Capítulo 12

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Oi, amores. Como estão as vendas de chiclete na cidade de vocês? Hahahahah que sabooooooor 😍

Esse é um cap de transição, então é curtinho mesmo. Mais tarde, eu prometo postar outro.

Enjoy 🧡

(...)

Depois do que pareceu uma eternidade, a oposta respondeu.

- Não se preocupe, isso não irá acontecer. – respondeu, se sentindo culpada. – Você poderia me abraçar agora?

- Eu não estou entendendo. Pensei que...

- Não. – nada do que você fizer vai ser pior do que eu fiz, pensou. – Está tudo bem, ok? Vamos apenas dormir.

Hande estranhou o comportamento dela. No mínimo, ela estava esperando uma conversa profunda, mas não foi isso que aconteceu.

- Espera! – pulou da cama, assustando a morena. – Ligue as luzes, eu preciso ir até o meu carro.

- O quê? Pra quê? – perguntou perdida, acionando o interruptor.
Hande abriu a porta e desceu escadas correndo, indo até o porta-malas de seu carro e pegando o mini bolo que havia comprado, junto com a velinha e o isqueiro. Assim que os pegou, ela voltou para dentro da casa.

- Eu havia me esquecido. – entregou o bolo para a oposta, acendendo a velinha em seguida. – Parabéns, Tica. Eu desejo que todos os seus sonhos se tornem possíveis e que você sempre tenha o melhor que a vida pode te oferecer.

- Você comprou um bolo pra mim? – perguntou desacreditada. – Ninguém nunca fez isso...

- Pois é. Deve ser pelo fato de você não comemorar aniversários! – a repreendeu. – Você deve ser a primeira pessoa no mundo que...- foi interrompida pelos lábios da morena, em um selinho profundo.

Boskovic olhou profundamente para ela, como quem quer memorizar um momento que não vai acontecer nunca mais.

- Obrigada, Handem. – sorriu para ela.

- Não precisa agradecer. – sorriu de volta. - Agora faça um pedido e apague a vela.

Boskovic voltou a encará-la profundamente, fechou os olhos e apagou a velinha.

- Vou pôr o bolo na geladeira. – avisou, se levando da cama em seguida.

Hande assentiu e voltou para o seu lugar em cima da cama, esperando pela oposta. Boskovic logo voltou e puxou a garota para os seus braços, beijando os cabelos dela.

- Sempre tão cheirosos...- sussurrou a encaixando em seu peito. – Boa noite, Handem.

- Boa noite, Tica...- sussurrou, sentindo os olhos ficarem pesados, até conseguir cair no sono.


(...)


Na manhã do dia seguinte, por um milagre, Hande acordou primeiro. Ela saiu dos braços da oposta e tomou cuidado para não acordá-la quando saísse da cabana, em direção ao seu carro, onde estava o seu celular.
Assim que o achou, discou o número da melhor amiga e aguardou ela atender.

- Quem é vivo sempre aparece! – a outra turca descochou. – É claro que trocamos mensagens quando você não está com a Tijana, mas eu sinto falta de ouvir a sua voz!

- Drama Queen! – rebateu. – Prometo te ligar sempre que eu puder.

- Sinto que esse é um momento em que você não pode, mas precisa.

- Preciso mesmo. – sentou no banco do motorista. - Sinto que a Tijana está me escondendo algo.

- Como assim? – indagou um pouco alto demais.

- Não esqueça dos meus ouvidos, Sin. – a repreendeu. – Não sei. Ontem aconteceu algo...

- Vocês transaram? – a cortou.

- O quê? Não!

- Por que o espanto? – gargalhou. – Vocês duas são adolescentes, com os hormônios a flor da pele.

- Por mais tentador que pareça e que quase rolou entre a gente umas duas vezes, não...

- Duas vezes? – perguntou indignada. – Por que você não me contou?

- Se você parasse de me interromper, eu chegaria nesse ponto! – revirou os olhos.

- Como foi?

- Como foi o quê?

- Que quase aconteceu, criatura lenta!

- Não vou contar detalhes da minha vida quase sexual para você, garota. – a repreendeu. – Principalmente quando você vai conhecer a Tijana e isso é nojento!

- Tá. Não está mais aqui quem falou. – se defendeu Simge. – Por que acha que ela está te escondendo algo?

- Eu não sei! – bufou frustrada. – Ela olha pra mim como se estivesse prestes a me dizer algo importante, mas nunca diz.

- Não é impressão sua, Hande? – perguntou.

- Tomara que seja. – desabafou. – Eu vou ter que desligar agora, antes que ela acorde.

- Estão dormindo juntas?- questionou, em tom de malícia.

- Apenas dormindo, Simge. Não seja tão pervertida! – a repreendeu. – Falo com você depois, ok?

- Tudo bem. – concordou. – Adeus, habib!

- Adeus, Sin!



“Uma semana depois”



Um mês havia se passado e Hande não sabia se estava grata ou triste por isso. Ela finalmente voltaria para casa, mas perderia o contato com a avó da oposta, a quem tanto se apegara.

- Prometa que vai nos visitar. – pediu Hande, abraçando a senhora.

- Não sei se tenho coragem de entrar em um avião, minha filha. Mas irei tentar. – a consolou. – Você arrumou todas as suas coisinhas?

- Está tudo pronto. – a soltou de seus braços. – Vou sentir muito a sua falta, Mirna.

- Sempre que comer bolinhos, lembre de mim. – sorriu para ela. – Agora vá...- indicou o carro que já estava a esperando. – Faça uma boa viagem, meu bem.

- Obrigada por tudo. – a beijou na mão e levou até a testa, em sinal de respeito. – Nos vemos em breve.

- Nos vemos em breve. – concordou Mirna, assistindo a garota ir embora.

Ao chegar no carro da morena, que havia se despedido da avó primeiro, Hande suspirou triste.

- Você vai levá-la para a Turquia algum dia, não vai? – perguntou para a oposta.

- Vou tentar convencê-la, Hande. – respondeu, igualmente triste.

A turca se deu conta desse fato e buscou pela mão dela.

- Você está sendo muito corajosa em seguir os seus sonhos, mesmo que isso custe ficar longe da sua família. – sussurrou. – Estou orgulhosa de você.

Boskovic sorriu minimamente para ela e deu partida no carro.

- Está sendo difícil. – confessou. – Eles podem me visitar com frequência, mas a vovó não. Irei vê-la apenas nas férias do clube e quando não estiver na seleção.

- Ela vai estar aqui esperando por você sempre. – a consolou. – E aposto que será a sua torcedora número um.

- Eu também. – dessa vez, o sorriso foi um pouco melhor.

- Você tem um futuro brilhante pela frente, Tica. – assegurou Hande. – Irá saber lidar com a distância da sua família e isso te dará ainda mais força para se tornar a melhor.

A morena refletiu por alguns minutos.

- Ninguém, além da minha família, acredita tanto no meu potencial como você. – disse. – Obrigada, Hande.

- Além de ter o dom, você ainda treina como um espartano! – resmungou. – Não duvido em nenhum momento que você chegará no topo do mundo.

- Você quem faz corpo mole. – a lembrou. – Bem, para chegar ao topo, eu preciso começar a subir, não é mesmo?

- E o primeiro degrau será a Turquia. – disse Hande.

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