Capítulo 2

210 34 2
                                    

Pete

Ser dono de uma das empresas de construção mais bem sucedida e famosa da coreia é muito estressante, vários papeis para assinar, contratos para revisar, reuniões para participar e viagens para fazer, tem momentos que tenho vontade de largar tudo, mas aí me lembro que dei muito duro para conseguir chegar onde estou e finalmente conseguir dar uma boa vida a minha família.

Semana passada Kinn percebeu o quanto estressado eu estava então insistiu muito para fossarmos em algum lugar para relaxar, e após tanto insistência aceitei e fomos parar em uma boate no centro, eu só queria relaxar e beber, mas quando se é Pete Jakapan o cara mais rico e conhecido do país fica difícil relaxar, recebi cantadas de um monte de pessoas, mas eu pude perceber o interesse por trás e infelizmente não era voltado apenas para mim, esse era um dos motivos para em plenos 28 anos ainda estar solteiro.

Após dispensar todo mundo conheci ele, Vegas, o garoto que por incrível que pareça não sabia quem eu era, que conversou animadamente comigo. Pete e não com Pete Jakapan o empresário, o garoto que ficou fascinado quando levei ele em um dos meus melhores hotéis no centro, o garoto que em uma noite me fez sentir coisas que nunca senti, não que eu esteja apaixonado, mas algo aconteceu naquela noite e eu não sei explicar o que era.

Eu estava enlouquecendo com tantos papéis para revisar e assinar e justo no dia que meu assistente pediu uma folga, respirei fundo e continuei, até ouvi alguém bater na porta.

— Entre – Falei sem tirar os olhos dos papéis na mesa.

— Cadê o Tay? – Ouvi a voz de Kinn e só assim tirei os olhos dos papéis.

— Ele não deveria estar aqui te ajudando?

— Ele pediu folga hoje – Dei de ombros.

— Disse que um amigo tava precisando de ajuda 

— Aquele ômega folgadinho – Ouvi ele dar uma risadinha e acabei rindo também.

— Precisa de alguma coisa Kinn? – Voltei a olhar para os papéis, pelo jeito não iria almoçar hoje. 

— Sr.Choi ligou 

— E o que ele queria? – Voltei a olhar para ele.

— Nossa reunião com ele é apenas semana que vem 

— Porsche – Eu apenas respire fundo, aquele homem não desiste mesmo.

— Me pediu para conversar com você

— Ele realmente não vai desistir né

— Um encontro – Kinn falou. — Foi só isso que ele pediu, disse que você não vai se arrepender de conhecer o garoto.

Eu já estava ficando estressado com a insistência desse homem, desde a primeira vez que nos encontramos ele fala de Porsche seu filho ômega, o quanto ele é adorável e que combinamos muito, eu já estava acostumado com a maioria dos sócios querendo me apresentar seus filhos e filhas, mas min choi supera todos.

— Ok – Ele me olhou surpreso.

— Veja quando o garoto esta disponível e marque o almoço

Ele apenas concordou, mas não saiu quis muito rir, Kinn e eu eramos amigos desde o colégio, quando falei do meu sonho de abrir uma empresa ele super me apoiou e quando soube que ele queria ser arquiteto chamei ele para trabalhar comigo e estamos nisso até hoje, então eu conheci bem meu amigo. 

— Fala Kinn

— Você está bem? – Ele perguntou serio 

— É só um almoço, Kinn, não vou casar com ele – Dei uma risadinha.

— Não estou falando disso – Ele se aproximou e se sentou.

— Tem alguma coisa acontecendo...

— Como assim? 

— Eu sei o quanto você se estressa com todo esse trabalho, mas por algum motivo nessa semanas tem algo a mais

— Eu odeio o quanto você me conhece – Ele deu uma risadinha.

E então eu expliquei o que aconteceu na boate, o quanto aquele ômega mexeu comigo e que por alguma razão eu não para de pensar nele, era para ser apenas uma noite e eu não sabia explicar o que estava acontecendo, até meu lobo fica agitado quando penso nele.

— Você sabe que ele pode apenas ter fingido não te conhecer, né?! – Ele falou serio e eu entendia sua preocupação.

— Eu não sou mais ingênuo Kinn, eu errei uma vez, mas aprendi, sei quando alguém esta mentindo 

Ele não precisou falar nada para saber o que se passava na cabeça dele, eu sempre fui alguém observador, prestava atenção em tudo eu tinha que ser esperto nesse ramo, mas quando conheci ele, eu me ceguei, mesmo Kinn me alertando que ele só queria meu dinheiro eu me deixei levar pelo sentimento que estava criando, ele só precisava pedir que eu dava, eu dei tudo de mim e pensei que ele também estava me dando tudo dele, mas percebi estar errado quando ele terminou tudo e deixou bem claro que estava comigo só por dinheiro e que não precisava mais já que tinha achado alguém mais rico, naquela época eu já era conhecido, mas não como sou agora, depois disso me foquei tanto no trabalho e quando dei por mim eu era Pete Jakapan um dos caras mais rico da Tailândia, conhecido em vários outros países, mas nunca mais deixei ninguém entrar em meu coração.

Kinn apenas sorriu e saiu me deixando sozinho novamente, eu odiava me lembrar dele, aquilo me deixava para baixo e irritado, o resto do dia passei ali trancado revisando e assinando papéis, Tay me fazia falta.

No outro dia cheguei na empresa exausto, sai tarde daqui, não dormi direito e acordei cedo, sabia que ainda tinha vários papéis para revisar, mas pelo menos Porsche estaria ali para me ajudar.

— Bom dia, chefe – Tay estava ali todo sorridente.

— Como consegue estar tão alegre de manhã? – Ele apenas deu de ombros sem tirar o sorriso.

— Bom dia, fez falta ontem 

— Eu sempre faço falta – Revirei os olhos enquanto seguia até minha sala com Porsche.

— Conseguiu ajudar seu amigo? – Perguntei assim que sentei em minha cadeira.

— Na verdade, não – Ele suspirou.

— Posso fazer algo para ajudar?

— Conhece algum outro Pete que mora em Bangkok? – Eu quis muito rir. 

— Na verdade, vários

— Foi o que imaginei – Ele choramingou.

Depois daquela conversa começamos a trabalhar, hoje o dia seria mais tranquilo com Tay ali, Kinn veio me avisar que marcou o almoço para hoje, me encontraria com Porsche no restaurante, mesmo que não tivesse interesse em romance no momento talvez não fosse tão ruim conhecer o garoto.
.

.

.

.

Continua...

Grávido de um CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora