𝖒𝖎𝖓𝖎 𝖎𝖒𝖆𝖌𝖎𝖓𝖊𝖘 (𝖇𝖆𝖉𝖆 𝖑𝖊𝖊)

a bad girl

Hoje tudo o que eu mais queria era ficar deitada em minha cama quentinha, entretanto, não seria possível por conta da prova que me aguardava na faculdade. As provas haviam se iniciado a dois dias e já parecia durar uma eternidade. Me dando por vencida suspiro e levanto, começando a me arrumar de maneira preguiçosa.

Ah, acho pertinente citar que as idas até a faculdade estavam cada vez mais complicadas e o motivo tem nome e sobrenome: Bada Lee. Conhecida por ser a bad girl da universidsde, quando chegava era visível todos os olhares voltados para ela, lógico, ela era bonita demais para não chamar atenção. Suas vestes despojadas lhe davam um ar tão..... Sexy? E é claro, sua confidente fiel, sua moto. Da qual ela andava para cima e para baixo, não desgrudava dela, mais um traço que lhe dava um ar de 'garota descolada'.

Mais pertinente citar ainda de que aparências podem enganar. Bada era realmente linda e confesso que meu interesse por ela era altíssimo, até conhecê-la melhor. Digo isso pois pegamos aula juntas e por Deus, que garota chata. Tão soberba, tão petulante, tão encrenqueira, mas droga, ela tinha que ser tão linda? A verdade é que a mais alta amava tirar com minha cara depois de descobrir minha leve paixão por ela. E como ela soube disso? Vos digo. Tatter. Minha melhor amiga, também conhecida por ter uma voz estridente, que, quando contei que tinha interesse em Bada, a garota não se controlou e acabou soltando um: "O que? Você tem interesse na Bada?" E bom, não teria momento pior para ela citar isso em voz alta no pátio da universidade, onde a maioria lanchava, inclusive a dita cuja, que pareceu se divertir com o fato de eu estar interessada por ela. E foi aí que tudo começou.

As brincadeiras totalmente sem graça começaram. "Sempre soube que tinha uma queda por mim". "E aí, ainda apaixonada por mim?" Essas eram algumas das piadinhas das quais a garota se dirigia a mim quando me via. Ora, era tão irritante e ao mesmo tempo tão vergonhoso para mim, não podia negar. E bom, foi aí que eu me perguntei se ela era tudo isso, a verdade é que ela era sim, tudo nela me atria, mas eu tentava não deixar transparecer, pelo menos não mais.

Após alguns minutos no banho e me olhando ao espelho, fico finalmente pronta para mais um dia de tortura naquela universidade e ainda por cima teria que ir caminhando já que minha carona, vulgo Tatter, não poderia passar por minha casa hoje. Caminhando a passos preguiçosos eu ia em direção a faculdade escutando música em meus fones, até ver que uma moto andava do meu lado praticamente, olhei para meu lado vendo Lee em sua moto.

Bada - E aí linda, quer uma carona? - Ela diz sorrindo e eu apenas reviro os olhos voltando a caminhar - Ei! Estou falando com você, cacete - Ela acelera levemente para me acompanhar.

- Eu jamais ia me submeter a subir na sua moto, tenho amor a minha vida, Lee - A olho enquanto ainda caminhava.

Bada - Amor a sua vida e a mim, não é? - Ela diz sorrateira - Bom, já que não aceita minha carona, vou indo, te vejo na faculdade, gatinha - Fecho meus olhos escutando o som alto do pneu arrastando no chão. Suspirei me perguntando o porquê eu não tinha aceitado sua carona, talvez por saber que eu não seria deixada em paz pelos burburinhos que aqueles fofoqueiros fariam, eu tinha feito a coisa certa em não ter aceitado.

Após mais alguns quarteirões chego a universidade, passando pelo estacionamento ficando surpresa vendo que Bada estava em cima de sua moto enquanto mexia em seu celular, passo por ela rapidamente mas logo sinto meu braço ser puxado levemente.

Bada - Já que não aceitou minha carona, resolvi te esperar - Rapidamente soltei meu braço olhando para os lados para ver se alguém tinha visto.

- O que você quer hein? Está com algum tipo de gracinha pro meu lado? - A encaro séria, nunca fomos próximas para ela me oferecer carona, nunca fomos próximas pra ela me esperar no estacionamento da faculdade, nunca fomos próximas nem pra ter uma conversa, eu queria entender toda essa proximidade aleatória dela, tudo havia começado após a grande boca de Tatter ter soltado meu segredo.