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🖇️ | Boa leitura!

Eu sinceramente achei que seria mais sufocante entrar em um lugar fechado com diversas pessoas ingerindo álcool, dançando, falando alto e numa constante busca por outros corpos

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Eu sinceramente achei que seria mais sufocante entrar em um lugar fechado com diversas pessoas ingerindo álcool, dançando, falando alto e numa constante busca por outros corpos. Mas até que eu não me senti no inferno quando Dulce e eu passamos pela entrada da casa de shows.

A segui enquanto ela segurava o meu pulso, me guiando por entre o mar de corpos que parecia bastante desinteressado em prestar tanta atenção ao redor. Dulce me levou até o bar e então pediu duas doses de uísque.

— Eu não bebo uísque. — falo perto do ouvido dela por causa da música alta.

Ela me olha de relance como se eu fosse de outro mundo. Quando o barman deixa as duas doses sobre o balcão, ela simplesmente bebe as duas, uma atrás da outra sem fazer careta.

— O que você bebe? Vodka? Cerveja? — questiona girando um dos copos vazios em sua mão.

— Cerveja está bom. — sinto que se eu não aceitar logo ela vai insistir até eu desejar estourar os meus miolos.

— Duas cervejas! — ela fala alto para o barman.

A verdade é que eu não gosto muito de qualquer coisa que tenha álcool. Nunca apreciei o sabor e com certeza não gosto da sensação de perder o equilíbrio e a cognição pouco a pouco. Não entendo o porquê de as pessoas gostarem tanto de tomar uma coisa que as deixa mentalmente e fisicamente instáveis.

Ela bate sua garrafa na minha em um brinde e eu aceno com a cabeça antes de beber. Ainda é ruim, mas menos do que vodka.

— Dulce Maria! — uma voz estridente exclama, e de repente um braço coberto por mangas felpudas rosa está sobre os ombros da Dulce.

— Cassidy! — Dulce sorri e a abraça. — Garota, eu adorei a sua roupa! — elogia pegando a garota pela mão e a fazendo girar.

Cassidy ri e então para quando seus olhos batem em mim. Olhos cobertos por um glitter colorido. O cabelo curto e loiro tem uma franja acima das sobrancelhas, que nesse caso são tão rosa quanto as mangas exageradas do seu vestido. Ela desce os olhos para a minha camiseta e então ri depois de ler a estampa.

— Isso foi ótimo! — bate palminhas animadas. — Você é amigo da Dulce?

Olho para a minha até então professora buscando por uma resposta sobre como me comportar. Dulce arqueia a sobrancelha para mim como se não acreditasse que eu não consiga fazer isso.

— Sim. — respondo à pergunta dela.

— Amigo amigo ou amigo... amigo? — move as sobrancelhas sugestivamente.

— Qual a diferença? — fico confuso.

— Não estamos transando. — Dulce esclarece.

— Por que não? — Cassidy se aproxima de mim e sorri de canto. — Ele parece um pãozinho recém saído do forno. Eu adoraria morder as suas bochechas e entrar dentro da sua camiseta com você. — diz de maneira bizarra, seus olhos de pupilas dilatadas vidrados em mim.

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