Epílogo 1: Sem sexo???

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Completamos um mês de namoro sem sexo. As aulas terminaram, nos formamos em Hogwarts e estávamos em Hogsmeade pensando no que fazer da vida profissional e aguardando o dia do baile de despedida da escola. Eu ainda tinha um ano de condicional pela frente sem poder sair do país e tendo que informar ao Ministério se saísse de Hogsmeade ou de Hogwarts.

Sem provas e deveres de casa para fazer, sem poder fazer uma viagem para espairecer e com ela se mudando para a minha casa, pensei que fosse enlouquecer sem sexo, mas na primeira noite da mudança dela, eu a escutei se masturbando durante o banho e gozando aos gritos. Tive certeza de que ela esperava que eu quebrasse o jejum de sexo para sempre poder jogar na minha cara o quanto eu sou um depravado pervertido.

Bom, eu sou um depravado pervertido. Mas eu estava apaixonado pela primeira vez na vida e não queria perdê-la. E o nosso primeiro mês foi muito bom. Conversamos sobre nossa infância, nossas famílias, nossos sonhos, nossas perdas. Eu finalmente confiava em alguém o suficiente para abrir o coração e falar sobre como o treinamento de comensal da morte foi doloroso e traumatizante, sobre como me senti quebrado quando tive que matar e sobre como é difícil viver com a culpa e o remorso, mesmo sabendo que não tive escolha. 

Também passamos horas muito produtivas estudando para as provas finais. Estudar com ela era maravilhoso. Conversar sobre qualquer assunto. Poder ficar em silêncio sem constrangimento. Passar a noite no Três Vassouras bebendo uma cerveja amanteigada bem devagar enquanto víamos as estrelas e escutávamos as conversas das pessoas. 

Mas nada disso parava o meu desejo feroz por ela. Eu a queria, queria, queria. Mas não mudei tanto assim, então iria aproveitar para jogar esse jogo com ela. O jogo de quem cede primeiro, de quem implora primeiro. 

Fiz questão de não tocar no assunto sexo. Quando íamos dormir, eu conversava sobre algum livro que tinha lido e quando ela me olhava com os olhos faiscando de luxúria, fingia não perceber, virava para o lado e dormia. 

Eu queria que ela implorasse.

Queria que ela admitisse que eu não era o único pervertido da relação. 

Mas Hermione também não tinha mudado: continuava a mesma teimosa de sempre.

Quem ia ceder primeiro?

No aniversário de um mês eu comprei um jantar especial para ela. Conjurei uma mesa no jardim, decorei com rosas brancas, acendi velas. Dei de presente para ela um par de brincos de ouro branco e uma pulseira com pingente de diamante. Ela ficou muito emocionada. 

O jantar estava uma delícia. Comida japonesa, a preferida dela. Eu não conhecia, era coisa de trouxas. Mas quando experimentei, adorei e virei fã.

Depois do jantar, ficamos vendo as estrelas, sentados no jardim. Quase uma da manhã eu disse que estava com sono. Ela não disse nada, mas vi que estava irritada. Quando saí do banheiro, ela estava vestida só com  lingerie preta. 

- Estou com calor. Vou dormir assim - ela provocou. 

- Nossa, tá quente mesmo. - respondi e me deitei de costas para ela. O jogo estava demorando demais pra acabar, mas eu não ia desistir. 

- Draco... - ela chamou me virando para o lado dela. - O que está acontecendo com você?

- Comigo nada. Estou muito feliz. A noite foi perfeita. Por quê? - provoquei.

- Porque... você está me deixando louca com essa greve de... você sabe. - ela finalmente admitiu.

Comecei a rir:

- Oras, mas não foi você que reclamou que eu só queria sexo, só conversava sobre sexo, que eu sou um pervertido e que existem coisas mais importantes na vida? Aceitei a sua crítica, resolvi mudar para te agradar, mas pela sua cara de brava, não te agradei.

Ela ficou ainda mais irritada:

- Eu sinto falta... - sussurrou.

- Ah, é mesmo? Então implore. - eu sentia o gosto da vitória chegando.

- Implorar??? Nunca!!!!

- Bom, então eu posso esperar mais uns dias. Já você, eu não sei. Vocês grifinórios não têm autocontrole. 

Ela se deu por vencida:

- Está bem, Draco. Eu errei em reclamar do seu apetite sexual insaciável. Eu estou com saudades. Dá pra parar de bancar o santo?

-  Im-plo-ra! -desafiei.

- Ok, eu imploro! Draco, me foda!!! Eu preciso que você me foda!

Arranquei a minha roupa. O jogo tinha terminado. 


Aulas de sexo com Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora