Fuga de clichês, One shots Billie Eilish

23. Sonho realizado

Sonho realizado

Poderia dizer que estava tendo um sonho, um sonho muito erótico e sensual, mas não, é apenas a fotógrafa do estúdio que está erguendo as mangas de sua blusa social.

Céus, que mulher sensual.

Sex appeal é com certeza uma característica forte nela.

Me ajeito na cadeira novamente, esperando Adersen me entregar o material para maquiar a próxima modelo.

Não sei se é impressão minha, ou toda as vezes que observo o corpo tentador da mulher ela me pega encarando e sorri. Um sorriso delicioso.

Droga, ela tem um sorriso tão bonito.

—Melin, ligaram da escola do seu filho –Volto ao mundo no mesmo instante.

—O quê?

—Na recepção, ligação para você.

Droga.

No mesmo instante sigo para a recepção, retornando à ligação da escola.

—Jardim de infância, boa tarde.

—Boa tarde, sou mãe do Liam, ligaram para mim.

—Ah sim, senhora Wheeler, ligamos, pois seu filho se feriu brincando.

—Ferido? O que houve?

—Liam quebrou o braço, senhora.

—Oh meu deus! –Sinto minhas forças se esvaindo do meu corpo –Ele...

—Ele está bem, senhora, uma equipe médica já veio e ele agora está com o braço engessado, precisamos que a senhora compareça ao colégio para busca-lo.

—C-claro, estou indo.

Desligo o telefone, passando a mão por meus cabelos, tentando estabilizar as pernas. Liam quebrou o braço. Céus.

Sigo de volta para o estúdio.

—Margareth, precisarei sair mais cedo, meu filho se feriu na escola.

Digo rápido a mulher, tentando pensar em um jeito pratico de ir embora, justo essa semana meu carro resolveu dar problema e o levei para a oficina.

—Tudo bem, querida. Melhoras para seu filho.

—Obrigada. –Me apresso em pegar minhas coisas e guardar em minha bolsa, saindo dali apressada.

Vou para a primeira parada de ônibus que vejo e espero o ônibus passar. Como mais uma contrariedade do universo o mesmo parece ter evaporado da face da terra.

—Hey! Quer uma carona? –Ouço a voz da fotógrafa. Me abaixo para ver seu rosto em um Dodge Chalenger preto fosco que parou ao lado.

—N-não precisa.

—Vamos, não seja tão formal. Sei que deve ter pressa para ver seu filho. Vamos!

—Certo.

Cedo abrindo a porta do carona e entro e a mulher arranca dali rapidamente.

—Billie. –Estende a mão quando paramos em um sinal.

—Melim. Obrigada pela carona.

—Não se preocupe. Falando nisso, qual local estamos indo?

—Escola fundamental Harrison, no centro.

—Ok. Chegaremos lá em vinte minutos.

—Obrigada. —Roo as unhas apreensiva.