CAPÍTULO 08

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E , gente! Surgi das cinzas e finalmente tenho um capítulo novo em folha!

Mil perdões novamente pela demora. Em compensação, este é o maior capítulo que escrevi até agora haha.

Espero que vocês se divirtam lendo tanto quanto eu ao escrever

Beijinhos e até o próximo capítulo :) ♡

《○》

Rayna não percebeu antes, mal passava pela sua cabeça em como ela chegara ali, mas encarava aquele quadro de flores amarelas por tanto tempo que começara a ver defeitos nele. Tanto a moldura quanto a pintura foram severamente castigados pelo tempo, com uma ajuda especial da umidade.

O relógio antiquado na sala de estar indicava treze horas da tarde. Há trinta minutos, Angie desceu daquele elevador e não voltou desde então. Era o costume da boneca de deixar a forasteira por conta própria naquela casa, embora estranho, considerando que Rayna devia estar sendo vigiada.

Havia uma janela no local, mas estava trancada, assim como todas as saídas. Além disso, aquilo que ela olhava era uma porta. Um pouco menor, mas ainda uma porta.

Segurando cada lado da moldura, Rayna afastou o quadro da parede e deixou-o no chão com cuidado. A pintura escondia uma porta de metal desproporcional com o resto da mansão. Era baixa, o suficiente para a forasteira se esgueirar sem problemas.

Se Rayna tivesse que chutar, ela diria que aquilo parecia uma entrada de um bunker, e bem fora do comum. Poderia ser, mas a mulher preferia a ideia de investigar e dormir com a consciência limpa.

O melhor de tudo: Ela estava destrancada. Se não fecharam-na como deviam, Rayna não tinha culpa, certo?

— Olha só, Angie. Estou prestes a me esgueirar em uma porta escondida. Sem nem ideia se vou sair viva — admitiu alto, olhando para o elevador.

Sem som de madeiras se batendo, ou gritos finos. É, ela podia continuar sem remorso.

Com a competência que ela nem sabia que tinha, Rayna se agachou e entrou. A porta ficava um pouco acima do chão, o que obrigou Rayna a manter as mãos no chão na tentativa de segurar o corpo. Em seguida, apenas fechou a porta.

Quando descobrirem que saí, que tentem me achar

Rayna se manteve agachada por causa do teto baixo. Ela não conseguia explicar. O lugar tinha as mesmas características de um porão, só que bem mais sujo e apertado. As paredes de madeira que o contornavam cheiravam a mofo e poeira. Era como se ela estivesse debaixo do piso da casa.

A mulher curvou os ombros, decepcionada. Não tinha nada ali útil. Teria que partir pro plano B e achar outra saída, ou voltar arrependida para dentro.

Não, elas escondem isso aqui por um bom motivo

Andou, ou melhor, agachou até o outro lado do “porão”. Se tinha uma entrada, tinha uma saída. Devia ter, nem que ela tivesse que chutar aquelas paredes.

Suas preces foram ouvidas. A mulher teve que estreitar os olhos para enxergar uma parte da madeira quebrada, abrindo uma passagem para fora.

Rayna suspirou aliviada — Ainda bem que isso não foi em vão

Ela olhou para o acesso na parede.

— Estranho. Isso não foi quebrado

A abertura pareceu ter sido construída propositalmente. Tinha um formato quadricular, quase do mesmo tamanho da porta de metal. Aquele lugar não era um bunker, era uma passagem para ajudar alguém a fugir de algo ameaçador. Mas quem?

The Lost SoulOnde histórias criam vida. Descubra agora