Capítulo 37

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Luiz arrumou seu short rapidamente, janja já estava em pé com seu robe.

Clovis ficou parado, completamente chocado com a cena que acabara de presenciar.

"Pai, nós..." Janja começou a tentar falar, mas a voz falhou novamente. Ela estava claramente em pânico.

"Que diabos está acontecendo aqui?" Clóvis rugiu, os olhos fixos em Luiz. "Como você ousa desrespeitar minha filha desse jeito?"

Janja tentou intervir, sua voz tremendo. "Pai, por favor, calma. Nós... nós não queríamos que você visse isso. Não foi planejado."

"Não foi planejado?" Clóvis repetiu, incrédulo. "O que exatamente vocês achavam que estavam fazendo? Vocês acham que podem fazer o que quiserem?"

Luiz se levantou, tentando manter a compostura. "Senhor Clovis, eu peço desculpas. Eu... eu respeito muito sua família e sei que isso foi inapropriado. Nós erramos."

"Erraram? Isso é muito mais do que um erro!" Clóvis diz. "E você, Janja," ele virou-se para a filha, a decepção evidente em seus olhos, "eu esperava mais responsabilidade de você."

Janja começou a chorar, suas emoções estavam uma bagunça com a gravidez, e essa situação só a fez sentir mais culpa e vergonha. "Pai, eu sinto muito. Eu realmente sinto muito."

Clóvis respirou fundo, tentando se acalmar. "Esta é a casa de vocês, eu sei, mas enquanto eu e Tereza estivermos aqui, vocês devem respeitar a nossa presença e os limites da decência."

Clóvis saiu, indo em direção aos quartos. Janja sentou no sofá, pondo a mão no rosto, completamente envergonhada.

"Meu amor..." Luiz tocou no ombro dela.

"A culpa é sua!" Janja disse, ainda com os olhos cheios de lágrimas.

"Minha? Você que veio aqui com um robe e uma lingerie,sexy inclusive" Luiz se defendeu.

"Se você tivesse aceitado tomar banho comigo, nada disso teria acontecido," Janja esbravejou.

Luiz tentou aliviar a tensão com um sorriso. "Como íamos saber que seu pai tinha um timing tão perfeito, hein?"

Janja olhou para ele, incrédula. "Você está brincando com isso agora?"

"Bem, pelo menos ele não teve um ataque cardíaco," Luiz continuou, ainda tentando descontrair a situação.

Janja levantou-se abruptamente, irritada. "Você não está levando isso a sério! Meu pai pegou a gente transando e tudo o que você faz é brincar!"

Luiz riu, tentando aliviar a tensão. "Imagina se ele tivesse chegado antes, seria mais constrangedor."

"Você acha isso engraçado?" Janja quase gritou. "Eu estou morta de vergonha e você faz piadas?"

"Amor, só estou tentando fazer você se sentir melhor," Luiz disse, mais sério agora. Sabia que era um perigo (para a saúde dele) deixar janja irritada.

"Eu não quero brincadeiras agora!" Janja diz, antes de se virar e ir para o quarto, batendo o pé com força, deixando Luiz sozinho na sala.

Luiz suspirou e se jogou no sofá, olhando para o teto. "Ótimo, Luiz, realmente ótimo," murmurou para si mesmo. Então olhou para a frente e viu que seu time havia perdido. "Ah, perfeito," disse, pegando o controle e desligando a TV.

Depois de alguns minutos, ele decidiu que precisava fazer as pazes com Janja. Levantou-se do sofá e foi em direção ao quarto. Ao entrar, viu Janja deitada de lado na cama.

Ele se aproximou devagar, tentando não assustá-la. "Amor," chamou baixinho, mas ela não respondeu.

Luiz deitou-se ao lado dela, envolvendo-a em um abraço suave. Janja resmungou, tentando afastar-se, mas ele a segurou firme, mas gentilmente. "Desculpa," murmurou.

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