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Quando finalmente voltou ao quarto, em passos lentos Beomgyu se encolheu entre os lenções de sua cama gélida, sentindo seu coração ir se despedaçando aos poucos. Não devia ser tão complicado amar alguém, não é?
Na cama ao lado, Yeonjun via os movimentos lentos de seu irmão, poderia até dizer que em partes não se importava mas, bem, era o irmão mais velho, não sairia por aí dizendo que não se importava com os sentimentos e o bem estar de seu irmão mais novo. Seria pura mentira.
Yeonjun sempre foi o filho perfeito, sempre tirava as melhores notas, estava sempre radiante e sempre se mantinha calmo em situações desesperadoras, isso era realmente incrível. Teve seus problemas como qualquer outra pessoa, mas sempre se manteve firme. Beomgyu desejava ser que nem o irmão, firme e forte.
Mas ali, naquela cama gelada, pode confirma que jamais seria que nem o irmão. Isso doía, mais não por inveja, longe disso, era por saber que se o irmão estivesse me uma situação como aquela, conseguiria seguir em frente e passar por aquele sofrimento.
Voltando a sua realidade extremamente triste, Beomgyu sentiu os braços do irmão o envolver em um abraço apertado. Como sentia saudades dos abraços do irmão, eram sempre tão acolhedores, não tanto quantos o de seu pai, mas dava para relaxar.
— Oi. — Disse sonolento.
— Oi, hyung. — Sussurrou.
— Tudo bem, hm? — Afagou os cabelos do irmão. — Tudo vai ficar bem, Eu prometo.
O Choi virou para o irmão, o abraçando com força. Permitiu-se chorar novamente, molhando o pijama de seu irmão, esse que ainda continuava a afagar o cabelo do mesmo enquanto dizia baixinho em seu ouvido que tudo ficaria bem. Quando o relógio em cima do criado marcou três e vinte da manhã, Yeonjun sentiu a respiração do mais novo se tranquilizar e então percebeu que o mesmo dormia, sorriu bobo; Seu irmão parecia uma pequena criança indefessa e isso o fazia lembrar de quando ainda eram crianças, quando Beomgyu era uma pequena criança travessa que estava sempre a fazer travessuras e, no final do dia, sempre chegava com pequenos arranhões pelo corpo, esse que fazia questão de tratar. Sentia saudades daquele tempo, quando ainda era criança e tinha que se preocupar com, sei lá, seu irmão sofrendo de amor; Talvez nunca parou pra pensar nesse tipo de coisa.
Sentiu sua garganta secar, sempre levava consigo uma pequena garrafa d'água quando ia dormir, mas naquela noite havia esquecido de pega-la. Muitas coisas haviam acontecido naquele pouco período de tempo entre a noite passada e essa madrugada, mas nada havia sido tão doloroso do que ver seu irmão em choro, talvez nunca perdoaria Kang por fazer seu irmãozinho chorar, mas em partes sabia que não era culpa dele.
Tomando a coragem necessária, o Kim se levantou com cuidado da cama e então andou até a porta do quarto, abrindo-a com cuidado, saindo logo depois. Chegando na cozinha, andou diretamente para a geladeira, abrindo a porta e sentindo a ar gelado o atingi. Pegou a garrafa e deu um gole no liquido, suspirou de leve, guardando a garrafa de volta.
Quando virou, deu de cara um Choi sonolento. Soobin coçava os olhos e bocejava, parecia acabar de acorda.
— Oi, Yeonj- — Cortou sua frase, vendo o Kim passar por si. — Ei! — Pegou no pulso do mias baixo, vendo o mesmo virar e o olhar.
— O quê foi? — Perguntou sonolento.
— Eu disse oi.
— Hm, e eu com isso? — Fechou os olhos, aproveitando o calor que a mão de Soobin fazia em se pulso.
— Você não respondeu. — Falou baixo, deixando que um pequeno bico se formasse em seu lábio.
Yeonjun voltou a abrir os olhos, se deparando com o Choi de cabeça abaixada. Ele parecia apreensivo, como se quisesse dizer algo mas não sabia como; Mordia o lábio inferior, imaginado que talvez o mais baixo não estivesse vendo. Em um ato impulsivo, Yeonjun atacou os lábios do mais alto, esse que de primeira arregalou os olhos assustado, mas depois retribuiu com gosto.
Finalmente podia sentir o gosto de menta que tanto gostava, seria mentira dizer que não gostava do beijo do mais alto, a mais pura mentira. Mas não podia se dar ao luxo de telo só para si, não era justo pensar que ele podia ter o que muitas pessoas por ai desejavam ter; mas por outro lado, não desejava que outras pessoas tivesse o que era seu, ou o que alto nomeava seu, sabia que era errado e não estava nem ai. Usaria e Abusaria dos lábios vermelhos do Choi.
Quando se separaram em busca de ar, Soobin olhou para o Kim, seus lábios estavam inchados e vermelho. Soobin era outro que amava o sabor amorangado dos lábios do Kim, era viciante, gotoso. Colaram as testas, como se tentassem transmitir em pensamentos que estava tudo bem, mas era pouco, muito pouco, Pensava o Choi.
— Me desculpa. — Se uma pessoa de fora visse a cena diria que era muito estranho ver o Choi pedindo desculpa, já que não estavam, realmente, em um relacionamento. Mas para os mais próximos, não tinham palavras para descrever o sentimento que existia entre aquelas almas, era algo lindo de ver, o amor jorrava pelos olhos dos dois, mesmo que nem eles mesmo percebessem isso. Era um sentimento muito mais forte do que eles pensavam.
— Tudo bem. — Sorriu. — Boa noite, Choi. — Deixou um último selar nos lábios do outro e então se virou.
— Boa noite, Baby. — Sorriu de volta vendo o Kim sumir pelo corredor.
Ás vezes acreditava que era doido, mas isso não era o suficiente para duvidar de seus sentimentos pelo Kim. Poderia ser doido, mas Afrodite o fazia esquecer de qualquer coisa quando se tratava de seu amor pelo Kim. E fazia favor de agradecer a deusa do amor por ser tão cuidadosa ao mandar a pessoa certa para si.
— Abençoe nossa história, Afrodite, deusa do amor .
E com isso, deixou a cozinha em passos lentos e um grande sorriso no rosto.
Abençoe o amor deles, Afrodite.
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𝗦𝗼𝗺𝗲𝗯𝗼𝗱𝘆 𝗧𝗼 𝗬𝗼𝘂 - 𝗧𝗮𝗲𝗴𝘆𝘂 𝗮𝗻𝗱 𝗬𝗲𝗼𝗻𝗯𝗶𝗻
FanfictionSe escondendo por trás de sua máscara, Kang Taehyun, é aquele típico garoto rico, mimado, arrogante, entre outro. Os traumas, as desilusões e as tristezas vividas quando ainda era uma criança, fez Taehyun se tornar um garoto do "Coração de gelo". Oq...