Algo para ser Recordado

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Hey, galera! Espero que todos estejam super bem. Consegui não demorar tanto tempo para publicar mais um capítulo (embora ainda tenha sido um tempo considerável), mas o motivo é que esse é um pouco diferente por trazer a perspectiva de outro personagem. Sendo assim, ele será mais curto do que os outros...

Mas os acontecimentos na história estão começando a se desenrolar e, não se preocupem, irei trazer muitos momentos românticos e fofos entre nossa Ray e Donna. Peço para que tenham um pouco de paciência ;)

Mesmo sendo um capítulo curto, no final haverá um pequeno... adicional, digamos assim. Desenvolvi alguns desenhos de duas de nossas personagens e eles estão disponibilizados no final deste capítulo!

É só isso, mesmo. Espero que gostem! Beijos e fiquem bem! ☆

《...》

— Te vejo daqui a dois dias, Sam

— Cuidado, Rayna

— Eu sempre tomo

Sam ficou parada na calçada, esperando o carro zarpar para longe do prédio. Foram mais ou menos alguns minutos, se considerar o fato de que ela estava preocupada demais para sequer mover um músculo. Ela queria gritar para sua amiga maluca e a impedir de fazer aquela loucura. Algo não batia bem, seguir um endereço no meio do nada? Assim, sem mais nem menos? O pai de Rayna era um cara que fugiu dos tratamentos psiquiátricos para sugerir aquilo? E aquela tia Laura, também era doida?

Ela esfregou os olhos com mais força do que devia e encarou o papel nas mãos, que explicava exatamente onde sua amiga estava indo. Ao menos aquilo para fazer Sam pregar um dos olhos à noite.

— Aquela doida e pirada — A mulher bufou e olhou para cima. — Para qualquer entidade aí de cima, por favor, proteja a minha amiga. É só isso que peço, nada mais

Ficar dentro de casa seria um tormento, então Sam ligou a sua moto e partiu com ela para onde quer que fosse o lugar. Ela costumava beber em uma cafeteria em particular com Rayna, toda semana, mas aquilo estava fora de cogitação. Passear pelo parque? Talvez, se não houvesse outro local em sua mente.

(...)

O Tineretului Park ficava cheio em um dia de sábado. Pessoas e turistas tinham o costume de andar em volta do lago e fazer piqueniques, ou tirar fotos das árvores com suas câmeras baratas. Sam não visitava muito aquele lugar. Ela também não costumava fumar, mas lá estava ela, encostada no banco com um cigarro nas mãos. Seus cachos escuros estavam desarrumados, que piada. Sua amiga não estava lá agora para exigir que ela lavasse o cabelo mais vezes do que uma vez na semana.

Ela revirou os olhos e esmagou o cigarro no chão, o pegou de volta e jogou em um lixo qualquer. Um grupo de adolescentes passou andando com caixas de som e toalhas de mesa, falando alto. Isso a irritou um pouco, mas Sam sorriu ao pensar que ela era assim com seu grupo de amigos: extrovertida, diferente de Rayna.

Enquanto caminhava, cantava uma música que havia escutado na rádio, dias atrás. Às vezes, ela sentia uma certa dependência de seu trabalho. Trabalhar no ramo da medicina veterinária era um dos seus maiores sonhos na pré-adolescência, e continuou assim por muitos anos. Tomar conta e ajudar animaizinhos indefesos era a sua terapia, e ela era boa nisso, em acalmá-los quando ficavam nervosos por conta de uma vacina, ou de uma consulta regular. A pior parte.. É quando não há solução.

Sam suspirou em melancolia. Rayna fazia quase a mesma coisa, mas no ramo psicológico e com pessoas. Ela era uma mulher centrada, com bons argumentos, um pouco quieta, mas era empática. Era bizarro como ela decidiu partir em uma viagem daquelas sem pensar ou explicar direito, não era do feitio dela. Mas o que poderia ser feito agora? Nada, somente esperar pela volta dela.

The Lost SoulOnde histórias criam vida. Descubra agora