my dom

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Viver em um relacionamento não casual era uma coisa estranha. Nunca pensei que um dia eu me submeteria a tal, mas a carência foi maior.

Dois meses atrás cedi aos conselhos de minha amiga e entrei em um site de dominadores online.

Não me ache uma desesperada ou coisa assim, mas no momento, eu apenas queria me divertir e para o momento o site até que pareceu uma boa ideia. Entretanto, os tais dominadores eram tão clichês.

Eu nunca me interessei muito nesse mundo de BDSM, mas essa minha amiga era praticante assídua, e todas as suas experiências soavam tão excitantes que me rendi ao tal site.

Mas nenhum homem me interessou, conversei com vários, seja por mensagens ou vídeo-chamada, mas nenhum conseguiu me instigar o suficiente. Era sempre a mesma coisa.

A voz grossa me chamando de "baby", as tentativas falhas para me excitar, as investidas para me convidar para me conhecer pessoalmente e por aí vai.

E eu estava quase desistindo. Até que encontrei o perfil dela. Um perfil organizado e cheio de fotos. Sejam elas de lingerie expondo seu corpo ou até utilizando um terno. Porra e com ela era sexy.

@BebiBada era o nome de seu perfil, mas tinha um porém.

Em nenhuma das publicações tinha seu rosto, eu rolei toda sua página e não tinha nada além de suas fotos elaboradas que cortavam seu rosto.

E como isso me instigou, mesmo que eu não visse seu rosto, aquele maldito perfil me intrigou, me excitou.

Como eu poderia ter ficado excitada por alguém que eu nem sequer tinha visto o rosto?

Pode parecer ridículo, eu sei. Mas suas postagens, as fotos, suas palavras....Mexiam comigo de uma forma inexplicável.

E assim começamos, primeiro de maneira acuada, apenas conversando por mensagens, depois por vídeos-chamadas e por fim, finalmente, marcamos de nos encontrar.

Quando a vi pela primeira vez minhas pernas perderam forças, posso dizer que quase cai, ela era ainda mais bonita pessoalmente, ela exalava uma áurea tão séria, mas era um amor de pessoa.

Continuamos saindo, mas sem ter nenhum tipo de relação, até certa vez, em um dos nossos encontros, ela chegou com uma folha em mãos, um contrato. Um contrato com algumas cláusulas, dentre elas uma me chamou bastante atenção:

Cláusula 3: Não ter qualquer tipo de relação afetiva.

Não vou negar, isso me chateou, mas como eu disse, Bada levava essa parada de dominação e submissão muito a sério, então eu assinei sem pensar duas vezes.

Dessa maneira seguimos por longos e longos meses, mas para minha surpresa, ou não, eu estava quebrando a droga da cláusula 3, estava me apaixonando por ela. Oras, não se manda no coração, certo? Notando que meus sentimentos estavam complicados de se esconder tenho evitado Bada o máximo que posso, não respondo suas mensagens, não atendo suas ligações e não saio com ela a um bom tempo.

E como isso dói, ignorá-la corta meu coração, mas era necessário até que eu pensasse no que faria.

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Meu dia de trabalho foi longo e eu ansiava pela minha cama, com certeza dormiria a noite inteira, essa seria minha sexta feira a noite.

Chegando em casa suspiro fundo ao atravessar pela porta e jogar minha bolsa no sofá, eu estava exausta, era banho e cama. Estava a caminho do banheiro até ouvir algumas notificações em meu celular, curiosa, o peguei na bolsa antes de seguir o trajeto até o banheiro, eram mensagens dela. Eram mensagens da Bada.

𝖒𝖎𝖓𝖎 𝖎𝖒𝖆𝖌𝖎𝖓𝖊𝖘 (𝖇𝖆𝖉𝖆 𝖑𝖊𝖊)Onde histórias criam vida. Descubra agora