Os dias foram se passando e Lilly foi se aprofundando em conhecer a vida política da família biológica de seu pai. Fazia pesquisas, lia jornais, assistia noticiários e a cada dia obtinha mais informações conforme George Maya aparecia na grande mídia falando sobre sua candidatura a prefeito de São Paulo. Nas pesquisas ibopes, ele já aparecia em segundo lugar nas intenções de voto.
De tanto ir a Câmara dos Vereadores para acompanhar os bastidores da política, Lilly acabou fazendo amizade com uma das recepcionistas do lugar por nome Diana. A moça era uma espécie de secretária faz tudo e sabia da rotina de todos os funcionários e vereadores que passavam por lá. Vez por outra, Lilly ficava à espreita na recepção e acompanhava a rotina do pai que estava sempre acompanhado de Vera Maya:
- Ele parece um fantoche da mãe! Ela só falta pegar no braço dele e conduzi-lo a cada passo que dá!- Lilly comentava com Diana.
- Ih, você está por fora, Lilly! O filho e o marido tem cargos políticos, mas quem toma todas as decisões é a dona Vera. E ai deles se desobedecerem. E falo mais: não é só neles que ela manda, não. O poder de influência dessa mulher é grande. Outro dia ela mandou embora uma funcionária que servia cafezinho simplesmente porque ela achou a moça bonita demais para servir café. E ela nem é chefe aqui!
- Como assim que absurdo é esse? Onde já se viu mandar alguém embora porque é bonita demais para fazer algum serviço?
- Ah, a gente sabe que não é por isso! Ela deve ter achado que a tal mocinha daria em cima do filho dela ou algo assim! Essa mulher é o cão! E ainda participa da organização das damas da cidade cheia de moral e bons costumes. Vive enchendo a boca pra falar da carreira política da família e que os netos vão seguir os passos do pai...Como se os netos dela ligassem pra isso!
- Ela tem netos???
- Sim, o vereador George Maya é casado com uma ex modelo que encerrou sua carreira no fim da década passada, Silvia Arboredo, conhece?
- Já ouvi falar sim! E eles tem filhos? Quantos?...- Lilly só se concentrou na informação de que tinha irmãos e queria conhecê-los.
- Dois, um casal de gêmeos. Ah, deixa eu ir pro meu lugar que aí vem eles... - Diana voltou a recepção e Lilly ficou observando George e Vera que vinham acompanhados do assessor e teve uma ideia indo interceptar a mulher.
- Com licença, senhora Vera Maya?
- Mas, o que é isso, garota? Não te deram educação? Como aborda as pessoas desse jeito?
- Hey, espera... - George reconhece Lilly. - Você é a garota que falou comigo outro dia ao vivo no CEASA. Seu nome é Lilly, certo?
-Lembrou de mim???
- Claro que sim, mocinha! Como vai? - o homem estende a mão para cumprimentá-la com um sorriso aberto e Lilly que nem esperava ser reconhecida fica consternada e surpresa.
- Como vai senhor?
- Você queria falar com a minha mãe? - ele a indaga sorridente.
- Err..sim, sim... Eu ... eu..
- Diga logo, garota, estamos com pressa para irmos a um evento... - Vera exige.
- Certo, errr... bom, eu... represento uma comunidade carente de...
- Carente de que??
- É uma comunidade de jovens garotas que não tiveram o privilégio de serem .... criadas por... famílias tradicionais como a sua, entende? Elas não tiveram os moldes de boa educação e não sabem muitas coisas sobre a moral e os bons costumes, sabe?
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Even Flow - a filha do primo Josh *SAGA*
ФанфикEddie Vedder havia acabado de se mudar para Seattle em busca de uma oportunidade no cenário musical que seria a Capital do Grunge. Após conseguir se instalar na cidade, o rapaz estava morando com sua mãe Karen Lee. Carreira deslanchando, uma namorad...