13. Shadow of dead love

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Shadow of dead love Parte 1

Minhas mãos tremiam e suavam de ansiedade. Poucas vezes me senti assim, tão exposta. Não ironicamente, ela sempre foi a responsável por me deixar assim. Tão vulnerável.

Porque estraguei tudo?

Encaro o corredor mais uma vez, eles se aproximavam, um aglomerado ao seu redor, seus seguranças, seus pais, Finneas e toda sua equipe.

Que bela ideia, Casey, se humilhar dessa forma?

Que grande tolice...

Mas é a minha tolice.

Dou um passo à frente ficando cara a cara com a cantora, fazendo todo o círculo parar de repente.

Seu olhar cai sobre mim assustado, mas logo se torna irritado e gélido.

Morrer agora não seria má ideia.

O estalo ecoado veio junto da ardência e dor em minha bochecha, me fazendo curvar com a força que foi sobreposta sobre meu rosto com seu tapa.

Não me lembrava dela ter a mão tão pesada.

Fico estática por alguns segundos, meus pensamentos recorrem para tantos lados que é difícil decidir qual a melhor forma de reagir a isso.

Ela ainda está com raiva.

Ela está certa...

Levo a mão ao local na tentativa de diminuir a dor latente.

Encaro a garota que se mantinha firme, seu olhar me fuzilava de todas as maneiras possíveis e sentia meu âmago pesado em imaginar que tudo isso, era minha responsabilidade.

—Billie! –Ouço a voz de Maggie repreendendo a filha.

—Sai da minha frente! –Rosna para mim.

—Eu preciso falar com você. –Respondo com a voz um pouco embargada.

Porque queria chorar? Porque agora?

—Não temos nada para falar sua estúpida! Sai! –Me empurra e antes que eu pudesse voltar seus seguranças me barraram. Me impedindo de prosseguir com a tentativa de dialogar.

A garota some do meu campo de visão e me sinto a pior pessoa do mundo.

Quem quero enganar...

Eu sou a pior pessoa do mundo.

Limpo uma lágrima insistente com a manga da blusa e respiro fundo.

Não vou desistir. Não posso.

...

Tentava conter as lágrimas irritantes que caiam insistentemente.

Encaro o túmulo no chão enquanto a memória dos últimos dias se torna cada vez mais forte em minha mente.

—Hey. O que conversamos sobre bebidas, hm? –Me aproximo do homem sentado em sua poltrona pegando a latinha de cerveja de sua mão.

—Ah. Por favor. Eu já estou na hora extra da vida. Me deixe ao menos aproveitar os acréscimos com um pouco de diversão. –Resmunga tentando pegar a lata de volta.

—Não diga isso...

—Cas... sabe que não estou mentindo. São o quê? Mais alguns dias? Semanas? –O encaro com pesar.

—Não podemos perder as esperanças. –Minha respiração pesa.

—Eu sei que queria que não fosse verdade. Mas eu vou morrer. Já estou morrendo. E estou bem com isso. –Balanço a cabeça em negação.

Fuga de clichês, One shots Billie EilishOnde histórias criam vida. Descubra agora