¸.·✩·.¸¸.·¯⍣✩𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟐𝟓¸.·✩·.¸¸.·¯⍣✩

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(𝐒𝐧 𝐩𝐨𝐯)

Hoje vou numa balada com a Nobara, e é tecnicamente a primeira vez que saimos oficialmente como ficantes. Eu acho ridículo esse tipo de nomeação de relacionamento, mas não deixo de me sentir animada por ser "algo" com ela.

Coloco um body preto aberto nas costas, junto com um short jeans e uma jaqueta preta e meus coturnos.

Fui na casa de Nobara para ir com ela, levei algumas barras de chocolate de presente.

- NOSSA EU TAVA MORRENDO DE VONTADE DE COMER CHOCOLATE, OBRIGADA OBRIGADA OBRIGADA!!!! - Ela diz, me abraçando.

Para variar, ela estava impecável. Óculos vermelhos, a jaqueta que dei de aniversário e um vestido vermelho bem sexy. Ela tava gostosa, é isso. Gostosa e linda.

- Eu faria história com você. - Eu digo, superando minha vergonha

- Uma história de que?

- De amor. De amor romântico e amor de outro jeito... Vamos, minha linda?

- Vamos! - Ela diz. Dou um beijo curto em sua boca e seguro sua mão, e assim vamos para a tal balada.

Chegamos na balada e eu optei por não beber hoje, estava pensando em algo específico. Todas as bebidas que bebi eram sem álcool. Sou o tipo de pessoa que não liga muito para isso, mas entendo quem curte. Cada um com seu cada qual. Nobara havia dito que deixaria para beber mais tarde, que gosta de curtir sóbria primeiro.

Nobara me puxou para dançar e assim fizemos, ela dançava de forma sensual, e eu a acompanhava. Ela descia até o chão e eu descia junto, com a bunda dela encostada em mim. Com toda a humildade do mundo, estávamos arrasando. As pessoas olhavam e tudo bem, quero que olhem. Olhem para nós e nos invejem.

Depois de várias músicas, resolvemos ir beber algo. Nobara foi pedir ao barman enquanto eu esperava em uma das mesas altas que tinham. Tudo estava indo bem, até alguém chegar para atazanar.

- Oi, gatinha. Tá sozinha?

- Não.

- Então cadê seu namorado? - Tinha esquecido que homens só respeitam outros homens.

Nobara aparece na hora.

- Ah, vocês estão juntas? - Ele pergunta

- Sim. - Digo, seca. Cara, mete o pé, se toca.

- Melhor ainda. Por que nós três não saímos daqui? - Ele diz, malicioso.

- E por que você não sai daqui sozinho? - Nobara corta ele.

- Então você é uma mulher de atitude? Gosto disso. - Ele diz se aproximando dela. Fico na frente de Nobara, para que ele não encostasse nela.

- Cara, vamos fazer isso ser simples, ok? Mete o pé e pronto, tudo fica tranquilo. Eu não quero, ela não quer, ninguém te quer. Faz esse favor e cai fora, beleza? - Digo.

- E se eu não quiser? - Ele pergunta, ou melhor, ameaça.

- Ai a coisa vai ficar feia. Você vai ter uma noite inesquecível, mas não pelo motivo que quer. Não queremos isso, certo? - Falo, simples.

- E se eu quiser? - Esse cara tá brincando comigo, e eu odeio que brinquem comigo. - Qual foi, eu vi vocês dançando na pista como duas putinhas, vão negar uma noite comigo mesmo? Vocês são desse jeito porque ainda não provaram o homem certo, eu posso concertar vocês. - Ele diz, pegando o braço da Nobara, me ignorando na frente dela. 

- Garota errada, meu parceiro. - Digo, partindo para cima. Dou graças aos céus por ter feito aulas de defesa pessoal depois do incidente com a Maki. Quando eu apanhei pela primeira vez, decidi que não iria nunca mais sair por baixo numa situação dessa. Além disso, o cara ta mexendo com a minha garota, ah cara...

Dou um soco no queixo dele, fazendo ele ir para trás.

- Escuta aqui, eu tô te dando a porra da chance de meter o pé. Vai ficar de marrinha para cima de mim? Sério? - Digo, puta da vida, indo atrás dele e direcionando mais um soco em seu rosto. - Eu até te deixaria passar, mas você escolheu mexer com a minha garota e, cara, ninguém mexe com a minha garota.

Resolvo fazer o belo golpe que Maki me ensinou indiretamente, pego a cabeça desse filho da puta e empurro com tudo em direção ao meu joelho. As pessoas estão fazendo uma roda para assistir o show, e eu adoro um belo show.

- Você quer uma noite inesquecível comigo? Ah, eu vou deixar marcar que de fato vão te impedir de esquecer. - Dou mais um soco em seu nariz, que está sangrando agora. 

Ele começa a se defender e me atacar também. Não sou nenhuma rainha da luta, obviamente levo uns socos, mas com certeza não vou sair perdendo. Ainda mais na frente da Nobara, ah, eu posso ter um ego frágil igual a um homem quando eu quero.

Depois de um tempo nessa, sinto meu supercílio cortado e o mesmo serve para a minha boca, mas esse cara... Esse cara tá acabado.

- Me diz, você gosta quando uma garota monta em você? - Digo, subindo nele, que já estava no chão, e direciono todos os meus socos para o seu rosto. - Será que vai atrais alguma garota com esse rosto fodido?

Quando sinto que já estou indo longe demais, me levanto.

- Nunca mais você mexa com uma mulher na sua vida, seu merda. Homofobico do caralho. - Digo, dando um chute no saco dele e indo em direção a Nobara.

- Desculpe por estragar sua noite, meu amor, se importa de irmos para casa? Estou um pouco sem clima para festa agora. - Digo, meio sem graça. Agora que parei com tudo, me sinto um pouco envergonhada por ir tão longe. Nem pensei em como ela se sentiria com isso, fui egoísta e me deixei levar. Apesar disso, não me arrependo de dar umas boas porradas num homofobico.

- S/n, você é do caralho. Meu Deus, isso foi incrível. Foi tipo "BUM TOMA ESSA POW POW VOCÊ É UM MERDA CATCHAU NA SUA CARA SEU BOSTA MUAHHAHAHA NINGUEM MEXE COM A MINHA GAROTA". - Ela diz, de forma animada e dando socos no ar.

- Cara, eu acho que você é a mulher da minha vida. - Digo, rindo de tudo que ela disse e dando minha mão para ela. - Se importa se formos para minha casa? Gostaria de passar a noite com você.

- Claro, vamos sim. - Ela diz, corando um pouco

𝘾𝙤𝙣𝙩𝙞𝙣𝙪𝙖...

(𝟏𝟎𝟑𝟖 𝐩𝐚𝐥𝐚𝐯𝐫𝐚𝐬)

𝒟𝑜𝒸𝑒 𝓁𝒾𝒷𝑒𝓇𝓉𝒶𝒸𝒶𝑜 - 𝒩𝑜𝒷𝒶𝓇𝒶 𝓍 𝑅𝑒𝒶𝒹𝑒𝓇Onde histórias criam vida. Descubra agora