Capítulo 13

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Meu amor nunca temeuO que as minhas mãos e meu corpo fizeramSe o Senhor não me perdoarEu ainda teria meu amorE meu amor me teria

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Meu amor nunca temeu
O que as minhas mãos e meu corpo fizeram
Se o Senhor não me perdoar
Eu ainda teria meu amor
E meu amor me teria

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— Como foi?

Perguntou ao Pierre na primeira oportunidade que teve a sós. O francês sentou-se na tampa do vaso, erguendo a cabeça para encarar o monegasco com a cintura apoiada na pia de mármore. Eles trancaram-se no banheiro por precaução.

— Normal, o seu irmão não disse nada...

— O Arthur abriu o bico.

— O que ele disse?

— Eva e Lorenzo tiveram um caso. Ela era transplantada, tudo financiado pelo meu irmão, mas não era para Eva morrer.

— Claro que não, uma jovem.

— Não, Pierre... Ele pagou para que acontecesse um transplante de coração. Um coração! Ela morreu por pouco, porque não aguentou a espera.

— Que história macabra!

— E a Eva era apaixonada por mim. – contou entusiasmado com a notícia – Sou o mais bonito entre os três.

— Depois de toda essa história, é nisso que foca?

— Eu sou atraente em todos os sentidos.

— Pouco importa a sua beleza, temos uma história digna de um livro de terror.

— Por isso falaremos com o Mars.

— Não entendo porque você não puxou a ficha de Eva antes.

— Ela nunca foi importante, até esse exato momento. Sem falar que meu pai teve câncer e não precisou de transplantes.

— A importância de Eva veio ao saber que ela se interessava por você, ou curiosidade?

Charles sorriu com a nítida preocupação de Pierre.

Eva Fissore era um enigma muito mais divertido, até porque ela estava em decomposição, sem poder contar todos os seus segredos e anseios, ainda que Charles quisesse ouvir cada uma das palavras. Por mais viva que estivesse Jude, ela mentia feito à cobra do Éden. Em algum momento teria que lidar com ela de um jeito menos convencional.

— Do que está me acusando, Pierre?

— Eva está morta.

— Está dizendo que tenho preferencia por uma morta? Está com pena de Jude? – ergueu a sobrancelha – Quer encontrar motivos para leva-la na sua direção? Ou considera pouco o assassinato do agressor e o roubo ao sangue dela?

— Não é nada disso, Charles. Nós dois sabemos que você age por impulso, de acordo com os seus sentimentos.

— Se eu fizer qualquer outra coisa por Judith, ela irá gerar o anticristo com o meu sangue.

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