Juntos

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Quando cheguei para assistir às as aulas, na manhã seguinte, ela não olhou para mim nenhuma vez. Esperei o intervalo, mas ela não me esperou, foi direto para o dormitório da Grifinória. Fiquei parado na porta, olhando para o retrato da mulher gorda, sem saber o que fazer.

Gina e Luna me viram ali parado e começaram a rir.

- Ai, Malfoy! Eu sabia que aquela amiga que Mione fez em Hogsmeade, a tal de Sabrina, era uma mentira para esconder algum ficante novo. Mas nem nos meus piores pesadelos eu imaginei que seria você. 

Luna gargalhou. 

- Entra, besta! Vai ficar parado aí na porta? A senha é "Malfoy é um idiota!"

As duas riram muito. Eu não sabia se deveria entrar. 

Não precisei. Hermione apareceu na porta, cheia de livros para devolver para a biblioteca. 

Ela não disse nada. Eu simplesmente a acompanhei em silêncio.  

- O que você quer, Malfoy? - ela gritou, deixando os livros caírem em cima do balcão de devolução. 

- Eu queria... queria conversar... 

- Como você só sabe conversar sobre sexo - ela zombou - não estou disposta. Existem outras coisas importantes na vida!

- Her... hermione - eu guaguejei. - Eu queria te pedir desculpas. Por ter gritado. Por ter te envergonhado na frente dos seus amigos. Por ter insultado Ron.

- Você tem que pedir desculpas é pra ele!

- Eu já pedi. E ele já aceitou...

Ela ficou em silêncio. Havia muitas lacunas não preenchidas no nosso estranho relacionamento. Muitas coisas não ditas. Muitos temas evitados. Eu queria consertar tudo isso, queria começar de novo do jeito certo. Recomeçar do zero. 

Tirei a caixinha com a joia que comprei para ela. Era um colar de ouro com pingente de diamante em formato de rosas brancas.

- Você disse que gostava de rosas brancas.

Ela ficou emocionada. Nunca tínhamos trocado presentes. Nem mesmo no Natal.  

- Eu queria que nós tentássemos de novo, Hermione. Do jeito certo agora. Poderíamos começar marcando um primeiro encontro para nos conhecermos. 

- Num motel? - ela brincou.

- Não. No Três vassouras. A gente bebe uma cerveja amanteigada. Eu conto um pouco de mim, você me fala de você, da sua vida, dos seus problemas, dos seus sonhos. E ninguém joga nada na cara do outro. 

Ela sorriu um sorriso triste.

- Draco, eu não sei se devemos... Eu tenho medo de... de me machucar.

- Eu também tenho. - confessei. - Mas ficar sem você vai doer muito mais... Já está doendo. Eu sinto a sua falta o tempo todo. Aquela casa ficou gigante sem a sua bagunça. Eu acho que eu... eu... eu estou vivendo a minha primeira paixão.

- E espero que a única! - ela respondeu com lágrimas nos olhos. 

Eu a beijei suavemente na boca. Sem língua. Apenas um selinho. Ela correspondeu. Peguei a mão dela e propus:

- Vamos começar de novo. Primeiro passo: andar de mãos dadas na escola. Segundo passo: um encontro para falar de tudo menos sexo. Terceiro passo...

- Também não precisa virar padre!

- Como se eu conseguisse! 

Rimos. Eu estava me sentindo em paz pela primeira vez em anos.   


FIM

Aulas de sexo com Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora