Stole Love ᵛⁱⁿⁿⁱᵉ ʰᵃᶜᵏᵉʳ

27

— RAVENA BOWEN

Enquanto eu caminhava pela mansão Hacker, meus nervos aumentaram.

A escola acabou. Nós nos formamos, e embora fosse difícil com uma criança, eu e Vinnie ainda conseguimos. Aurora faz um mês hoje, ainda não falei com meu pai e não pretendo também. Ele não pode saber que eu tive um filho.

Ele faria coisas que eu nem queria pensar. E não suporto que mais ninguém me toque além de Vinnie.

Nós estávamos nos mudando para a mansão Hacker hoje, porque eu não posso ir para minha casa. Então Vinnie me ofereceu para ficar aqui – e mesmo que eu recusasse, ele ainda teria me feito ficar aqui porque ele sabe o que meu pai fez e não tem como ele querer que eu volte para lá.

O braço de Vinnie deslizou ao redor da minha cintura, Aurora em seus braços enquanto ele continuava nos conduzindo pela mansão, e subindo as escadas.

— Vinnie? — Maria Hacker nos parou, entrando no saguão principal e depois subindo as escadas para nos dar um abraço. Quando ela viu Aurora, seu rosto se iluminou, eu sabia que ela sentia falta dela. — Posso levá-la? Se você não se importa, eu gostaria de passar algum tempo com ela.

— Claro que você pode — eu disse a ela suavemente, observando-a pegar Aurora em seus braços e abraçá-la gentilmente. — Está tudo bem se subirmos e desfazermos as malas?

Maria acenou com a cabeça. — Sim, querida. Eu estarei aqui com ela, Nate não estará em casa até tarde esta noite.

Um sentimento percorreu meu corpo com a menção de Nate. Ele não gostava de mim. Ele me odiava, na verdade. Me odiava porque engravidei do filho de Vinnie e lhe dei um herdeiro, mas fui eu que lhe dei um herdeiro. Ele queria que outra pessoa desse um filho a Vinnie. Alguém mais 'elegante' e 'limpo'.

Vinnie continuou subindo as escadas comigo, minha cabeça indo descansar em seu ombro. Ele deu um beijo na minha cabeça, seu braço deslizando para trás em volta da minha cintura.

Quando entramos em seu quarto, sentei minha bolsa e deitei em sua cama, meu corpo um pouco cansado. Já foi um longo dia e são apenas 3 da tarde. Ter um filho é difícil.

Embora, eu acho que isso fez eu e Vinnie muito melhores.

Quando seus braços me envolveram e deslizou meu corpo de volta para o dele, suspirei contente. — Nós deveríamos estar desempacotando, amor.

Eu sorri um pouco. — Eu sei. Eu só preciso de uma pequena pausa.

Ele se sentou um pouco, beijando meu pescoço em pequenos pontos. — Você sabe... eu não quero morar com meus pais. Nós poderíamos – comprar uma casa juntos. Nós poderíamos morar sozinhos.

— Mas e se... eu precisar de ajuda? — Desviei o olhar, envergonhada. — E se eu precisar de ajuda para cuidar de Aurora? Eu não sou muito boa nisso.

Ele deu outro beijo na minha bochecha. — Ravena, você é uma ótima mãe. Você sempre foi uma ótima mãe desde o momento em que ela nasceu. — Sua voz era gentil, mas definitivamente severa.

— E–eu sei. Só estou com medo.

Ele virou meu corpo para que eu ficasse de frente para ele. — Eu sei, amor. Mas eu prometo que vamos passar por isso juntos.

Para os próximos momentos, nós deitamos lá juntos. Nós apenas nos abraçamos, tendo um pouco de tempo para nós mesmos. Foi meio legal ficar aqui.

— Falta mais uma semana — Vinnie sussurrou em meu ouvido, mãos cortando uma panqueca na mesa de jantar.

— Até? — Eu sussurrei de volta.

Sua mão agarrou minha coxa, empurrando meu prato de volta para mim. — Até que eu possa foder você contra cada peça de mobília que possuo.

Eu quase engasguei, vendo Maria do outro lado da mesa alimentar Aurora. A campainha tocou, e eu não queria atender, mas já estava de pé porque Vinnie estava cortando suas próprias panquecas agora.

Passei pelo saguão e fui até a porta, abrindo-a com um pouco de hesitação.

Theodore estava na minha frente com Jordan.

O quanto eu queria bater a porta na cara deles. Eu queria gritar com eles, gritar para eles saírem da propriedade de Vinnie, mas isso é apenas a raiva dentro de mim falando. Senti falta do meu incômodo e dos meus melhores amigos. Eu realmente senti falta deles. Mas eles continuaram escolhendo Elliot em vez de mim.

— Ravena.

— Theodore.

Ele limpou a garganta. — Podemos entrar?

— Para?

Desta vez, ele bufou com um pouco de aborrecimento. — Para conversar. Nós só queremos conversar. Há algo que você deveria saber.

Engoli em seco, abrindo mais a porta e deixando os dois entrarem. Jordan me deu um pequeno sorriso, e eu o retribuí fracamente. Ele ainda era meu melhor amigo.

Quando voltamos para a sala de jantar, eles decidiram comer conosco. Sentei-me ao lado de Vinnie novamente e seu rosto estava cheio de confusão, porque por um tempo, éramos apenas eu e ele. Nós só tínhamos um ao outro porque todos eles escolheram Elliot. Cada um deles, incluindo meu próprio irmão.

Isso doeu, eu admito.

— Você está bem com isso? — Vinnie sussurrou em meu ouvido novamente, a mão agora agarrou minha coxa e me puxou para mais perto. Eu balancei a cabeça. — Ok.

Uma hora se passou e estávamos limpando nossa bagunça do café da manhã. Surpreendentemente, não foi tão ruim falar com eles novamente. Eles estavam bem. Eles eram exatamente os mesmos que eu me lembro deles.

— Então, o que é que eu preciso saber? — Perguntei a eles, sentado no sofá da sala. Aurora tinha acabado de dormir para tirar uma soneca, então todos nós decidimos apenas conversar no sofá. — O quê? Por que você está assim?

Theo esfregou a mão no rosto. — Estou com um pouco de medo de te contar.

Vinnie zombou, enterrando seu rosto na curva do meu pescoço. — Apenas diga a ela.

Eles estavam me assustando. Jordan tinha um olhar em seu rosto que estava me dizendo que isso não era bom, e eu não sei o que é, mas por algum motivo meus nervos estão aumentando.

Theo respirou fundo. — Nosso pai foi assassinado – por... Elliot.