Capítulo 2

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No dia seguinte, Hande conseguiu sair do apartamento da morena, sem ser notada e seguiu para o seu próprio apartamento. Mas, ao chegar no carro por aplicativo, se deu conta de que esquecera um item importante: sua calcinha.

- Inferno...- resmungou sozinha.
Ao chegar em casa, deu de cara com Zehra, sentada no sofá e encarando o teto.

- Eu acho que tive a melhor noite da minha vida! – a de olhos verdes falou.

Hande se jogou ao lado dela e a garota fez uma expressão de nojo.

- Você cheira a sexo!

Hande sorriu.

- Não tivemos tempo de tomar banho. – respondeu suspirando.

- Está com cara de quem transou a noite toda...- pontuou sugestivamente.

- Não, porque eu não aguentaria. Mas ela queria. – rebateu sorrindo. – Você vai ficar impressionada com o que eu vou dizer, mas ela tinha um pênis.

- A Melissa também tinha, de várias cores...

- Não nesse sentido. – a interrompeu. – Ela tinha um pênis no lugar da vagina.

- O quê? – perguntou impressionada. – Como assim? Isso é possível?

- Claro que é.

- Eu não sabia.

- É por isso que chamam a gente de burra! – a repreendeu. – Mas é possível sim e eu tirei a prova essa noite.

- Como ele era? – indagou curiosa.

- Eu não vou ficar falando da genitália alheia!

- Você é uma egoísta!

Hande sorriu para o biquinho que se formou nos lábios da amiga.

- Foi o melhor que eu já vi. – disse. – Cheguei a pensar que não fosse caber em mim.

- Era tão grande assim?

- E grosso. – sentiu sua boca salivar ao lembrar. – Não estou mentindo Zehra, acho que tinha uns 26 centímetros mais ou menos.

- Uau! – exclamou. – E como conseguiu?

- Ela tinha ciência do tamanho do treco que tinha no meio das pernas e me fez gozar duas vezes com um oral maravilhoso. – explicou. – E não consigo me lembrar quantas vezes eu gozei com as penetrações...

- E eu aqui pensando que a minha noite tinha sido mágica. – refletiu Zehra. – Gozei quatro vezes.

- Isso não é uma competição de orgasmo, mas eu consegui mais. – sorriu para a amiga, mas o sorriso morreu ao se lembrar de um fato. – Nós não usamos camisinha!

- Acho que não é possível que ela engravide alguém. – disse. – E você não está no seu período fértil.

- Zehra...

- O que deu na sua cabeça de transar sem camisinha? – a repreendeu.

- Se você visse o que eu vi, não pensaria duas vezes em abrir as pernas e não pensar mais em nada. – respondeu. – Eu vou tomar a pílula do dia seguinte.

- Não temos tempo para comprar agora, precisamos ir até a agência! – a lembrou. – Nós já devíamos estar lá, na verdade.

- Mas eu preciso...

- Lá, nós compramos. – a apressou. – Jesus, Hande. Você é uma irresponsável.

A turca sorriu. Se toda irresponsabilidade fosse tão prazerosa como aquela, gostaria de repetir sempre.

(...)

No outro lado da cidade, Tijana acordava com as luzes da cidade invadindo o seu quarto. Ela levantou a cabeça e procurou pela garota.

- Ela cumpre mesmo as promessas. – disse se levantando da cama completamente nua. – Ora...- achou a calcinha azul que a mulher estava usando. – Será esse um bom motivo para te encontrar?

Ela sorriu e foi até o banheiro tomar um bom banho quente e relaxante e foi para sala, dando de cara com a sua melhor amiga.

- Eu daria tudo pra estar em casa agora. – Vargas reclamou baixinho, apenas para que a amiga ouvisse. – Estou com uma ressaca horrível!

- A noite foi boa para você... – debochou Tijana.

- Você me deve duas pratas, Boskovic! – lembrou. – Você quem saiu primeiro.

- Te pago até cinco, se você quiser! – deu de ombros.

- O quê? A noite foi tão boa assim?

- “Boa” é um eufemismo. – respondeu sorrindo. – É uma pena não poder se repetir.

- É uma pena mesmo. – confessou Vargas. – Mas a gente vai parar com isso, não vai? Elas foram as últimas!

- Foram mesmo. – assentiu.

- Você mente tão mal! – a repreendeu.

- E você não acredita numa palavra do que diz!

- Ah, cala a boca. – revirou os olhos. – Você checou de que horas temos de estar no aeroporto?

- Temos duas horas ainda. – deu de ombros. – Odeio aquele frio infernal da Rússia!

- Temos negócios a tratar com aqueles chatos por uma semana. – revirou os olhos. – Depois temos mais duas semanas no Japão e uma na China.

- Um mês viajando? – perguntou incrédula.

- Infelizmente sim. – pontuou. – Voltamos para os Estados Unidos apenas para inaugurar a nossa cede aqui, mas precisamos passar na Sérvia antes, para buscar a minha filha.

- Pelo menos teremos alguém animado nesse país! – sorriu Melissa. – Adoro aquela pestinha.

- E ela adora você, por mais que eu não concorde com 1% das coisas que você ensina pra ela.

- Eu sou a melhor dinda do mundo! - a repreendeu. – Rose me ama até mais do que você.

Boskovic revirou os olhos com aquela informação. Aquilo provavelmente era verdade, mas ela não queria discutir sobre aquilo.


















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