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🖇️ | Boa leitura!

A vida gosta de nos pregar peças

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A vida gosta de nos pregar peças. Quando levantei da minha cama essa manhã, eu não achei que uma série de eventos caóticos fosse acontecer tão rápido, um sobre o outro. Primeiro, Dulce voltando a sair com outras pessoas. Não consigo descrever exatamente a sensação, mas foi algo como se meu coração tivesse despencado da caixa torácica. E a garota era linda. Usava uma jaqueta e levava um capacete com ela. Depois de sentir esse ciúmes doloroso, tentei me convencer de que era justo. Dulce também precisa encontrar alguém que se pareça com ela.

E quando eu já havia aceitado e resolvido lidar, ela aparece na minha casa e diz que me quer. Eu gostaria de ter reagido na hora, mas eu só travei. Acho que faz parte da minha insegurança. Algo que eu tanto quis ouvir, mas achei que nunca ouviria, com certeza iria me dar um curto-circuito.

E antes que eu tivesse a chance de entender completamente o que iríamos fazer com esse fato, ela recebeu uma notícia ruim. Agora eu teria que guardar essa dúvida para depois. Dulce estava apenas falando a verdade sem a intenção de ficar comigo ou ela queria ficar comigo? Essa definitivamente é a última coisa que vai importar agora, porque é claro que a vida iria pregar mais uma peça, dessa vez mais horrível e mais difícil.

Já vi algumas pessoas recebendo esse tipo de notícia e as reações sempre são bem expressivas e barulhentas. Ao contrário disso, a Dulce não fez absolutamente nada parecido. Ela ficou quieta, sentou em uma cadeira do corredor do hospital e encarou a parede por pelo menos vinte minutos. Não sei o que ela estava pensando ou sentindo, mas deduzi que o melhor fosse deixar ela desse jeito e apenas ficar ao lado. Afinal, não ter uma reação também é uma reação.

Fiquei em pé perto dela com as mãos nos bolsos da minha jaqueta. Ela só desviou o olhar da parede quando ouvimos passos apressados se aproximando. Christian, Anahi e Poncho viraram o corredor ao mesmo tempo.

— Tudo bem? O tio Bob está bem? — Anahi veio na frente com o rosto aflito e os olhos arregalados.

Dulce ergueu a cabeça muito devagar e olhou para mim, pedindo silenciosamente que eu respondesse. Entreabri os meus lábios algumas vezes, mas eu não consegui dizer isso em voz alta, então eu só abaixei a cabeça e a balancei negativamente.

— Ah, meu Deus... — Christian murmurou. — Neném... — ele sentou ao lado de Dulce e passou um braço por seu corpo. — Eu... sinto muito.

Chorando, Anahi se juntou aos dois e abraçou Dulce do outro lado. Ainda assim, Dulce não derramou nenhuma lágrima e encarou o chão enquanto os dois choravam e tentavam confortá-la.

Poncho me puxou pelo braço e nós nos afastamos um pouco.

— O que aconteceu exatamente?

— Uma parada cardiorrespiratória. Conseguiram reanimar duas vezes, mas na terceira...

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