| Capítulo 2

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Boa leitura, galerinha do mal! Não se esqueçam de curtir e comentar no capítulo!

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Eu me ferrei bonito. Tipo, me ferrei muito bonito mesmo.

Sabe aquela baita bronca que imaginei levar de meus pais? Então, eu realmente levei assim que cheguei em casa pelos mais óbvios motivos: estava andando de bicicleta, me machuquei por culpa dela, e ainda voltei 'pra casa bem mais tarde do que deveria. Literalmente tudo que eles não queriam que eu fizesse.

Isso é ser um ótimo filho, hein!

Não que tomar essas atitudes fosse errado. Só que para minha família, aquilo era péssimo, o cúmulo do absurdo, chutar o pau da barraca.

Morávamos numa das maiores cidades dos Estados Unidos, então é evidente que o risco de sofrer algum acidente é grande. Porém aqui, nesse fim de mundo cercado por um muro e por um lago, é extremamente difícil de acontecer. Ainda assim, o receio de Myung e Bonhwa permanece firme.

Terem passado pela experiência de ver um de seus filhos quase morrer após ser atropelado enquanto andava pacificamente de bicicleta não traz um bom pressentimento sobre o veículo. Eles ainda permanecem meio traumatizados com o ocorrido, dessa forma, é meio compreensível me darem uma bronca.

Na realidade, não me importei muito com o que me disseram, pois invés de prestar atenção no sermão, minha cabeça estava em outro lugar totalmente diferente. Não era bem um lugar, mas sim em uma pessoa, muito bonita aliás. Que possui olhos afiados, corpo bem malhado e tatuado... Parecido com um anjo, ou melhor chamá-lo de Deus Grego? Não faço ideia, mas a beleza dele se iguala às duas comparações anteriores.

A única coisa que tinha certeza era de que não conseguia tirar Jeon Jungkook de meus pensamentos por um segundo sequer. Independentemente do que fizesse para me distrair, tudo parecia em vão.

Naquela noite, o jantar foi bem perturbado. Uma conversa séria iniciou-se sobre o ocorrido — esta que quase não tive lugar de fala — e muitas farpas foram trocadas entre eu e meus pais. Só que para minha sorte, meu irmão mais novo estava ali.

Decidindo ser um bom garoto na ocasião — coisa rara —, ele fez a cabeça de nossos pais para que acalmassem seus nervos e deixassem de brigar comigo. Para minha enorme felicidade, funcionou, e comecei a ter um pouco de paz.

Bendito seja o Jihyun. Pelo menos naquele momento.

Assim que o jantar estressante chegou ao fim, tomei um banho demorado e relaxante, que me fez deitar na cama com o corpo mais tranquilo. Só que para compensar a tranquilidade do corpo, minha mente fervilhava.

Sabia que teria uma insônia pesada demais 'pra conseguir descansar bem. Eu estava brigado com meus pais, perdi a viagem que faria com meus amigos, reencontrei Jeon Jungkook. Só de pensar que não conseguiria ter uma boa noite de sono por todos esses motivos rondarem minha cabeça, já suspirava frustrado, mais cansado ainda.

Como eu já previa, meu vizinho e ex melhor amigo de infância mudou bastante nesses últimos quatro anos. Continuava a me encantar, porém, diferente de quando éramos crianças, o encantar não vinha de suas brincadeiras e personalidade fofa de ser. Agora, o encantar tratava-se de como se tornou um adulto lindo e sedutor para um caralho fazendo até o mínimo.

A questão que importa de verdade nisso é: um sentimento que julgava ter chegado ao fim ainda permanecia ali, presente em meu interior, e começou a me corroer por dentro quando descoberto.

Isso significa que eu ainda gosto ou sinto algo pelo Jungkook? Não sou capaz de responder isso. Mesmo que tente, não sei expressar o que se passa comigo. Antigamente, gostava dele por o conhecer bem, por Jeon ser alguém carinhoso e apegado a mim. Agora é diferente. Não o conheço mais, somos praticamente desconhecidos um para o outro.

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