Capítulo 8

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"Janja, Luiz... O que estão fazendo aí?" Tebet os pergunta quando entra na tenda.

"Estava conversando com a Srta. Silva," Luiz responde, mas vê seu amigo ao fundo com um sorriso sacana.

"Conversando tão perto?" Lindbergh pergunta, e janja tem vontade de gritar; com Luiz atrás de si, dificultava sua capacidade de raciocínio.

"Enfim, daqui a pouco vão desfazer a tenda. É melhor já ir indo," Simone os avisa, e ambos afirmam com a cabeça.

"Bom, vamos?" sugere.

"Antes preciso terminar minha conversa com Rosângela, né?" Luiz pergunta, e ela afirma com um sorriso que dizia 'me salvem'.

"Tá, vou esperar no carro, ou não," Lindbergh diz, e logo sente Simone o puxar para fora da tenda, mas antes disso pisca para eles.

Quando ambos já estão longe o suficiente, Janja suspira alto, pronta para se distanciar de Luiz, mas ele a puxa contra ele, fazendo-a gemer baixo. Mesmo com todo o acontecimento, ele continuava tão duro quanto antes. Sem que pudesse dizer nada, ele a puxa para frente, prendendo suas bocas. Janja hesita, mas cede quando sente sua língua pedir passagem. Ela perde as forças sentindo-o beijá-la daquela forma que sabia que não havia volta.

As mãos dele descem para a ponta de seu robe, levantando-o para cima, espalmando suas mãos nas nádegas dela, apertando forte o suficiente para fazê-la levantar os pés do chão, gemendo contra a boca dele.

"Eu te quero tanto," Luiz sussurra.

"Precisamos ir, Sr. Inácio. Já vão aparecer para desfazer a tenda," ela tenta, com seus sussurros baixos.

"Se eu te soltar agora, sei que não vai voltar. Eu não posso," ele responde. Janja morde o lábio inferior, sabendo que parte daquilo era verdade. Se escapasse dos braços dele, seria mais fácil fazer com que nada disso acontecesse novamente.

"Se hesita é porque afirma," ele diz, e então a beija novamente, puxando-a para si. Seu corpo age sem que ela muito pense; ela o queria demais.

"Eu também te quero, Sr. Inácio," Janja sussurra.

"Então não resista." Disse, encostando-a novamente contra a estrutura da tenda. A mão dela sobe para seu rosto, sentindo seus traços sob seus dedos, vendo os olhos castanhos com a pupila negra dilatada.  "Tem muita coisa que nos impede, não percebe?" Ela o pergunta, e ele afirma. "Mas eu não ligo. Eu preciso te ter, e eu te tenho nos meus braços, agora." Janja fecha os olhos, descansando a cabeça para trás, enquanto ele a segura com firmeza, atraindo-a mais para si.

"Uma vez... E nada mais." - Luiz sussurra, com um sorriso malicioso brincando em seus lábios, sua voz rouca ecoando contra a pele dela, criando uma tensão elétrica entre eles.

...

"As roupas são desnecessárias Srta. Silva." Sussurrou em seu ouvido, vendo que Janja tinha posto toda a roupa novamente. O vento fresco da noite batia contra seu rosto quando ela negou com um sorriso, que não escondia em nada o desejo que ainda perambulava por seus olhos. Sabia que caminhava em direção a uma tragédia e se culpava infinitamente por simplesmente não conseguir se importar o suficiente para dizer que não entraria em seu carro e iria para um motel. A verdade era muito distante disso, já que contava os passos, o suspiro aliviado que deu quando viu que Lindbergh já tinha ido para algum lugar junto da mesma asiática que tinha cantado mais cedo, e não teria a oportunidade de ver em seus olhos que sim, estava prestes a se entregar a uma loucura.

"Preferia que viesse sem roupas, senhor?" Finalmente ela respondeu. Ele fez bico.

"Pensando bem... Não seria muito bom." Ele disse, surpreendendo-a quando a empurrou contra a porta do carro.

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