Capítulo 1

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Vegas

Sabe quando tudo na sua vida começa a dar errado, mas aí você pensa, poxa, não tem como as coisas piorarem, mas nesse momento, enquanto estou trancado no banheiro do meu quarto com um teste de gravidez na mão, eu percebi, sim, que as coisas poderiam piorar.

Eu estou grávido! 

E o desespero aumentou quando me dei conta que nem conhecia o cara, eu só sei o seu nome! 

Eu estou muito fudido! 

Sai do banheiro ainda em choque, como eu ia contar para os meus pais, eles iriam me matar, eu realmente não sabia o que fazer e só tinha uma pessoa que podia me ajudar.

Depois que liguei para o meu melhor amigo exigindo sua presença na minha casa fiquei andando de um lado para outro, Tay era praticamente meu vizinho então não ia demorar para chegar, e em menos de cinco minutos eu ouvi a porta do meu quarto abrir, e a primeira coisa que fiz foi correr até meu amigo e abraçar ele, e naquele momento foi quando a ficha realmente caiu e eu chorei, tentando não fazer muito barulho senão minha mãe ia correr no meu quarto para saber o que eu tinha, Tay não falou nada apenas me levou até a cama e ficou abraçado comigo até que eu me acalmasse.

— Está melhor anjo? – Apenas balancei a cabeça positivamente.

— Então me conte o que aconteceu

— Eu to fudido Tay — Me afastei do seu abraço. — Meus pais vão me matar

— O que aconteceu de tão grave para você achar que seus pais vão te matar?

— Lembra da boate que fomos semana passada? — Ele apenas concordou.

— Então eu conheci alguém

— Isso foi antes de você passar mal e ir embora?

— Na verdade, eu não passei mal – Tay me olhou sem entender.

— Eu fui embora com essa pessoa 

— Você o quê? — Ele levantou e começou a andar pelo quarto.

— Você é louco garoto?

— Não me julga Tay — Meus olhos encheram de lágrimas — Você não por favor

— Oh... neném – Ele voltou para cama e segurou minha mão.

— Você sabe que sou a última pessoa que poderia te julgar, mas você foi irresponsável Vegas, não pelo fato de ficar com o cara, mas sim ter saído de lá com ele sem avisar ninguém, e ainda por cima mentir para mim

— Eu sei, mas ele parecia ser inofensivo – Ele revirou os olhos 

— Nem sempre os caras maus parecem maus, sabia?

— Desculpa ta, eu agi sem pensar – Ele concordou e deu um sorriso

— Então de uns tempos para cá eu comecei a passar mal, muita tontura, enjoos

— Pelo amor de deus Vegas, não me diga que... – Apenas concordei e as lagrimas voltaram.

— Vocês não usaram camisinha? 

— É claro que usamos né, isso não deveria ter acontecido, principalmente porque eu não tava no cio 

— No cio é quando nós ômegas estamos mais férteis, mas não quer dizer que não podemos engravidar fora dele, mas você não toma pilula?

— Tay até semana passada eu era virgem!

Ele não falou mais nada, e nem eu, eu sabia que não deveria ter ido aquela boate, sabia que não deveria ter mentido para os meus pais, sabia que não deveria ter aceitado bebida daquele cara mesmo que ele fosse muito lindo e legal, agora eles me matariam, imagina ser o único filho ômega de uma casal super conservador que já tinha um plano traçado para mim, eles esperavam que eu me guardasse para meu futuro marido e agora estou grávido de alguém que só vi uma vez.

— Okay – Ele quebrou o silencioso depois de um tempo.

— Vamos atrás do outro pai, afinal você não fez sozinho, ele tem que se responsabilizar também

— E como a gente vai fazer isso? – Pergunto e ele me olhou serio.

— Você pelo menos perguntou o nome dele?

— Pete – Eu havia perguntado, sim, só que no momento eu não dei muito importância

— Mas não sei o sobrenome 

— Sabe quantos Pete existe em Bangkok? – Apenas neguei.

— Até o nome do meu chefe é Pete!

— E agora? — Ele olhou para mim e apenas suspirou.

— Sabe algo mais, sei que tu devias estar cheio de tesão – Senti minhas bochechas corar

— Mas deve ter algo que ele disse, ou que você tenha visto

— Ele parece ser rico – Falei me lembrando de alguns detalhes.

— O carro dele é daqueles bem chique, e o hotel que ele me levou é aquele do centro 

— Aquele chique que pertence aos Jakapan? – Concordei.

— Teu filho ta bem de pai hein

— Será que só isso ajuda? – Perguntei preocupado 

— Nos vamos dar um jeito, você não está sozinho, eu vou te ajudar 

E mesmo que tudo estivesse dando errado, e eu tivesse muito fudido, eu pude respirar por um momento porque eu sabia que não importava o que acontecesse, Tay sempre estaria do meu lado.
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Continua

Grávido de um CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora