Vegas
As vezes eu até tento ignorar as coisas que meu pai me fala mesmo que me magoe muito, mas dessa vez eu não consegui, não sei se é por causa da gravidez ou porque eu realmente esperava que ele me dissesse alguma coisa boa.
Eu fiquei surpreso quando Pete falou aquilo para o meu pai, eu podia sentir o quanto ele estava bravo após desligar a ligação e eu sabia que a culpa era minha, talvez meu pai tivesse razão em tudo que diz.
— Fica calmo – Pete falou enquanto me abraçava.
— Isso pode fazer mal pro bebê
— Me desculpa
— Ta tudo bem anjo – Ele me deu um beijo na testa.
— Não é sua culpa
Ele ficou ali me abraçando até que eu me acalmasse, o que não demorou muito já que o cheiro dele me acalma.
— Está melhor? – Ele perguntou depois de se afastar eu apenas assenti.
— O que seu pai queria?
— Ele perguntou como estava as coisas e onde você estava – Pete me olhou sem entender.
— Meu cio deveria começar hoje
— Entendi – Ele abriu um sorriso.
— Está a com fome?
Eu apenas acendei positivamente, e o sorriso dele só aumentou.
— Então você fica aqui quietinho que vou trazer seu café – Ele ia se levantar quando segurei sua mão.
— O que foi?
— Porque não foi trabalhar? – Desde que vi ele abrindo a porta eu fiquei com essa duvida
— Porque tecnicamente o meu ômega vai entrar no cio hoje – Ele levou minha mão até sua boca e deu um beijo.
— Eu já volto
Ele se levantou e saiu e eu fiquei ali olhando pra porta, eu sentia meu coração bater rápido e meu lobo ficar agitado, eu precisava falar com Tay.
Não demorou muito e Pete apareceu com uma bandeja nas mãos, ficamos praticamente o dia todo ali no quarto, assistimos televisão e em nenhum momento ele saiu do meu lado.
Depois de uma semana Pete voltou ao trabalho ele já não ficava mais até tarde na empresa, e isso me deixava feliz principalmente porque ele sempre chegava a tempo de jantarmos juntos.
A maioria do tempo eu ficava sozinho, senhora Kim sempre deixou claro que eu podia ficar com ela, mas eu sempre achava que estava atrapalhando então preferia ficar no quarto ou na sala assistindo.
As vezes eu ficava pensando nos meus pais se eles me vissem assim ficariam decepcionados já que eles deixaram claro que a obrigação de um ômega além de agradar seu alfa era limpar e cozinhar e eu juro que já tentei, a três dias antes do meu suposto cio eu acordei antes de Pete e fui para cozinha fazer o café da manha dele, quando já estava tudo pronto eu apenas esperei ele descer e aquela foi a primeira vez que vi Pete bravo.
Flesback
Eu estava sentado quando ouvi os passos de Pete, assim que ele entrou na cozinha e me viu abriu um sorriso.
— Bom dia – Ele veio ate minha e me deu um beijo na testa.
— Porque acordou cedo?
— Queria tomar café com você – O sorriso dele só aumentou
— Me desculpa não estar te dando muita atenção – Ele se sentou.
— Estou adiantando alguns trabalhos na empresa
— Não tem problema – Eu sorri.
— Isso está muito bom – Ele falou e eu suspirei aliviado.
— A senhora Kim se superou!
— Na verdade – Ele olhou para mim.
— Eu que fiz
— O que? – Ele me olhou sem entender
— É minha obrigação como seu ômega – Eu comecei a falar.
— Já faz uns dias que nós nos casamos— Você acordou cedo fez o café da manhã porque acho que é sua obrigação? – Ele fechou a cara e eu não entendi o que tinha feito de errado.
— Sim – A expressão dele fechou mais ainda.
— Mas não se preocupe também vou limpar a casa e deixar tudo arrumado pra quando você chegar
Ele se levantou e ficou andando de um lado para o outro, ele não disse nada, mas eu podia sentir o quanto ele estava bravo e eu só queria chorar, eu sabia que tinha decepcionado ele novamente.
— Bom dia – Senhora kim entrou na cozinha.
— O que esta acontecendo?
— Nada – Pete falou e olhou para mim.
— Eu não quero que faça mais nada, a noite conversamos
Então ele virou e saiu, e eu simplesmente chorei, senhora Kim que me consolou
A senhora Kim ficou o dia todo me consolando e quando contei o que tinha acontecido ela deixou claro que Pete não estava bravo comigo que eu não precisava me preocupar, eu sentia o quanto ele ainda estava bravo e chateado então as palavras da senhora não ajudaram muito.
Naquele dia Pete chegou a tempo de jantar comigo, passamos o jantar em silencio e quando finalmente estavamos deitados pra dormir ele me pediu desculpas, disse que não tava bravo comigo e sim com a situação e principalmente com meus pais, ele deixou claro que sempre que eu quiser podemos tomar café juntos, que não vai se importar se eu fizer o café, almoço ou jantar, também não se importa se eu quiser arrumar a casa nem se eu quiser mudar alguma coisa, desde que eu queira fazer e não porque é minha obrigação, que a partir do momento que eu virei um Theerapanyakul eu não era obrigado a fazer nada, eu só faria algo se eu quisesse e aquilo ficou na minha cabeça.
Desde aquele dia eu tenho pensado bastante nisso, e depois dessa semana que passamos juntos eu também tenho pensado muito nele, e eu não sabia se isso era bom ou ruim, quando conversei sobre isso com Tay ele quase comemorou na verdade ele comemorou e muito, e falou que era muito bom, Pete era meu marido, iriamos ter um filhote juntos, já eramos uma familia e eu não deveria reprimir as coisas que estou sentindo que eu deveria apenas deixar as coisas acontecerem então decidi que faria isso eu só esperava não me arrepender.
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Grávido de um CEO
FanfictionVindo de uma família muito conservadora Vegas Theerapanyakul se vê perdido e desesperado ao descobrir que está grávido de um homem que só viu uma vez na vida de, e para piorar ele descobre que esse homem é nada mais nada menos que Pete Jakapan o CEO...