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🖇️ | Boa leitura!

Muita coisa ainda precisa ser resolvida em relação aos bens do meu pai e o que eu vou fazer com eles

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Muita coisa ainda precisa ser resolvida em relação aos bens do meu pai e o que eu vou fazer com eles. O primeiro passo é dar uma geral na casa dele e ver aquilo que eu vou manter, doar ou vender. Ainda não sei se quero ficar com a casa, talvez eu prefira vendê-la e comprar um outro imóvel, um apartamento seria o mais adequado para uma pessoa jovem e solteira. Mas parece muito difícil a ideia de me desfazer da casa onde eu cresci e que foi o último lugar onde eu vi o meu pai e a minha mãe.

Todas essas questões me obrigaram a deixar outras coisas para depois. Com isso, Christopher e eu não falamos muito sobre o nosso beijo no cais nem o que vamos fazer sobre nós dois. É claro que eu quero ficar com ele e sei que ele também me quer, só precisamos de um pouco de paciência. Eu tenho que refrescar a minha mente e sentir que tudo está em seu devido lugar.

No domingo seguinte, como todos os meus amigos estavam disponíveis, eu gentilmente os obriguei a vir comigo até a casa do meu pai. Vamos arrumar tudo e empacotar algumas coisas. A casa ficou fechada por duas semanas, então tem uma camada considerável de poeira pelo piso e pelos móveis. Sem contar que pode ter um pouco de comida estragada na geladeira.

— Meu Deus, tinha uma torta aqui... — Anahi lamenta ao abrir a geladeira. — A última que ele fez. — ela morde o lábio inferior olhando para o doce.

— Deve estar azeda, amor. — Poncho diz.

— Será?

— Se você comer isso, eu vou vomitar bem aqui. — Christian fala com cara de nojo. — Faz duas semanas ou mais que isso está aí.

— Mas... — ela começa a lamentar de novo.

— Eu vou te dar o livro de receitas da mamãe. — digo com um sorriso no rosto, achando uma solução para o vício dela na receita de torta da minha mãe.

— Jura!? — seus olhos quase saltam das órbitas. — Eu vou te amar pra sempre! — ela me abraça apertado e beija o meu rosto.

— Tudo bem, tudo bem... — dou risada. — Vocês três limpam aqui em baixo. Christopher e eu vamos cuidar do andar de cima.

— Sim, chefe! — Christopher faz uma continência que me faz sorrir para ele e me derreter um pouco mais.

Christopher me segue e nós subimos as escadas. Já no corredor, antes que eu me afaste, ele segura a minha mão e me faz virar sutilmente para ele.

— Você está bem? — pergunta de forma cautelosa.

— Estou. — assinto.

— Voltar aqui não é estranho?

— É um pouco melancólico. — dou de ombros. — Mas acho que a sensação de nostalgia é mais acalentadora do que dolorosa. — sorrio fraco. — Não se preocupe, eu estou me saindo bem.

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