Fuga de clichês, One shots Billie Eilish

10. Just friends pt 2

Just Friends Parte 2

—Não acha que são muitas camadas para um bolo só? –Questiono a mulher ao meu lado e ela nega.

—O nome não é sete camadas à toa.

Quando enfim me afastei de Billie decidi me mudar, era minha melhor opção, mesmo dilacerada por deixar Liz, ainda era a melhor escolha.

Agora. Três anos depois eu me reestabeleci.

—Ainda bem que não tenho que ficar aqui –Digo, mas a mulher me puxa de volta para a cadeira.

—Você é a minha prima, vai ficar, me ajudar e ser muito feliz com isso. –Dá um sorriso psicopata.

—Agressiva, hein Callie! Nem conheço o noivo, porque tenho que ajudar?

—Porque você disse a Alisson que os bolos todos tinham substâncias.

—Não me culpa. Não tenho culpa se ela é hipocondríaca e surtou só porque chamei trigo de pó!

—Fica quieta.

—Tá. –Cruzo os braços esperando a família do noivo aparecer. –Mas não vou sorrir para ninguém. –Retruco a mesma que me ignorou, focada nas pessoas que vinham em nossa direção.

—Levanta. São eles –Ordena entre dentes e me levanto sem ânimo.

Encaro as pessoas que vinham e paraliso ao perceber Billie entre elas.

Oh... MERDA.

...

—Então. O que acharam desse? –Callie pergunta animada enquanto segurava a mão de seu noivo.

Pego a taça de champanhe mais uma vez, bebericando o líquido enquanto Billie me observava atenta.

—É muito saboroso, mas falta nata. Um bolo de nata só é nata se for feita da forma certa –A sogra da minha prima começa a falar.

Nenhum bolo estava bom para ela, podia perceber os olhos de Callie darem uma leve tremida com os comentários.

Ignorei todos, continuando a comer os bolos e beber o champanhe.

—Mora aqui? –Ouço a voz de Billlie e só então percebo a mesma ao meu lado enquanto caminhávamos.

Quando chegamos a esse ponto?

—Não falo com você –Respondo apenas.

—Quanta maturidade. Já fazem três anos, Charlotte. Muita coisa mudou desde aquela noite. –Rebate e a encaro. Olhando de cima a baixo.

—Ainda me parece a mesma, Billie.

—Eu mudei –Seus olhos tinham um brilho diferente.

—E o que quer que eu faça? Solte fogos por isso?

—Eu quero.... –Suspira voltando a me acompanhar, já que tinha continuado a caminhar –Podemos ser amigas de novo? –Pede.

—Não mesmo.

—O que tem de teve de tão ruim? –Paro a encarando séria.

—O que não tinha? Além de ser a ouvinte oficial das suas frustrações amorosas, Billie. Ser humilhada no dia do meu aniversário tendo que pagar pelo jantar do qual fui convidada –Rio nasalmente –Cara, você conseguiu se superar aquela noite.

—Me perdoa, tá legal? Eu errei. O que mais eu posso fazer?

—Ah. Tem tanta coisa. Você pode achar a cura do câncer. Pode escalar o monte Everest... e se jogar lá de cima –Sugiro e seu semblante é sem emoção.