À medida que o sol lentamente desponta no horizonte, os primeiros raios de luz filtram-se através das nuvens, lançando uma luz pálida sobre o território Nortenho. A neve cobre a paisagem como um manto branco, cintilando sob os primeiros raios de sol, mas o ar permanece gélido, como uma lembrança constante do rigoroso inverno que reina na região.
No interior de uma imponente torre de pedra, erguida sobre as colinas nevadas, Lord Lourace Silverion desperta de seu sono inquieto. Seus olhos se abrem lentamente, piscando contra a claridade fraca que invade seu quarto através das cortinas pesadas. Um arrepio percorre sua espinha quando ele se senta na cama, a sensação de que algo está prestes a acontecer ecoando em sua mente como um presságio sombrio.
Lourace se levanta, seus passos ecoando silenciosamente no chão de pedra fria enquanto ele se aproxima da janela. Um suspiro escapa de seus lábios ao ver a paisagem coberta de neve se estendendo até onde os olhos podem alcançar. Mas mesmo sob a beleza serena da manhã nortenha, ele sente uma tensão no ar, como se as sombras da intriga e da traição pairassem sobre seu território.
Seus olhos percorrem o horizonte, buscando por algum sinal do que o inquieta, mas nada além do branco imaculado da neve encontra seu olhar. No entanto, a sensação persiste, como uma sombra à espreita nos recessos de sua mente.
Com um suspiro resignado, Lord Lourace Silverion se afasta da janela, sabendo que o destino reservará algo intrigante. Lourace se senta em frente a uma escrivaninha para tomar a água que estava na jarra.
LOURACE SILVERION
Respiro fundo e ergo-me da cadeira em frente à minha escrivaninha, sentindo a urgência pulsar em minhas veias. Olho para o bracelete de prata verde que adorna meu pulso, um símbolo de minha linhagem e responsabilidade para com meu povo. Visto-o com determinação, sentindo-o se ajustar confortavelmente ao redor de minha pele.
Pego minha lâmina, uma relíquia de família forjada com precisão e cuidado, e a prendo firmemente à minha cintura. Em seguida, apanho meu arco e uma aljava cheia de flechas, preparando-me para qualquer eventualidade que possa surgir em meu caminho.
Olho para o saco de moedas que repousa sobre minha mesa, uma oferta para aqueles que podem precisar de ajuda no vilarejo. Sei que cada moeda representa esperança para aqueles que lutam para sobreviver neste mundo implacável.
Desço as escadas de pedra da torre de GranCastle com passos decididos, o eco de minhas botas ressoando pelo corredor vazio. Me dirijo até o pátio principal de GranCastle e vejo Dankler juntamente de Yelena preparando dois cavalos no estábulo.
- Ótimo dia, Sor Dankler. Senhorita Yelena. Como vai?
- Bom dia Lord Lourace, é tudo muito agradável nesta hora da manhã. Estou muito bem, e contigo? - Responde de maneira agradável, exatamente como é todas as vezes. Seus olhos castanhos mostravam levemente sua empatia comigo. - respondeu Yelena
- Estou bem, grato por perguntar. Estão indo ao vilarejo ? - digo amigavelmente querendo me distrair.
- Sor... - Yelena responde com um sorriso caloroso, enquanto acaricia a crina do seu cavalo. Ela assente, indicando sua disposição para a jornada proposta por Lourace. - Seria uma honra nos acompanhar em nossa patrulha hoje - ela diz, expressando seu convite para que ele se junte à eles.
Eu sabia que Dankler não era exatamente receptivo a estranhos perambulando pelo Norte, especialmente quando se tratava de um Silverion solitário. Observo seus movimentos, que denotam alerta e desconfiança.
Por outro lado, Yelena demonstrava uma confiança em mim que contrastava com a postura cautelosa de seu tio. No momento em que ela fez o convite, Dankler pareceu confiar na palavra de sua sobrinha.
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Crônicas de Espada e Escudo
Fantasia(ATENÇÃO) -Este livro é uma obra em conjunto de vários escritores amadores e atuais membros do projeto ARCADE. No reino de Wallos, diversos nobres membros do conselho de "Espada e Escudo" atuam firmemente de maneira direta na sociedade buscando a p...