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🖇️ | Boa leitura!

No primeiro momento em que abro os meus olhos, imagino que deva ser um sonho, porque o meu corpo está com aquela sensação leve e flutuante de quando estamos sonhando

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No primeiro momento em que abro os meus olhos, imagino que deva ser um sonho, porque o meu corpo está com aquela sensação leve e flutuante de quando estamos sonhando. Mas a visão diante de mim não parece irreal, é só um teto branco e sem vida com uma luz clara e incômoda. Tento mover o pescoço, mas paro e faço uma careta quando sinto uma dor na nuca. Não é grande coisa, parece um torcicolo de uma noite mal dormida.

— Não se esforce. — uma voz feminina diz ao meu lado. — Você quer se sentar?

— Sim. — respondo mesmo ainda confusa demais para entender onde estou e com quem estou falando.

— Os efeitos dos analgésicos estão passando, logo vai se sentir bem.

— Analgésicos...?

Sinto a cama embaixo de mim se erguer até que eu esteja em uma posição melhor. Assim consigo ver o ambiente por completo. Um quarto de hospital. Óbvio. Pisco algumas vezes, minha consciência agora totalmente recobrada. A enfermeira ajeita o cobertor que cobre meu corpo da cintura para baixo.

— Obrigada. — agradeço. Percebo o gesso em meu braço esquerdo e solto um suspiro. — Eu fiz merda, não foi?

— Foi só um acidente. — a mulher diz com um sorriso gentil. — Vou dizer ao seu namorado que você acordou.

Estou franzindo a testa olhando para ela, mas ela não percebe a minha confusão. Namorado? Eu perdi alguma memória importante?

— Eu bati a cabeça? — questiono para confirmar a teoria de perda de memória.

— Graças a Deus você estava usando capacete. Sua cabeça está bem.

— Ok... — ainda continuo confusa com a história do namorado, mas fico com vergonha de perguntar do que ela está falando.

— Está sentindo alguma coisa?

— Fome.

Ela ri de leve e balança a cabeça positivamente.

— Vou trazer o seu almoço.

Depois que ela sai do quarto, eu espero para ver o tal do "meu namorado". Quase dou risada quando Christopher passa pela porta, mas seguro o riso quando noto seu semblante sério e irritado.

— Que direito você acha que tem de fazer uma coisa dessas? — ele diz.

— Eu...

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