eu te entreguei algo ontem. E agora estou aqui, me perguntando se foi só por um momento. Eu não sou boba, sei quando as coisas não são o que parecem. Você estava com a Luísa hoje. E, mesmo que você me diga que não tem nada entre vocês, eu fico me perguntando... e se você só me quis ontem porque foi fácil? Só porque... porque aconteceu?”
O olhar dele se suavizou, mas a frustração ainda estava lá. Gabriel deu um passo à frente, tentando entender, tentando alcançá-la.
“Não é isso, Alice. Eu não te procurei por um momento qualquer. Eu quero você, por quem você é, não por um simples momento de prazer. Eu te prometo. Luísa é só uma amiga, eu não tenho nada com ela. Só você. Eu sei que você tem medo, e eu entendo, mas não me afaste. Não é isso que eu quero.”
Alice sentiu o nó apertado na garganta, o medo ainda dominando seus pensamentos. Ela não sabia mais no que acreditar. A mensagem, a visão de Gabriel com Luísa, tudo isso a fazia questionar o que ela sentia. O que ele sentia por ela.
“Eu não sei mais o que pensar. Eu me entreguei a você, Gabriel. E agora estou me sentindo...” Ela parou, sem saber como continuar, a angústia tomando conta de suas palavras. “Estou me sentindo como se fosse só mais um momento passageiro, e eu não sei se consigo lidar com isso.”
Gabriel se aproximou, agora com uma expressão mais séria, mais decidida. Ele tocou no braço dela com suavidade.
“Alice, eu não vou te dizer que você não tem motivos para ter dúvidas, mas eu posso te prometer que o que aconteceu ontem foi real. Eu quero você, por inteiro. E não foi só pelo que aconteceu entre nós, foi mais do que isso. Eu não tenho nada com a Luísa, e não há mais ninguém entre nós.”
Ela o olhou nos olhos, buscando algo que a fizesse acreditar, algo que a convencesse de que ele realmente estava sendo sincero. A verdade é que ela queria acreditar nele, mas o medo de se machucar de novo, de ser deixada para trás, ainda estava ali.
“Eu não sei se estou pronta para acreditar, Gabriel. Não sei se posso me entregar de novo, depois de tudo isso”, ela murmurou, a voz cheia de insegurança.
Ele suspirou, uma tristeza visível nos olhos. “Eu entendo, Alice. Eu não quero te forçar a nada. Só me dê tempo. Só me deixe mostrar que sou diferente, que o que nós temos é real.”
Alice olhou para ele por mais um instante, sentindo o peso de suas palavras. Ela queria ser capaz de confiar, mas as dúvidas ainda a cercavam. Tudo parecia tão incerto, tão frágil, e ela não sabia se estava pronta para arriscar novamente. Mas uma parte dela sabia que, talvez, só o tempo pudesse dizer se ela estava fazendo a escolha certa.
Gabriel deu um passo atrás, e Alice sentiu um misto de dor e alívio. Ele não a pressionava, mas ela sabia que a decisão era dela.
“Eu vou precisar de mais tempo, Gabriel. Eu não posso fazer isso agora.”
Ele acenou com a cabeça, aceitando sua resposta, mas seu olhar era de quem sabia que não seria fácil. “Eu vou esperar, Alice. Não vou te deixar ir embora. mas de novo essa história de tempo?"
E assim, ele se afastou, deixando Alice sozinha com seus próprios medos e dúvidas. Ela queria acreditar, mas o medo da perda, do abandono, ainda pesava mais forte. Talvez, no fundo, ela soubesse que o tempo poderia ser a chave para entender tudo o que estava acontecendo, mas por agora, só o silêncio e a incerteza restavam.
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me ensina a amar
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