Capítulo 19 - Entre todos os halls da vergonha

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Eddie's POV:

Desde que a Lilly apareceu na minha frente, minha vida nunca mais foi a mesma. Ainda me lembro daquela carinha de anjo em um corpo sensual, uma mistura de ternura e malícia na mesma pessoa, batendo à minha porta perguntando se eu era o meu irmão Chris...

Eu estava esperando que a tal filha do primo Josh fosse uma adolescente rebelde, chata e respondona, daí me aparece uma garota sexy daquelas e que mais tarde fui descobrir que era o ser mais doce e angelical que eu gostaria de ter na minha vida pra sempre.

Ela mexeu comigo desde o primeiro dia. Bastava passar por mim com aquelas pernas grossas e seios fartos que eu conseguia ver mesmo por baixo de uma simples camiseta e curvas que me arrepiavam todos os pelos. O sorriso, o jeito charmoso de falar inglês com sotaque brasileiro e o olhar penetrante a transformavam na garota mais interessante do mundo. Era um pecado ao lado do meu quarto e, quantas vezes me peguei abrindo a porta dela de madrugada só pra vê-la dormir.

Eu era um cara com uma vida comum. Morando com minha mãe, uma namorada fixa, um emprego, uma banda. Estava tudo encaminhado e aquela prima bagunçou com tudo quando percebi que eu não conseguia administrar a mim mesmo e tudo que eu sentia me tornou um cara imaturo e confuso, o tal trouxa que o Stone falava. A verdade era que a Lilly tinha o poder de me desestabilizar e eu adorava a bagunça que ela me provocava.

Quando ela ficou doente e eu pude cuidar dela, me vi um bobão cada vez que eu selava os lábios dela com um beijo enquanto ela dormia profundamente. Me acostumei com aquilo e me surpreendi quando da última vez senti que os lábios dela me beijavam de volta... Desde lá não paramos mais e eu estou cada vez mais apaixonado...

Virou rotina todas as noites, eu volto tarde do ensaio, a dona Karen já está no décimo sono e eu vou pro quarto da minha garota... No começo ficamos só nos beijos. Eu ainda estava ressabiado com o fato dela ser virgem e quis respeitar isso. No entanto, quando ela decidiu se entregar pra mim e ficou peladinha na minha frente... Era a visão do paraíso, um paraíso que eu podia entrar de cabeça e ficar ali pra sempre. Foi uma noite e tanto, pra nunca esquecer... Incrível como nossos corpos se encaixam em perfeita sintonia. Eu estava embriagado de amor pela Lilly.

Pra tudo ficar perfeito eu só precisava que a gente oficializasse tudo aquilo. Eu queria apresentar a Lilly como minha namorada, sair com ela de mãos dadas, fazer programas de casal como ir ao cinema, levar pra passear, ir a praia. Mas, pra isso ainda tinha que enfrentar a Beth que não facilitaria minha vida e também a minha mãe que tinha a Lilly como um vaso raro de cristal por ser filha do primo Josh, o grande amor da adolescência dela.

Com a Beth não saiu como planejado. Depois a Lilly me confessou que permitiu que a Beth nos flagrasse e eu procurei não julgá-la. Ela estava com muita raiva da Beth e eu não tiro sua razão. Eu sei o quanto a baixinha sofreu quando picharam o muro da minha casa zombando do fato dela ser virgem como se aquilo fosse um crime. A Beth jogou baixo.

Isso não me impediu de assumir a Lilly como minha namorada quando estávamos fora de casa. Íamos aos ensaios juntos, nos beijávamos, ficávamos de mãos dadas, tomávamos sorvetes, ela me acompanhava sempre que podia. Éramos um casal, mas minha mãe ainda não sabia de nada.

Só sei que fui deixando a dona Karen sempre pra mais tarde. Sei lá, parecia gostosa aquela aventura de agarrar a Lilly escondido pelos cantos da casa. O joguinho de esconde parecia dar mais tesão e nem eu e nem ela estávamos preocupados com rótulos ou opiniões dos outros. Nem a da minha mãe que insistia em nos ver como se fôssemos irmãos.

Alguns poucos meses haviam se passado desde que a gente continuou se pegando escondido e eu me sentia extasiado. Tudo estava dando certo pra mim. Enfim, eu pude dar um tempo fazendo bicos no posto de gasolina e estava ganhando um dinheirinho com a banda já que vários shows estavam surgindo. Lilly me acompanhava a todos os shows e para os outros já éramos um casal, nossos amigos com exceção de Ashley e Kelly ficaram felizes por nós. Ainda mais realizado me senti quando confirmamos o começo das gravações do primeiro álbum da nossa banda e uma grande oportunidade de apresentação surgiu numa casa famosa de shows em Seattle. Dessa vez estaríamos lá como atração principal e não abrindo para o destaque da noite.

Even Flow - a filha do primo Josh  *SAGA*Onde histórias criam vida. Descubra agora