“Três dias depois...”
- Você ainda não me disse onde dormiu naquele dia. – pontuou Zehra, assim que entraram no quarto reservado para os modelos.
- Eu fiquei presa na biblioteca da rua 13. – a explicou.
- Sozinha? Você não teve medo?
- Eu não estava sozinha. – a respondeu. – A Tijana estava lá.
Zehra a olhou incrédula.- O quê? – indagou. – Que parte eu perdi?
- Eu te disse que a minha vida era uma novela. – deu de ombros. – Você que não que não dá muito crédito ao que eu digo.
- Você está querendo me dizer que ficou presa por uma noite inteira, com a...
- Deusa grega! – interrompeu a fala da amiga. – Eu juro que nunca vi uma mulher tão linda como aquela.
- Ok, deusa grega...- se corrigiu. – Você acha que ela é tão bonita assim?
- Muito mais do que bonita. – respondeu. – Ela em si é meio mágica.
- Não me faça ter náuseas a uma hora dessas, Hande. – Zehra rebateu. – Você está falando como se estivesse apaixonada por ela.
- Talvez eu esteja. – sussurrou.
- Você o quê!? – gritou.
- Não grite! – ralhou massageando o ouvido.
- Me desculpe. – pediu culpada. – É sério? Ela é a sua chefe!
- Acontece nos melhores filmes! – deu de ombros, fingindo não se importar, mas realmente se importava. – Olha, eu acho melhor você ir...
- Como assim você vai me expulsar na melhor parte? – perguntou revoltada.
- Eu preciso estar no estúdio infantil em alguns minutos. – falou, checando o relógio. – Depois conversamos.
- Ok! – revirou os olhos. – Te vejo em breve.
- Certo. – rebateu, indo em direção a porta. – Bico calado, hein?
- Minha boca é um túmulo. – respondeu. – Boa sorte com as crianças!
- É uma injustiça que não possamos ficar juntas! – ralhou Hande.
- Ninguém mandou você se interessar pela pior parte da moda! – ralhou. – Mas, os pirralhos amam a tia Hande...
- Sua...
- Ande logo! – a instigou. – Nos falamos depois.
Zehra deu de ombros e seguiu para os seus afazeres. Hande acompanhou a amiga, até que ela desaparecesse pelo corredor, então ela fechou a porta.
- Que Deus me ajude...- pediu baixinho.
(...)
Ao entrar no estúdio em que ficavam os modelos mirins, a modelo suspirou profundamente, ao notar que havia apenas uma garotinha ali, até agora.
- Olá, bom dia! – cumprimentou a menina, que a ignorou completamente. – Oie, tudo bem?
- Bom dia. – a garota a respondeu, friamente.
- O que faz aqui tão cedo? – tentou se aproximar da garota.
- A minha mãe me deixou aqui, porque eu ainda não consegui entrar para a escola que a minha irmã estuda. – explicou a encarando. – Você é algum tipo de babá?
- Não.
- Então, o que faz aqui?
Hande contou até cinco mentalmente.
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The loneliest
Fanfiction[FINALIZADA] Que foi real em nós? Que houve em nós de sonho? De que Nós fomos de que voz O duplo eco risonho Que unidade tivemos? O que foi que perdemos?