Uma Casa de Boneca
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Após caminhar durante uma noite inteira, Ember se via completamente perdida no meio daquela floresta sombria. Havia fugido de vários ataques de ursos e estava com medo de aparecer mais predadores para lhe devorar, fugir de um animal estava se tornando seu pior pesadelo. Branca de Neve sentia seu delicado pé latejar de tanto caminhar com aqueles sapatos, seus olhos pesavam de sono e poderia desmaiar a qualquer momento de fraqueza.
Ember estava acostumada a caminhar no sol escaldante de salto alto e continuar bem, mas este corpo era fraco e delicado como se fosse uma porcelana e que poderia quebrar a qualquer momento, suas forças estavam limitadas.
Seus olhos brilharam em esperança ao, de longe, conseguir avistar uma casa no meio da floresta.
— Branca de Neve, olhe! — exclamou sorridente apontando para o pequeno chalé — Uma casa.
— Oh céus, graças a Deus! — disse a moça agradecendo de mãos juntas em oração — Vamos até lá.
Sua alegria por avistar o chalé era maior que seu cansaço, com isso elas correram sorridentes até chegar perto da casa. O sorriso de Ember murchou ao se aproximar daquela residência, era um edifício pequeno, mas grande o suficiente para caber elas duas.
— Parece uma casa de boneca! — comentou Branca de Neve se aproximando das janelas.
— Parece que não tem ninguém. — analisou Ember espiando pela janela — Vamos entrar!
— A porta está trancada. — disse a moça virando a maçaneta.
— Deixa comigo, haha! — Chapeuzinho vermelho tirou um grampo atrás do cabelo deixando uma mecha de seu cabelo frizado cair sobre o rosto, em poucos minutos de concentração, finalmente conseguiu destrancar a fechadura — Tcharam! — comemorou exibida de braços cruzados.
— Como fez isso?
— É uma longa história. — Ember se lembrou de todas as vezes em que esqueceu a chave no seu escritório, as janelas sempre ficaram fechadas e tivera que recorrer à técnica do grampo.
Por isso sempre deixava um grampo embaixo do tapete ao invés de uma chave reserva. Um pouco estranho de sua parte.
— É tudo tão minúsculo. — reparou Branca de Neve achando aquela casa fofa.
— E sujo. — completou Ember incrédula passando o dedo em uma mesa empoeirada.
Anões porcos.
— São tudo em sete. Sete cadeiras, sete casacos, sete copos na mesa. — disse a donzela achando tudo fofo, olhando a bagunça ao redor.
— E só uma vassoura, um balde, um esfregão... — chapeuzinho disse olhando aqueles utensílios jogados na parede empoeirados, como se ninguém tivesse os tocado antes.
Branca de Neve subiu as escadas e se deparou com o quarto dos moradores, haviam sete camas pequenas e cada uma dela continha o nome do seu dono.
— Puxa, parece que nunca varreram esta casa.
— Nem tocaram na vassoura. — comentou Ember atrás dela.
— Vamos arrumar! — comentou a donzela dos cabelos negros pular de alegria.
— Você gosta de uma faxina, não é mesmo? — suspirou Ember batendo a mão no rosto imaginando o trabalho que teria pela frente.
Branca de Neve correu para fora da casa e, cantando uma bela melodia, chamou os animais inofensivos da floresta, ao ouvirem sua doce voz vários pássaros, cervos e esquilos correram em sua direção. Chapeuzinho vermelho analisou tudo de longe maravilhada com o que estava vendo: os animais silvestres estavam sentados observando uma jovem princesa cantar para eles, nunca viu um conto de fadas ser tão real até presenciar pessoalmente.
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O Livro Encantado de Chapeuzinho Vermelho: A Jornada pelos Contos de Fadas
Fantasy"O Livro Encantado de Chapeuzinho Vermelho: A Jornada pelos Contos de fadas." Embarque em uma emocionante jornada ao lado de Ember Nightingale, uma empresária determinada e inteligente que, ao descobrir um antigo livro encantado, é transportada para...