The Lost Soul

CAPÍTULO 14

Adivinha quem voltou do mundo dos mortos? Isso mesmo, euzinha.

Brincadeiras a parte. Sim, gente, esse capítulo demorou pra sair e me desculpem mesmo. A faculdade está sugando a minha alma, mas o que importa é que finalmente finalizei o capítulo. Eu escrevi ele de vários jeitos e sempre parecia que algo estava faltando, até que pedi ajuda do meu namorado (que também curte o universo do Village) e ele me deu um feedback bem legal. Então agradeço muito ele por ter me dado várias ideias, não só nesse como também para os próximos que virão. Spoiler alert: O próximo capítulo vai ser muito emocionante então prometo agilizar para levá-lo até vocês assim que possível!

Também quero agradecer a todos que estão comentando e votando, mesmo. Vocês são incríveis e me motivam a continuar a história com um sorriso no rosto. ♡

Por enquanto é isso, pessoal. Escrevi um capítulo bem extenso para valer a pena a demora. Me perdoem se houver qualquer tipo de erro. Beijnhos, espero que gostem e até a próxima ♡♡

...

Onze anos atrás.

- Se concentra - instruiu seu pai, a voz ao longe.

- Isso aqui é tolice

Uma faixa preta tampava os olhos da jovem Rayna, impossibilitando ela de ver o que se encontrava por perto. Eram oito horas da manhã de um sábado, a pequena tinha planejado terminar seu livro de fantasia naquele dia, mas seu pai tinha outros planos. Os treinos eram divertidos e nada entediantes, mas custava ela ficar tranquila por pelo menos uma hora? E não enxergar era agonizante.

- A chave para o combate é saber usar os seus cinco sentidos individualmente. Nem todos os lugares por onde você passar estarão bem iluminados, então você tem que estar atenta ao seu ambiente sem necessariamente ver

- Como isso pode ser possível?

O homem prendeu seus cabelos longos em um rabo de cavalo frouxo, decepcionado com a pergunta óbvia. Conhecia bem Rayna, e sabia que ela gostava de receber respostas claras e sem enrolação. Talvez tenha puxado isso dele, quem sabe.

- Pense, minha filha. Confie nos seus ouvidos, eles vão te dar um parâmetro auditivo de onde prosseguir. O desespero e o medo vão te engolir viva se você não aprender a manipular o que está perto de você. Esqueça seu coração batendo forte, esqueça o "e se?", não. Agarre cada momento

Rayna virou a cabeça para trás para fazer uma cena dramática. Sorriu levemente. - Não vai me deixar em paz enquanto eu não fizer isso, não é?

- Se ir embora, eu jogo seus livros em uma caixa e enterro no quintal

- Ai, que horror!

- Pois então

Ela mordeu os lábios e apontou para uma direção aleatória. - Vai enterrar perto daquele arbusto?

- Por que ali? Posso esconder em qualquer lugar

- Suas juntas já estão podres e você não aguentaria andar mais longe que isso carregando uma caixa pesada

- Rayna Reynold!

- Agora ele cismou que é jovem, que gracinha

- Jesus, menina. Suas respostas ainda vão te matar

O objetivo do treinamento era captar exatamente em que canto no local onde o homem estava, confiando nos seus ouvidos. Simples, certo? Bem, ainda torturante. Rayna permaneceu imóvel e assim tentando desvendar os sons. Escutou o céu trovejando e programando uma chuva, o piar dos pássaros, a máquina de cortar grama do vizinho... Passos abafados sob o chão de terra fria.