CAP 13- P2

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I Love You For Sentimental Reasons
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Quando eu fiz 13 anos coloquei na cabeça que eu queria um restaurante.

Isso tudo porque meu pai queria ter um restaurante.

Eu cozinhava, sabia me virar, mas papai era incrível na cozinha.

Fazia aqueles pratos bonitos que só se via na TV com o que tinha em casa e, além de serem atrativos aos olhos, eram muito apetitosos.

E quando ele se foi, me senti na obrigação de andar os passos que ele não pôde. De seguir o caminho que ele marcou no mapa de sua vida, como um plano de férias.

Foi um fracasso.

Eu não tinha vocação para aquilo. Eu esquecia as coisas no fogo enquanto cantava; recebia reclamações por ter colocado sal no bolo doce ao invés de açúcar. Minha pequena banquinha de doces-salgados durou apenas quatro semanas, antes de eu perceber que eu não era o meu pai, mas eu o amava muito, e ele sabia disso.

E ele também sabia que eu amava música.

E eu sabia que ele não ficaria feliz com minhas tentativas frustradas de ser quem não sou.

Quando entrei no pequeno restaurante chamado One Day, Mariposa, lembrei de papai, e que esse seria exatamente o tipo de coisa que ele faria se estivesse vivo.

Por fora parecia com todas as outras estruturas de Mariposa. Banhado de referências ao faroeste e a corrida de ouro. Tendo como destaque a cor marrom das madeiras e o dourado.

Em uma placa na calçada, dizia: One Day, Mariposa e havia ali, a foto de uma mulher loira, muito bonita, com uma mensagem abaixo.

Mariposa.

Foi assim que ela se apresentou quando nos conhecemos.

Eu disse:

"Você tem o nome da minha cidade natal."

E ela sorriu.

"A sua cidade natal tem o meu nome"

Dizem que quando você sabe, você sabe.

O amor da minha vida estava a minha frente, em um vestido florido e cabelos lisos demais, sorriso grande demais.

Sinceridade demais.

Poesia demais.

Era ela. Eu soube.

Minha Mariposa.

Sempre mais do que qualquer ser humano poderia ser. Exagerada ao extremo para minha alma calma e quieta.

Mas, era ela.

E quando ela se foi, continuou sendo ela.

Minha Mariposa.

Você sempre fará parte de mim.

Vamos nos encontrar....

Um dia, Mariposa.

— É esse lugar, Louis!

Segurei na sua mão e saí o arrastando até a porta do estabelecimento.

O sino anunciou nossa presença, junto com uma melodia conhecida.

— Boa tarde, One Day Mariposa! — Uma moça muito bonita de cabelos crespos e pele escura nos recepcionou.

O lugar estava cheio, a moça conversava graciosamente com um cliente e, ainda assim conseguiu nos dedicar sua atenção. Todos que estavam ali pareciam tão à vontade. Imediatamente fui levado à Nora's House, e a forma que as pessoas se sentiam acolhidas.

Até Que A Música Nos Separe • LSOnde histórias criam vida. Descubra agora