Sigla dos personagens:
Tr - Tom Riddle
Hp - Harry Potter
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Nos últimos dias Harry tem estado para baixo, não importa o momento do dia e se algo divertido está acontecendo ao seu redor, estava sempre com aquela cara de dúvida e suspirando pelos cantos, muito diferente do seu habitual bom humor e extrovertismo. O comportamento evidente de Harry não passou despercebido por seus familiares, que apenas pelo jeito de Harry já sabiam o motivo dele estar daquela forma, Harry não era muito bom em esconder seus sentimentos, mas não poderiam fazer nada se ele não conversar com eles. Estava na hora de ter uma conversa antes que a cabeça dele explodisse de preocupação, para momentos como aquele Tom era a pessoa ideal para ajudar e dar um concelho assertivo.
Uma vez por semana Tom passava um dia inteiro fora de casa resolvendo os problemas de seu trabalho, e contra todas as probabilidades ele era o diretor de um orfanato de criaturas magicas. Como membro de uma família composta por majoritariamente por monstro, ele sabia muito bem que não eram aceitos pela maior parte dos bruxos e muitas famílias não perdiam tempo em abandonar as crianças que tinham sangue de criatura correndo em suas veias. Era em momentos como aquele que Tom entrava. No meio da floresta Anagach na Escócia havia uma mansão grandiosa, lá residia diversos tipos de crianças com sangue de criaturas de todo o Reino Unido, algumas comuns e outras bem raras, mas todas tiveram o mesmo destino de abandono por seus familiares e para cuidar de todas essas crianças tinham diversos funcionários escolhidos a dedo por Tom.
Mas o trabalho de um diretor de orfanato não terminava quando as crianças chegavam à idade adulta. Assim que eles chegavam na idade de ir embora Tom os ajudava a conseguir um emprego estável para sobreviverem e ainda seguir seus sonhos empreendedores ou acadêmicos, assim eles não teriam dificuldades financeiras como a maior parte das criaturas magicas adultas. Quando pequeno Tom sabia em primeira mão como era não ter dinheiro, muitas vezes nem para conseguir um prato de comida, e se pudesse fazer o possível para que mais ninguém estivesse que passar por isso ele faria de tudo ao seu alcance.
Além de ser um diretor de um grande orfanato, Tom junto dos outros membros da sua família tinham algumas ações pelo Beco Diagonal, dessas ações que vinham a renda da família Spook. Além de uma família de monstros, eles também eram uma família de empresários. Eles podiam dizer só de olhar para uma loja se aquele lugar renderia lucros ou iria à falência em pouco tempo, tinham um olhar muito afiado para coisas assim e foi dessa forma que eles cresceram financeiramente e puderam melhorar suas condições.
Para poderem conversar com privacidade, Tom convida Harry para ir com ele ao orfanato, sabendo que ele não perderia a chance de ver as suas amadas crianças. Harry acompanhou Tom poucas vezes ao orfanato, mas sempre se divertia aos montes com aquelas crianças, elas o lembravam dele quando chegou na família Spook e como ele amadureceu aos poucos. As crianças pequenas o lembravam dele quando chegou, já que ele tinha medo de ser mais uma vez abandonado e como pouco a pouco ele se apaixonou e foi abraçado por aquelas pessoas; as crianças maiores o lembrava agora que tinha onze anos, já que ele amadureceu e percebeu como era amado do seu jeito próprio e não como os outros queriam que ele fosse.
No orfanato Harry ajuda Tom a averiguar o orfanato, eles estavam numa época de puro estresse, estava chegando a época de volta as aulas e era sempre uma correria por todo o orfanato e sempre acabava caindo tudo sobre Tom que tinha que arrumar tudo. Imagine só comprar vários tipos de matérias escolares para muitas crianças, além de ter que organizar e inscrever cada crianças para sua respectiva escola. Em tempos como aquele Tom tinha que ficar mais tempo no orfanato para ter certeza de que arrumou tudo do jeito certo, nenhum erro era permitido, mas com a ajuda de Harry pode acabar o trabalho mais cedo e com menos estresse. Era o momento de ter a conversa.
Tr – Harry, quer dar uma caminhada antes de irmos embora? - pergunta para Harry, que no momento estava brincando com um grupo de crianças.
Hp – Claro. - responde se despedindo das crianças, mas antes que elas reclamassem prometeu que voltaria outro dia apenas para brincarem, foi só com isso que conseguiu se afastar daquele grupo e seguir seu pai para fora do orfanato. O orfanato era rodeado de trilhas, uma mais linda da outra e eles seguiram por uma para poderem conversar, aquele momento de paz era exatamente o que Harry precisava para se acalmar e não enlouquecer aos poucos.
Tr – Mais calmo? - pergunta para Harry, afastando aquele momento de silencio que se instalou sobre eles naquela trilha tranquila.
Hp – Com certeza, era exatamente isso que eu precisava. - fala sem tentar esconder o que estava sentindo.
Tr – Quer me contar o que está acontecendo para você estar enlouquecendo? - pergunta Tom entrando no assunto principal.
Hp – Estou com medo. - eles se sentam em uma das grandes pedras da trilha para conversarem melhor - Está tudo tão incrível e tranquilo entre a gente, mas de repente vou ter que passar praticamente um ano fora na escola rodeado de estranho. E a única escola que é perto de casa vai ter a companhia da minha querida irmã gêmea. - fala a última parte com um desgosto – Tem tantas coisas passando pela minha mente que não sei o que fazer. A pior parte é que não quero ir para outras escolar, todas são muito longes e ficaria mais difícil para nós vermos, mas seu eu for para Hogwarts vou estar condenado a ter contato com Rose diariamente. Eu finalmente me adaptei a essa família e não quero ter que me separar de vocês. - Tom conseguia sentir a dor de Harry em suas falas, medo da mudança.
Tr – Ter que mudar a rotina pode ser desafiador, mas mudanças sempre veem para o melhor. - fala Tom – Você está indo para uma escola, onde vai estudar e decidir o que gosta e o que quer fazer quando for adulta, mas o principal é que vai fazer amigos que levara para a vida toda. Sobre sua irmã, o que posso falar é para ignorá-la e focar em si mesma, ela não merece alguém tão incrível quanto você. - fala Tom tirando de Harry um sorriso – E não importa o quão longe for sua escola, vamos estar sempre do seu lado e pode demorar o quanto for se precisar vamos chegar até você. Mas não se limite apenas por medo, você pode perder muitas oportunidades apenas pelo medo. Não se permita ser vencido pelo medo. - com o fim da sua fala ele se levanta e volta a caminhar, agora tinha que deixar Harry refletir sobre si mesmo e decidir o que quer fazer.
De volta para casa Harry não falou com ninguém, foi direto para seu quarto e se trancou lá para refletir sobre as palavras de seu pai. Ele tinha razão. Ele estava se deixando ser dominado pelo medo, e mesmo longe por tanto tempo ele estava com medo dos Potter's, mas eles não podiam fazer nada com ele, principalmente quando ele tinha uma família incrível na sua retaguarda pronta para o ajudar. Estava na hora de seguir em frente, ele iria para Hogwarts e não deixaria que ninguém e principalmente sua irmã acabar com sua experiência escolar.
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Haunted house
FanfictionA família Potter era vista pelos outros como a família perfeita, mas de perto não era verdade. Durante toda a sua infância Harry foi tratado como uma mera sombra da sua irmã mais velha, Rose Lílian Potter. Ser ignorado já fazia parte da sua rotina e...