a pardon?

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Ser casada era uma rotina desafiante, morar com uma pessoa nova, com gostos e jeitos diferentes dos meus era complicado de início, mas ela fez valer a pena.

Hoje era nosso aniversário de casamento de dois anos, a famosa 'Bodas de algodão'. Nossa parceria e compreensão é um pilar importante para que nosso casamento fluisse e por isso dávamos certo e posso dizer que mal tínhamos brigas ou desentendimentos por motivos bobos.

Mas há um tempo, venho notado que Bada está muito focada no seu trabalho, tentei colocar esse assunto em pauta algumas vezes em nossas raras conversas, mas nunca ia a lugar nenhum. Ela só dizia que estava trabalhando como sempre.

Mas não.

Sair de casa às 8h e voltar às 23h estava longe de ser normal. Não me levem a mal, eu jamais a acusaria de algo sem provas, mas não posso negar que minha cabeça tentou me sacanear várias vezes.

Ela poderia estar me traindo?

Ela está me evitando e por isso chega tarde em casa?

A culpa é minha?

Esses e outros terríveis pensamentos rondavam minha mente sempre, mas acima de tudo eu tentava entender seu lado. Ser chefe de uma enorme empresa não deveria ser algo fácil, e Bada, sendo perfeccionista do jeito que é, devia se cobrar muito nesse cargo.

Mesmo com essas várias noites dormindo e acordando sem nem mesmo vê-lá pensei que hoje, em nosso aniversário de casamento, seria diferente.

Preparei sua janta favorita, tomei um banho longo e relaxante, me arrumei para ela.

Tudo isso em vão.

Já se passava das 21h e nada da minha esposa. Nem um sinal dela.

Com tanta demora, resolvi recorrer à lhe enviar mensagens de texto.

Com tanta demora, resolvi recorrer à lhe enviar mensagens de texto

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Chateada.

Era a palavra que me definia nesse momento. Porra, eu preparei a janta e mais uma vez ela seria guardada em potes e colocada na geladeira. Mais uma vez eu dormiria sem ela. Mais uma vez ela me deixou sozinha.

Mal notei quando as lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto, eu estava decepcionada com Bada, essa não foi a mulher atenciosa pela qual me apaixonei. Essa não é a minha Bada.

Vez ou outra eu entrava no aplicativo de mensagens para ver se ela havia respondido minha última mensagem, mas nada. Bom, eu não teria outra opção a não ser tirar a maquiagem, pôr um pijama e deitar com meu coração apertado.

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Bada P.O.V

O trabalho estava me sugando aos poucos. A dias meu corpo e minha mente clamavam por descanso. Mas foi colocado em minhas mãos um projeto muito importante para o andamento da empresa, por isso, eu trabalhava até tarde para esse projeto sair perfeito. Tinha que sair perfeito.

Entretanto eu não precisava apenas de descanso, precisava da minha mulher, quando foi a última vez que tivemos uma conversa duradoura? Eu me culpava demais por ter me afastado minimamente da pessoa mais importante da minha vida, mas a pressão que foi colocada em mim com esse projeto foi tamanha, que mal notei que me afastei dela, que chegava tarde, que mal conversávamos, que mal nos beijavámos.

Entre uma papelada e outra sorri com suas mensagens e com um aperto no peito, a avisei que chegaria tarde mais uma vez e logo desliguei o celular e voltei minha atenção ao trabalho mais uma vez.

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Mais duas horas de trabalho foram o suficiente para eu me sentir esgotada e meu corpo pedisse por uma banho e bela noite de sono, com isso, me levantei daquela cadeira extremamente desconfortável e olhei a hora pelo celular, 23h da noite, mais uma vez passando mais do que da hora no trabalho.

Notei que havia mais uma mensagem de minha esposa e logo tratei de abrir e ler.

'Ao menos se lembra que dia é hoje?'

O que tinha hoje? Apenas mais uma quinta-feira comum? Não?

Sai do aplicativo de mensagens por um momento e abri o calendário.

01 de agosto.

01 de agosto.

Dois anos atrás estávamos em um altar dizendo sim uma para outra.

Droga! Mil vezes droga! Nosso aniversário de casamento e eu ao menos vi minha esposa hoje.

Peguei meus pertences e sai rapidamente do prédio partindo para casa em alta velocidade.

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___ P.O.V

Não consegui pregar o olho, toda hora pegava o celular e abria nossa conversa, ela nem se deu ao trabalho de me responder, mas o pior não era isso, ela tinha esquecido.

Já eram 23h da noite e mesmo do quarto pude ouvir o carro ser estacionado em frente a nossa casa. Ela tinha chegado.

Após pouquíssimo tempo a porta do quarto abriu rapidamente, ela estava ofegante, assim que entrou no quarto nossos olhares se cruzaram.

Bada - Amor, por favor, me perdoe, eu esqueci completamente - Lee corre até a cama e senta na beirada me olhando - Me desculpe amor, as horas se passaram e eu estava muito focada no trab- Não deixo que ela termine de falar.

- Trabalho. Você estava focada no trabalho, eu sei Bada - Disse ríspida, me virando, ficando de costas para ela.

Bada - Querida, por favor, eu não fiz por maldade - Suas mãos grandes tocaram minhas costas e senti meus olhos lacrimejarem, eu não suportaria mais. Me livrei do seu toque e me levantei da cama a encarando.

- Porra Bada, a meses tudo o que você faz é trabalhar e trabalhar, poxa, para que isso funcione temos que ter uma parceria, a meses eu faço jantares, te espero e nada! Você só fica naquela empresa! - Alívio. Era o que eu sentia no momento. Alívio por estar colocando isso para fora e alívio por estar chorando.

Bada - Amor.... - Ela sussurra se levantando e vindo até minha frente secando minhas lágrimas - Eu fui uma completa idiota, me perdoe - Confessa me olhando nos olhos - Aquele projeto esta acabando comigo, sabe como me cobro, mas dessa vez acho que passei dos limites - Ela ri fraco - Bom, ainda temos tempo antes da meia noite, ainda é nosso aniversário, posso te recompensar por ter sido uma completa idiota?

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oiii minhas gatinhas, e aí? vocês iriam perdoar a bada? gostaram do p.o.v da bada? tenho pensado em fazer isso mais vezes.

me perdoem pela demora, reconheço isso. mas de novo o bloqueio criativo me invadiu.

votem e comentem bastante para deixar a adm feliz, sim?

nos vemos na possível parte 2?

𝖒𝖎𝖓𝖎 𝖎𝖒𝖆𝖌𝖎𝖓𝖊𝖘 (𝖇𝖆𝖉𝖆 𝖑𝖊𝖊)Onde histórias criam vida. Descubra agora