Capítulo XI

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O Baile

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Ember caminhava pelo jardim de um lado para o outro ansiosa pelo momento em que a fada madrinha apareceria, mas não viu nenhum sinal dela. Por um momento desistiu de tentar e decidiu  retornar para dentro da casa, foi então que presenciou Cinderela correndo chorosa para o jardim da mansão.

— Cinderela...?

— Me desculpe, mas eu quero ficar sozinha. — respondeu a moça sem olhar para trás.

Ember sentiu um aperto no coração ao vê-la desta maneira, mas ao mesmo tempo saltou de alegria, pois era um sinal de que a fada madrinha apareceria a qualquer momento. Cinderela chorava às margens de um poço desabafando com o mesmo como se estivesse conversando com alguém, o que foi estranho para Ember.

Por um momento, ela pensou em ir consolar Cinderela, mas se fizesse isso, estaria interferindo no papel da fada madrinha e não queria atrapalhar. A ideia de ir ao baile junto com Cinderela passou por sua mente, afinal, estava muito tentada em observar a história de perto.

Mas nenhum sinal da fada madrinha. Minutos se passaram e nada da boa senhora aparecer, se continuar desse jeito Cinderela morreria de tanto chorar e perderia a hora do baile.

— Onde está a fada madrinha? — perguntou para si mesma abrindo o livro mágico.

Com a ansiedade correndo em suas veias, Ember não se conteve e decidiu interferir antes que a história tomasse um rumo diferente da original.

— A-aham. — coçou a garganta chamando a atenção de Cinderela.

— Por favor, me deixe sozinha.

Ember revirou os olhos.

— Não posso permitir que continue derramando lágrimas. Farei com que você vá à este baile. — respondeu a garotinha com determinação.

— Mas o que você pode fazer? Não há nada a ser feito neste momento.

— Mas eu possuo isso. — ela revelou o livro encantado.

— Isto é...?

Cinderela encarou Ember, surpresa ao descobrir que aquela garotinha era a herdeira de um livro poderoso e muito comentado pelo mundo todo. Nunca imaginou que esses comentários fossem verdadeiros e muito menos que um dia presenciaria isso pessoalmente.

Ficou pensando em como uma garotinha, vulgo Ember, poderia carregar algo tão poderoso. Se perguntou o quanto ela poderia ser poderosa.

— Vamos ver... — Ember abriu o livro e folheou as páginas — Essa é clássica. Para ir ao baile, você precisará de uma bela carruagem!

— Uma carruagem?

— Vamos usar uma abóbora!! — gritou ela correndo até a horta de abóboras.

Cinderela a seguiu por trás, curiosa com o que Ember faria a seguir usando o livro. Seus olhos se arregalaram ao ver a magia surgindo daquelas páginas velhas e desgastadas. Uma nova carruagem surgiu, bela e reluzente, transformada de uma simples abóbora. Era grande e branca, com detalhes de ouro puro.

O Livro Encantado de Chapeuzinho Vermelho: A Jornada pelos Contos de FadasOnde histórias criam vida. Descubra agora