Capítulo 12

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Após o confronto com Luiz , janja notou que ele havia se ausentado, trazendo um certo alívio. O restante do dia transcorreu rapidamente, com uma carga de trabalho considerável. A ideia de ter uma assistente já começava a parecer necessária, dada a quantidade de tarefas acumuladas.

Pouco antes de sair, janja recebeu uma mensagem de Mateus, indicando que ele a esperava em frente à casa de Anielle para uma conversa. Ela se sentiu angustiada com a perspectiva de encarar essa conversa. Embora tenha usado a situação com Luiz como argumento contra ele, ainda estava incerta sobre suas próprias emoções e decisões.

Enquanto se encaminhava para seu carro, passou pela sala de Luiz e percebeu que ele ainda estava lá. Despediu-se de Gleisi e seguiu em direção ao veículo, ponderando sobre os eventos recentes e as decisões que teria que tomar.

Janja fazia o trajeto até sua casa temporária com um misto de ansiedade, tentando formular as palavras certas para a conversa que teria com Mateus.

Ao avistar Mateus apoiado em um carro, seu rosto se iluminou com um sorriso. Ele gentilmente abriu espaço para que ela estacionasse seu próprio carro.

Descendo do veículo, janja se aproximou dele com passos hesitantes. Recebeu um abraço caloroso, correspondendo ao gesto com ternura até que ele se afastasse.

"Comprou um carro?" ela perguntou, observando o veículo.

"Não!" Ele riu suavemente. "O aluguei, tinha muita coisa para fazer hoje, e São Paulo não é nem um pouco pequena" explicou, e janja assentiu compreensivamente.

Por um momento, os dois se fitaram em silêncio, até que Mateus quebrou o silêncio:

"Quero que saiba que, qualquer que seja sua resposta não vai mudar meu carinho e gratidão por você, janja. Não quero nem uma mentira, só quero se for real." Ele falou sinceramente, e janja sentiu uma mistura de felicidade e apreensão inundar seu peito.

"Também quero que saiba algumas coisas independente de minha resposta..." Ele afirma, para que ela continuasse."Você foi um dos meus primeiros amores, se não o primeiro. Hoje, eu estou muito feliz pelo que se tornou, e meu carinho por você é real."pega em sua mão, apertando-a "Mas, minha paixão, ela... Bom, ela acabou. E se eu aceitar ter um relacionamento com você vai ser uma mentira. Sinto muito, Daniel." Ele afirma com a cabeça, fitando o chão por um momento, ele sorria, mas, janja sabia que não era um sorriso de alegria.

"Eu não vou dizer que estou feliz com a sua resposta" a encara nos olhos, e ali janja pode perceber que além do sorriso, ele carregava um olhar triste e molhado "Mas, minhas palavras não mudaram. Eu continuo sendo eternamente agradecido" Termina, e quem o puxou para um abraço dessa vez foi janja.

"Essa é a pior coisa para se dizer agora, eu sei." Disse perto de seu ouvido, ainda o abraçando "Mas, podemos ser amigos?" Pergunta E ele afirma apenas com a cabeça, descendo as mãos a cintura da mulher. Separando-se do abraço para fitar seus olhos.

"Podemos" Afirma, deu alguns passos para trás "Bom, eu... Meio que tenho que ir. Tchau Janjinha" Fala se direcionado a porta do carro.

"Tchau" se despede, vendo o carro ir reto pela rua.

As luzes do sol iam-se indo em um por do sol lilás, lindo. Janja aprecia o céu por um tempo, sentindo uma lágrima fina descer por meus olhos.

"Foi o certo a se fazer..." Profira em voz baixa.

A mulher sente alguém a abraçar de lado e logo ver que era Anielle, e então ela a afirma "Foi sim, estou orgulhosa."




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