O Livro Encantado de Chapeuzinho Vermelho: A Jornada pelos Contos de Fadas

Capítulo VIII

O "Felizes e para Sempre" de Branca de Neve

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Ao acordar, depois de um longo dia nocauteado, o caçador se vê imerso em pensamentos tentando relembrar o exatamente aconteceu, sua cabeça, assim como o restante de seu corpo, doía como se tivesse sido atropelado por cavalos. Ao olhar em volta e reconhecer o local onde estava, suas memórias vinheram em sua mente como um flash branco, sua missão era matar Branca de Neve no meio da floresta e levar o coração para a rainha, mas uma garota misteriosa apareceu e a salvou.

Revoltado com sua missão falha, o caçador matou um cervo qualquer da floresta e colocou o coração dentro da caixa, aonde deveria estar o coração de Branca de Neve. Afinal, mesmo tendo falhado em sua missão, o caçador não queria ficar sem sua preciosa recompensa.

Retornou para o castelo com um frio na barriga determinado a enganar sua Rainha. Ao aparecer na frente dela, o caçador se curvou em reverência.

— Vossa majestade. — disse estendendo a caixinha em suas mãos — Fiz o que ordenou. Trago aqui o coração de Branca de Neve.

O semblante da rainha não mudou de expressão nem mesmo com a notícia oferecida, o coração do caçador palpitou rapidamente temendo que ela descobrisse sua farça.

— Traga até mim. — ordenou com a voz fria.

E assim ele o fez.

— Abra. — ordenou mais uma vez — Quero ver o coração de Branca de Neve.

O caçador engoliu em seco com a ordem da Rainha, sentia que estava em apuros se a abrisse, mas mesmo assim fez o que foi mandado. A expressão da Rainha mudou para desconfiança, algo ali estava errado e ela sentia isso.

— Hum. — ela olhou para o lado, onde estava seu espelho — Espelho, Espelho meu. Me diga, esse é o coração de Branca de Neve?

O caçador arregalou os olhos suando frio.

— Não, minha rainha. Branca de Neve permanece viva em uma casa na floresta. — respondeu o espelho mágico mostrando uma imagem da moça cantarolando enquanto varria o chão.

— M-minha Rainha, eu posso explicar! — gritou o caçador deixando a caixinha cair no chão manchando o tapete de sangue.

— Já basta! — ordenou ela se levantando do trono — Você é um completo inútil!

— Por favor, vossa majestade. Deixe-me explicar. — implorou se ajoelhando.

Sem piedade, a Rainha má enfiou uma faca em sua garganta impedindo que ele continuasse a falar, segundos depois o caçador cai ao seu lado já sem vida. Determinada a matar Branca de Neve, ela caminha em direção a um corredor secreto obscuro e cheio de teias de aranha.

Aquele caçador não lhe serviu de nada, dessa vez, ela mesma matará Branca de Neve com as próprias mãos.

[...]

— Lá lá lá. — cantarolava a jovem donzela enquanto limpava a casa.

Ela estava feliz em ter encontrado aquela humilde casinha e, principalmente, por terem a deixado ficar. Branca de Neve cuidava das tarefas doméstica com um belo sorriso no rosto, estava muito agradecida pelos anões e faria tudo da melhor maneira possível.