Capítulo 11

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No último dia do ano, a morena foi surpreendida por dois buquês de flores em seu apartamento e estranhou já que ela nunca havia recebido flores.

- Mamãe, nós vamos perder a festa na casa da vovó se a senhora demorar mais cinco minutos! – ralhou Rose, descendo para a sala. – Uau, você ganhou flores.

- Eu e você. – constatou ao ver o nome da filha no cartão do outro buquê de rosas coloridas.

- Eu? Mas eu nunca ganhei flores...- pontuou, pegando o buquê que sua mãe lhe entregou e abrindo o cartão. – Ah, são da Handem!

- São? – perguntou surpresa, checando o seu. – As minhas também são...

- Claro que são. – a garota revirou os olhos. – Mamãe, pode ler pra mim? A letra da Hande é horrorosa, não consigo entender.

Tijana sorriu com o comentário da filha.

- Você pode magoar as pessoas com esse tipo de comentário, mocinha. – a repreendeu.

- Eu não quero magoar a Handem! – se apressou em falar, fazendo a mãe sorrir ainda mais.

- Deixe-me ler o cartão. – pediu.

“Olá, meu solzinho. Espero que você esteja bem e infernizando a vida da sua mãe! Estou apenas brincando, seja um menina comportada, está bem?
Estou escrevendo esse cartão para desejar um feliz ano novo para você e que realize todos os seus desejos no ano que se aproxima.

Com amor, Hande.”

- Quem daria um milhão de beijos em alguém? – questionou Rose, sorrindo. – Mamãe, podemos enviar flores para ela também?

- Podemos sim. – afirmou.

- O que diz no seu cartão? – quis saber.

- Você é muito curiosa, mocinha!

- Mas você leu o meu! – rebateu.

- Porque você me pediu. – a lembrou. – Mas eu vou ler o meu para você.

“Olá, Tijana e Rose novamente, já que eu posso apostar que ela fez você ler o seu cartão para ela!
Obrigada por ter cuidado de mim, quando eu iria postergar tudo em meu leito de morte (música dramática). Aproveite a noite e tenha um feliz ano novo.

Com carinho, mas não muito (ainda me lembro da injeção que tomei por sua causa), Hande.”

- Ótimo, eu fico com todo o amor dela.

– Rose se vangloriou. – Agora vamos, ou iremos nos atrasar!

- Me espere no carro. – pediu e a filha obedeceu.

Boskovic digitou o número de seu fiel escudeiro, para lhe pedir um grande favor.

- Peter, eu preciso de um grande favor seu e não importa o quanto isso custe.

(...)

Quando o relógio marcava 23:00 em ponto, Tijana sentiu seu celular vibrar e sorriu ao ver o nome da turca na tela.

- Olá, Handem. – falou assim que atendeu.

- Olá, Tijana. – a cumprimentou. – Você pode me explicar porquê raios o meu apartamento está entupido de flores?

- Eu não faço ideia do que esteja falando. – mentiu.

- Eu te dei um buquê de flores, o que custa retribuir a gentileza apenas com um buquê?

- Você está reclamando?

- É claro que estou! – ralhou com ela. – Quem você acha que vai ter que limpar tudo isso?

The loneliestOnde histórias criam vida. Descubra agora